domingo, 29 de abril de 2012

Corvos conseguem se lembrar dos velhos amigos, e dos inimigos também


Estudo comprovou boa memória do pássaro, que é considerado um dos animais mais inteligentes depois dos primatas


    Estes corvos têm a capacidade de reconhecer os velhos amigos, relata um novo estudo. Além disso, assim como os seres humanos, eles reagem negativamente quando encontram um inimigo.
   Os pássaros vivem em grupos e sem uma parceira até os dez primeiros anos de vida, por isso a capacidade de reconhecer os amigos e os inimigos é muito importante. Liderados por Marcus Bockle, zoólogo da Universidade de Viena, os pesquisadores descreveram no periódico Current Biology um grupo de 12 corvos jovens que foram mantidos juntos por 3 anos, até atingirem a maturidade sexual e acasalarem.

Uma pesquisa mostrou que mesmo após três anos separados, 
corvos conseguiam reconhecer quem era do seu grupo e quem não era 


    Durante esse tempo, os pesquisadores observaram e registraram as interações entre os pássaros. Alguns eram amigáveis uns com os outros enquanto que outros não.
  "Quando o individuo é amigável, ele emprega um som amigável", afirmou Bockle. "Quando não gostam do pássaro, eles tentam prolongar o sinal vocal e o som emitido parece mais grave."
   Em seguida, os pássaros foram colocados em pares em locais diferentes, na Áustria e na Alemanha. Três anos depois, Bockle gravou os sons dos pássaros agora separados e fez com que ouvissem os sons uns dos outros. "Após três anos separados, os sons gravados foram o estímulo, e quando eles ouviam um amigo, emitiam sons amigáveis", afirmou.
  Curiosamente, as gravações foram feitas apenas seis meses antes de os pássaros as escutarem. Nos anos afastados, os sons emitidos pelos pássaros podem ter se modificado um pouco, afirmou Bockle. "Por isso, eles precisam reconhecer o indivíduo e não um som específico", afirmou.


sábado, 28 de abril de 2012

Cérebro de pombos tem 'GPS' embutido, revela estudo

Aves captam o campo magnético da Terra para orientação e navegação.Descoberta sugere existência de um 'sentido magnético' nos animais.

  Os pombos têm neurônios capazes de ler o campo magnético da Terra e traduzir estas informações para identificar a posição que eles ocupam no planeta e em que direção estão indo. Em outras palavras, estas aves são equipadas com um GPS natural.
  A existência de sensores capazes de perceber o campo magnético da Terra no bico, nos olhos e nos ouvidos dos pombos já era conhecida. A novidade apresentada pela pesquisa publicada na edição desta sexta-feira (27) da revista “Science” é a resposta de neurônios posicionados no tronco do encéfalo.

Com 'GPS na cabeça', pombos foram usados por muito tempo na transmissão de mensagens. Este pombo-correio foi fotografado em fevereiro no arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)


   A descoberta feita com pombos também pode valer para outras aves, já que, segundo os autores, “muitos animais confiam no campo magnético da Terra para a orientação espacial e a navegação”. O artigo é assinado por Le-Qing Wu e David Dickman, neurocientistas da Faculdade de Medicina Baylor, de Houston, nos Estados Unidos. 
  A descoberta feita com pombos também pode valer para outras aves, já que, segundo os autores, “muitos animais confiam no campo magnético da Terra para a orientação espacial e a navegação”. O artigo é assinado por Le-Qing Wu e David Dickman, neurocientistas da Faculdade de Medicina Baylor, de Houston, nos Estados Unidos. 




