A mononucleose infecciosa causa manchas na pele conhecidas como rash
Também chamada de doença do beijo, a mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae. É uma doença transmitida através da saliva, daí o nome popular, doença do beijo. Mas além do beijo, também pode ser transmitida através de espirros, tosse e objetos contaminados, como copos e talheres. Raramente se adquire essa doença por transfusão sanguínea ou contato sexual. O vírus da mononucleose é muito sensível às condições ambientais, por isso permanece viável por curto intervalo de tempo, o que dificulta a sua transmissão.
Doença que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, apresenta sintomas como febre, cansaço, dor de garganta, aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas), dores musculares e de cabeça, tosse, calafrios, falta de apetite e náuseas. Em crianças e adultos jovens, a doença pode passar despercebida.
O aumento do baço (esplenomegalia) também é um sintoma característico da mononucleose infecciosa e, nesses casos, é necessário que o paciente fique de repouso em razão do risco de ruptura do órgão. São raros os casos em que o baço se rompe, mas se isso acontecer, pode levar o indivíduo a óbito, em razão do intenso sangramento. O comprometimento do fígado também pode ser notado, o que pode levar a um quadro de hepatite com icterícia e aumento do fígado em alguns casos.
Após o contágio, o vírus fica incubado de duas a três semanas, manifestando-se principalmente com dor de garganta e febre, que pode chegar a 40°C. Em alguns casos o paciente pode apresentar manchas avermelhadas pelo corpo, chamadas de rash.
Nas pessoas que desenvolvem os sintomas, o período desde o contato com o vírus até a manifestação dos sintomas varia de quatro a oito semanas. Há pessoas infectadas que podem manter o vírus em sua orofaringe por até 18 meses após o término dos sintomas, podendo, assim, contaminar pessoas com quem mantenham contato íntimo.
O diagnóstico da mononucleose infecciosa é feito através da análise do quadro clínico do paciente e de exames de sangue que mostram um aumento na quantidade de linfócitos. Se houver acometimento do fígado, os exames de sangue mostrarão aumento no TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e no TGP (transaminase glutâmica pirúvica), elementos que indicam se está ou não havendo um bom funcionamento do fígado.
O tratamento baseia-se em repouso e uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Geralmente, em torno de duas semanas o paciente já sente melhoras.
Como se trata de uma doença que confere imunidade permanente, é muito raro que se tenha uma segunda infecção. Não há vacinas que previnam o contágio dessa doença.
(Por Paula Louredo Moraes)
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