Um réptil com um crânio anormal cheio de protuberâncias percorria parte do norte da África há mais de 200 milhões de anos, quando essa região estava no centro do supercontinente conhecido como Pangeia.Um exame do crânio, que pertencia ao grupo de pareiassauros chamados de Bunostegos, apoia a teoria de que a região – hoje ao norte do Níger – tinha o clima de um deserto isolado naquela época.
"Esses animais são diferentes de todos os outros daquele período", disse um dos pesquisadores, Christian Sidor, biólogo da Universidade de Washington e curador de paleontologia de vertebrados no Museu de História Natural e Cultura Burke da mesma universidade. "A ideia é que eles tenham se separado por causa do clima."O réptil, que possuía o tamanho de um vaca, é um pareiassauro de um grupo de herbívoros encontrados em toda a Pangeia durante o Permiano Médio e Tardio, há cerca de 252 a 266 milhões de anos.
A maioria dos pareiassauros tinha protuberâncias ósseas no crânio, mas os Bunostegos possuem os crânios mais nodosos já encontrados. Os pesquisadores, que publicaram suas descobertas no periódico The Journal of Vertebrate Paleontology, acreditam que as protuberâncias se assemelhavam aos chifres cobertos de pele da cabeça da girafa moderna.
Dados geológicos sugerem que a região era extremamente seca.
"Havia provavelmente uma espécie de oásis onde esses animais viviam", disse Sidor. "Havia água corrente lá, mas isso provavelmente era efêmero."
FONTE: IG
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