quarta-feira, 25 de abril de 2012

09 Cromossomos Sexuais

Cientistas criam ovelha transgênica com gordura boa para coração


Animal recebeu gene de verme que aumenta a produção de ácidos graxos insaturados


Peng Peng tem o gene de gordura de um verme

    Cientistas chineses clonaram uma ovelha geneticamente modificada contendo um tipo de "gordura "boa" encontrada naturalmente em nozes, sementes, peixes e verduras, que ajuda a reduzir o risco de ataques cardíacos e doenças cardiovasculares.
""Peng Peng", que possui o gene de gordura de um verme, pesava 5,74 kg quando nasceu em 26 de março em um laboratório na região de Xinjiang, no extremo oeste da China.
""Ela está crescendo muito bem e é muito saudável, como uma ovelha normal", disse o cientista Du Yutao, do Instituto de Genômica de Pequim (BGI), em Shenzhen, no sul da China.
   Du e seus colegas inseriram o gene ligado à produção de ácidos graxos polinsaturados em uma célula de doador retirada da orelha de um carneiro Merino chinês.
   A célula foi então inserida em um óvulo não fertilizado e implantado no útero de uma ovelha receptora.
"O gene era originalmente da espécie C. elegans (verme) que aumenta os ácidos graxos insaturados como já foi demonstrado (em estudos anteriores), o que é muito bom para a saúde humana", disse Du.
  A China, cuja população representa 22% do total do planeta, tem apenas 7% da terra arável do mundo, por isso dedicou muitos recursos nos últimos anos para aumentar a produção nacional de grãos, carne e outros produtos alimentícios.
   Mas há preocupações sobre a segurança de alimentos geneticamente modificados e ainda vai levar anos até que a carne de tais animais transgênicos encontre seu espaço em mercados de alimentos chineses.
 "O governo chinês encoraja projetos de transgênicos, mas precisamos ter métodos e resultados melhores para provar que plantas e animais transgênicos são inofensivos e seguros para o consumo. Isso é crucial", disse Du.
  Além do BGI, outros colaboradores do projeto foram o Instituto de Genética e Biologia do Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências, e a Universidade Shihezi, em Xinjiang.
   Os Estados Unidos são líderes mundiais na produção de grãos geneticamente modificados. O FDA, órgão dos Estados Unidos para alimentação e medicamentos, já aprovou a venda de alimentos provenientes de clones e seus descendentes, afirmando que os produtos eram indistinguíveis dos de animais não-clonados.
  O salmão do Atlântico geneticamente modificado patenteado pela empresa de biotecnologia norte-americana AquaBounty, que supostamente cresce a uma velocidade duas vezes acima do normal, poderá ser aprovado pelas autoridades reguladoras norte-americanas nos próximos meses.

'Perfume' emitido por plantas atrai microorganismos à raiz, diz estudo

Sinais químicos aproximariam bactérias que promovem crescimento.Técnica pode auxiliar na redução da dependência de fertilizantes.

   Estudo conduzido por cientistas britânicos afirma que as plantas emitem cheiros para atrair bactérias e micro-organismos que vivem no solo e ajudam no desenvolvimento.
  De acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24) na revista científica “PLoS ONE”, sinais químicos foram detectados em plantações de milho e seriam uma espécie de perfume liberado para atrair bactérias benéficas. A descoberta pode auxiliar na criação de novas técnicas de cultivo sustentáveis, sem a dependência de agrotóxicos ou fertilizantes.
  De acordo com Andrew Neal, um dos autores do estudo, evidências apontaram a forte presença da bactéria Pseudomonas putida, que, atraída pelo cheiro, leva nutrientes importantes à raiz da planta do milho e também compete com bactérias nocivas.
  Segundo os pesquisadores, as raízes de plantas jovens de milho exalam grandes quantidades de produtos químicos conhecidos como “BXS”, que auxiliam o vegetal na defesa de pragas acima do solo, no caule e nas folhas.
  Porém, esse composto também atrai as bactérias benéficas, que ajudam a desintoxicar a região da raiz. Os cientistas querem aprofundar os estudos sobre os micro-organismos e verificar como influenciam na qualidade do solo e no crescimento dos vegetais.

Lavoura de milho em Santa Rosa (RS). Cientistas britânicos descobriram que planta emite cheiros para atrair microorganismos à raiz que ajudam no desenvolvimento do milho. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estudo aponta avanço para tratamento de paralisia cerebral

Filhotes de coelho tratados com novo medicamento tiveram melhora na função motora

   Um novo tratamento ajudou coelhos nascidos com paralisia cerebral a recuperar uma mobilidade quase normal, fazendo surgir a esperança de um potencial avanço no tratamento de pessoas com este distúrbio atualmente incurável, afirmaram cientistas nesta quarta-feira.
 O método, parte do campo crescente da nanomedicina, funcionou liberando um medicamento antiinflamatório diretamente nas partes comprometidas do cérebro através de minúsculas moléculas em cascata conhecidas como dendrímeros.
 Filhotes de coelho tratados às seis horas de nascidos tiveram uma "melhora dramática na função motora" no quinto dia de vida, disse a autora principal do estudo, Sujatha Kannan, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e do Departamento de Pesquisa de Perinatologia e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos.
 O estudo foi publicado no jornal científico americano Science Translational Medicine.
 Os coelhos que nasceram imóveis por causa da paralisia infantil se movimentavam em "níveis quase normais no quinto dia", destacou um artigo que acompanhou o estudo e foi publicado no mesmo periódico pelo pedriatra Sidhartha Tan, de Chicago.
 A droga usada foi uma comumente empregada para tratar pessoas com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol), conhecida como N-acetil-L-cistina ou NAC, e foi dada em uma dose 10 vezes menor.
 No entanto, foi bem sucedida porque o método de nano-entrega permitiu que cruzasse a barreira sangue-cérebro, desativando prontamente a inflamação no cérebro.
 Kannan explicou que sua equipe usou coelhos como cobaias porque, assim como os humanos, seus cérebros se desenvolvem parte antes e parte depois do nascimento, enquanto a maioria dos outros animais nascem com suas habilidades motoras já formadas.
 "Uma vantagem disso é que podemos testar tratamentos e olhar para a melhora na função motora usando este tipo de modelo animal", explicou a médica.
  Enquanto especialistas afirmam que levará anos até que se conheça totalmente esta abordagem, a pesquisa demonstra uma prova de conceito importante que algum tipo de intervenção precoce consegue reverter o dano cerebral.
  "A importância deste trabalho é que ele indica que há uma janela no tempo, imediatamente após o nascimento, quando a neuroinflamação pode ser identificada e quando o tratamento com um nanodispositivo pode reverter os efeitos da paralisia cerebral", afirmou o co-autor do estudo, Roberto Romero, obstetra do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.
  A paralisia cerebral afeta cerca de 750.000 crianças e adultos nos Estados Unidos e sua taxa de prevalência é de cerca de 3,3 por 1.000 nascimentos, segundo Romero.
  O distúrbio pode causar dificuldades severas em controlar os músculos, incapacidade de caminhar, se movimentar ou engolir. Alguns pacientes também podem sofrer atrasos cognitivios e anormalidades no desenvolvimento.
  Uma das principais causas da paralisia cerebral é o nascimento prematuro, fenômeno em ascensão, mas a doença não costuma ser diagnosticada antes dos 2 anos.
  "No momento em que fazemos o diagnóstico, há muito pouco que podemos fazer", disse Romero, descrevendo a paralisia cerebral como "uma doença incurável por toda a vida".

Cientistas criam polímero que substitui DNA


Pesquisadores reproduziram pela primeira vez em substâncias sintéticas as mesmas funções de armazenamento e cópia de genes



Polímeros sintéticos replicaram a informação codificada no DNA



   Um estudo duvulgado nesta quinta-feira (19) mostrou que, pela primeira vez, mecanismos biologicamente importantes, como hereditariedade e evolução, puderam ser reproduzidos em laboratório usando substâncias artificiais. 
  Uma equipe de pesquisadores, incluindo um brasileiro, conseguiu criar seis polímeros sintéticos capazes de armazenar e copiar as informações genéticas presentes no ácido desoxirribonucleico, o DNA, que carrega em todas as células as informações necessárias à vida. 
  No experimento, eles também puderam mudar estas informações em um processo análogo à evolução, um passo importante para algo que recebeu o nome de genética sintética.
  “Polímeros sintéticos já existiam e também era quimicamente possível reproduzir este processo, porém, pela primeira vez conseguimos trazer informações do DNA para o polímero sintético e dele para o DNA”, disse ao iG Vitor Pinheiro do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge e autor do estudo.
  O processo de armazenamento de informações genéticas depende de dois compostos naturais, já muito conhecidos pela ciência, o DNA e o RNA. Os ácidos nucleicos DNA e RNA fornecem a base molecular para toda a vida através de sua habilidade única para armazenar e propagar informações através da combinação de quatro partes menores, chamadas de bases: guanina, citosina, adenina e timina.
  O estudo publicado nesta quinta-feira (19) no periódico científico Science um sistema sintético que permitiu a replicação da informação codificada por polímeros que receberam o nome de XNA. “A informação genética pode ir do DNA para o XNA e de volta para o DNA, o que complete o ciclo replicação. Polímeros podem sintetizar o XNA do modelo de DNA e temos outro tipo de polímero que pode usar o XNA como modelo para converter a informação desta sequência genética em DNA”, disse Philipp Holliger, também autor do estudo. 
  Mas o experimento não parou por aí. O sistema sintético também evoluiu, ou seja, as cópias do material genético apresentaram mutações, a base do processo evolutivo. A equipe de pesquisadores também submeteu um dos polímeros, conhecidos como HNA, às condições laboratoriais semelhantes à seleção natural. 
   “Num aspecto mais prático, se você pode armazenar informação e replicá-la, a evolução é apenas uma consequência individual disto. E para todos os polímeros que conseguimos fazer, abrimos o espaço de sequenciamento, que antes não poderia ser explorado. Portanto, seremos capazes de encontrar novas estruturas e fenótipos. Eu acredito que esta plataforma nos possibilitarás um amplo alcance de aplicação tecnológica”, disse Holliger.
  De acordo com os pesquisadores, a ideia do experimento não é o de criar um Frankenstein, mas sim de usar a “propriedade tão surpreendente do DNA e do RNA de armazenar informação”. “É um sistema que já isola uma molécula com melhor estabilidade biológica e química. Com isso podemos desenvolver novas drogas baseadas em ácidos ribonucleicos para o tratamento de várias doenças”, disse Pinheiro ao iG.
  Os pesquisadores estão procurando substitutos para componentes do sistema genético natural. “Não há nenhum problema com o DNA e o RNA assim que os usamos para estudar biologia. Acredito que há um interesse crescente no estudo do DNA e do RNA não só para alcançar alguma informação particular sobre este funcionamento mais também para construir, por exemplo, nanotecnologias”, disse. 


domingo, 15 de abril de 2012

Doença do beijo, Mononucleose infecciosa

A mononucleose infecciosa causa manchas na pele conhecidas como rash 

   Também chamada de doença do beijo, a mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae. É uma doença transmitida através da saliva, daí o nome popular, doença do beijo. Mas além do beijo, também pode ser transmitida através de espirros, tosse e objetos contaminados, como copos e talheres. Raramente se adquire essa doença por transfusão sanguínea ou contato sexual. O vírus da mononucleose é muito sensível às condições ambientais, por isso permanece viável por curto intervalo de tempo, o que dificulta a sua transmissão.
  Doença que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, apresenta sintomas como febre, cansaço, dor de garganta, aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas), dores musculares e de cabeça, tosse, calafrios, falta de apetite e náuseas. Em crianças e adultos jovens, a doença pode passar despercebida.
   O aumento do baço (esplenomegalia) também é um sintoma característico da mononucleose infecciosa e, nesses casos, é necessário que o paciente fique de repouso em razão do risco de ruptura do órgão. São raros os casos em que o baço se rompe, mas se isso acontecer, pode levar o indivíduo a óbito, em razão do intenso sangramento. O comprometimento do fígado também pode ser notado, o que pode levar a um quadro de hepatite com icterícia e aumento do fígado em alguns casos.
   Após o contágio, o vírus fica incubado de duas a três semanas, manifestando-se principalmente com dor de garganta e febre, que pode chegar a 40°C. Em alguns casos o paciente pode apresentar manchas avermelhadas pelo corpo, chamadas de rash.
   Nas pessoas que desenvolvem os sintomas, o período desde o contato com o vírus até a manifestação dos sintomas varia de quatro a oito semanas. Há pessoas infectadas que podem manter o vírus em sua orofaringe por até 18 meses após o término dos sintomas, podendo, assim, contaminar pessoas com quem mantenham contato íntimo.
   O diagnóstico da mononucleose infecciosa é feito através da análise do quadro clínico do paciente e de exames de sangue que mostram um aumento na quantidade de linfócitos. Se houver acometimento do fígado, os exames de sangue mostrarão aumento no TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e no TGP (transaminase glutâmica pirúvica), elementos que indicam se está ou não havendo um bom funcionamento do fígado.
   O tratamento baseia-se em repouso e uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Geralmente, em torno de duas semanas o paciente já sente melhoras.
   Como se trata de uma doença que confere imunidade permanente, é muito raro que se tenha uma segunda infecção. Não há vacinas que previnam o contágio dessa doença.
(Por Paula Louredo Moraes)

Crocodilos albinos chegam a zoológico francês

Eles vieram dos Estados Unidos e passarão por adaptação.Os animais viverão em ambiente com outros 200 crocodilos.

Três crocodilos albinos, duas fêmeas e um macho, chegaram dos Estados Unidos ao zoológico da cidade de Beauvoir, no oeste da França. Eles passarão por um período de adaptação e depois serão levados para uma área que simula o seu habitat natural, onde viverão com outros 200 crocodilos (Foto: Charly Triballeau/AFP)

Após viagem, os três crocodilos albinos se alimentaram em zoológico da França (Foto: Charly Triballeau/AFP)

Os animais viverão em um ambiente que simula o seu habitat natural com outros 200 crocodilos (Foto: Charly Triballeau/AFP)


FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/04/crocodilos-albinos-chegam-zoologico-frances.html

Descoberta em caverna isolada bactéria resistente a antibióticos

Culturas de micróbios isolados por milhões de anos em caverna americana apresentaram resistência todos os antibióticos sintéticos


   Bactérias encontradas em uma caverna isolada no estado americano do Novo México, nos Estados Unidos, apresentaram resistência a antibióticos. A descoberta é surpreendente, pois sugere que existem muito outros antibióticos ainda desconhecidos, que podem ser encontrados na natureza e usados para tratamentos de doenças ainda sem cura.
    As bactérias encontradas na caverna Lechuguilla, isoladas do contato humano por mais de quatro milhões de anos, eram resistentes a quase todos os antibióticos sintéticos. Embora nenhuma delas fosse capaz de provocar doenças, nem nunca terem sido expostas a antibióticos, elas apresentavam alta resistência. “A maioria dos mecanismos de resistência eram similares ao que já observamos em bactérias patogênicas que infectam humanos, porém, alguns delas são novos, nem sabíamos que existiam”, disse ao iGHazel Barton, da Universidade Akron, nos Estados Unidos e uma das autoras do estudo publicado no periódico científico Plos One.
   As bactérias da caverna Lechuguilla apresentam um tipo de resistência que ainda não tinham sido observado até então. De acordo com Hazel, isto pode ajudar pesquisadores a se prepararem enquanto este tipo de resistência ainda não é um problema no mundo
Isoladas: pesquisadores encontraram na caverna Lechuguilla bactérias resistentes a antibióticos 


    Até então, ainda não estava claro quanto da resistência das bactérias a antibióticos estava relacionada com a infinidade de antibióticos sintéticos que o homem vem usando nos últimos 70 anos. Com a descoberta, pesquisadores acreditam estar mais perto do entendimento sobre a origem da resistência aos medicamentos, que atualmente tem criado um sério problema para o tratamento de doenças infecciosas.
   Antibióticos podem ser produzidos de forma sintética ou naturalmente por organismos no solo. Um sistema complexo permite que as bactérias tenham vários caminhos criar imunidade contra a ação destes antibióticos, como alterando suas características ou remover a substância antes que ela provoque a morte dos organismos unicelulares. "Muitos destes mecanismos estão codificados por um único caminho genético. Nós suspeitamos, com base no novo estudo, que estes caminhos são muito antigos”, disse. 

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/descoberta-em-caverna-isolada-bacteria-resistente-a-antibioticos/n1597740368644.html

sábado, 14 de abril de 2012

Cientistas russos planejam clonar mamute congelado por 10 mil anos

Animal de espécie já extinta seria gerado no útero de uma elefanta.Polêmico cientista sul-coreano está envolvido no projeto.


Animal de espécie já extinta seria gerado no útero de uma elefanta.
Polêmico cientista sul-coreano está envolvido no projeto.

    "Queremos realizar uma clonagem somática, ao inserir o material genético de um mamute que viveu há milhares de anos nas células de uma elefanta atual", disse um porta-voz Instituto de Ecologia Aplicada (IEA) da Sibéria à agência oficial "RIA Novosti".
    A fonte detalhou que "as células-tronco serão transvasadas ao útero de uma elefanta que gestará o feto durante 22 meses para que nasça, esperamos, um filhote de mamute vivo".
  Concretamente, as células do mamute em questão seriam inseridas em embriões de uma elefanta procedente da Índia, por ser seu parente genético mais próximo.
   O porta-voz do IEA antecipou que as amostras genéticas serão extraídas do mamute no final deste ano, após o que serão enviadas à Coréia do Sul, onde a clonagem poderia tornar-se realidade dentro de vários anos.
   Na clonagem do mamute que foi encontrada na inóspita tundra siberiana participarão cientistas russos, sul-coreanos e chineses.
   Nesta semana a Universidade Federal do Nordeste da Rússia assinou o correspondente acordo com o controvertido cientista sul-coreano Hwang Woo-suk, da Fundação de Pesquisa Biotécnica de Seul.
   Considerado então um pioneiro neste terreno ao clonar um cachorro em 2005, Hwang foi acusado em 2006 de falsificar testes científicos para confirmar suas ousadas teorias sobre clonagem humana. Em 2009, ele foi considerado culpado, mas não foi preso.
   Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.
   O segredo é encontrar tecido e células em bom estado em um animal que morreu, possivelmente de frio ou de fome, há milhares de anos.
   A decodificação do DNA do paquiderme pré-histórico, que leva a informação genética sobre o animal, é um trabalho árduo que, em muitas ocasiões, termina em fracasso, sem encontrar uma única célula viva.
   Os mamutes apareceram na África há três ou quatro milhões de anos, dois milhões de anos atrás emigraram para Europa e Ásia e chegaram à América do Norte há 500mil anos, passando pelo Estreito de Bering.
    Para a ciência continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais começou a diminuir até a total extinção dos últimos exemplares siberianos há 3,6 mil anos.
    A maioria dos especialistas estimam que os mamutes foram extintos devido a uma brusca mudança das temperaturas na Terra, embora há também quem atribua seu desaparecimento ao ataque de caçadores ou a uma grande epidemia.

Mamute mais bem conservado do mundo será exposto em Hong Kong

Lyuba viveu há cerca de 42 mil anos e morreu com um mês de idade.Animal foi encontrado no gelo da Rússia, em 2007.

     
    Um museu de Hong Kong vai exibir, da próxima quinta (12) até o dia 10 de maio, a bebê mamute Lyuba. O animal foi encontrado por um pastor de renas na Península de Iamal, no norte da Rússia, em 2007, uma região muito fria, e ficou preservado no gelo. Lyuba é considerada a espécime de mamute mais bem conservada do mundo. Ela viveu há cerca de 42 mil anos e morreu com apenas um mês de idade.

Mamute Lyuba é preparada para exposição em Hong Kong (Foto: AP Photo/Kin Cheung)

domingo, 8 de abril de 2012

Bebê Oliver Morgan nasce sem sangue no corpo



    Quando Oliver Morgan nasceu, foi considerado trazido de volta dos mortos, após ter nascido sem sangue algum em seu corpo, graças a uma doença rara, Vasa praevia ou vasa prévia, uma complicação obstétrica na qual há vasos fetais cruzando ou atravessando em proximidade com o orifício externo do cérvice uterino correndo riscos de ruptura quando suas membranas de suporte rompem, o que ocorreu no seu caso.
  Sua mãe, Katy acordou coberta de sangue com 37 ½ semanas de gravidez, foi levada às pressas ao Hospital Geral Maidstone e ficou chocada ao descobrir que todo aquele sangue tinha vindo do seu bebê.
   O parto foi cesárea, ao nascer, Oliver estava pálido e morto, os médicos foram incapazes de encontrar um batimento cardíaco por incríveis 25 minutos, mesmo assim, o pequeno sobreviveu contra todas as probabilidades depois de ter recebido oxigênio, massagem cardíaca suave e transfusão de sangue bombeado para o cordão umbilical ainda conectado.
   Apesar da incrível recuperação, os médicos ainda temiam que o bebê tivesse sofrido danos cerebrais após ter sido privado de oxigênio por tanto tempo, assim ele foi levado para uma unidade especial onde os médicos decidiram baixar a temperatura do seu corpo para salvar seu cérebro contra danos.
   Oliver foi colocado dentro de um casaco pequeno refrigerado a 33°C, depois de três dias, começaram a elevar sua temperatura ao normal 37°C, sendo meio grau por dia, ao mesmo tempo, o leite da sua mãe era bombeado diretamente em seu estômago e depois de apenas 11 dias Oliver estava bem o suficiente para ser levado para casa, para o convívio familiar.
  Oliver hoje em dia é um criança feliz e saudável.



Reportagem do dia 14 de fevereiro de 2012
FONTE: http://30ealguns.com.br/2012/02/bebe-oliver-morgan-nasce-sem-sangue-no-corpo/

Formiga doente 'vacina' o resto da colônia, mostra estudo

Insetos espalham causador da doença entre si em pequenas doses.
Como na vacinação em humanos, medida estimula o sistema imunológico.

   Um estudo publicado nesta terça-feira (3) mostra que os formigueiros passam por um tipo de campanha de vacinação quando um membro da colônia adquire uma infecção. Segundo os cientistas, o processo natural é eficaz.
   Tudo começa quando uma das formigas é infectada por um agente externo que provoca uma doença – na pesquisa, os cientistas usaram um fungo. Em vez de evitar o indivíduo infectado, as demais formigas tomam conta dele, lambendo o fungo para retirá-lo.
  A tentativa de cura nem sempre funciona para a formiga infectada, mas é importante para o resto da colônia. O fungo se espalha em pequenas quantidades e pode até provocar reações, mas não o suficiente para matar.
  As formigas expostas ao fungo desenvolvem o sistema imunológico contra ele. Caso, no futuro, ela venha a se deparar com o mesmo fungo novamente, sua defesa natural saberá combatê-lo e evitar a doença.
  Nos humanos, é exatamente isto que a vacina faz. Um agente – normalmente um vírus ou bactéria – é colocado dentro do corpo em uma forma morta ou atenuada, que serve para preparar o sistema imunológico para a ameaça de verdade.


FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/04/formiga-doente-vacina-o-resto-da-colonia-mostra-estudo.html

Veja os pontos positivos e negativos do chocolate para a saúde

Chocolate amargo é o mais indicado por ser fonte de substâncias benéficas.
Exagero pode causar ganho de peso, aumento do colesterol e enxaqueca.

    Se junto da satisfação de ganhar ovos de Páscoa vem a culpa por devorá-los, saiba que o chocolate é considerado um alimento saudável, mas só se consumido com moderação. Ele é fonte de vitaminas, de antioxidantes (que previnem o envelhecimento) e consegue até minimizar a tensão pré-menstrual (TPM).
   Mas como todo exagero alimentar faz mal, o consumo em demasia pode também causar uma série de problemas.
    Para entender o lado bom e o ruim do consumo do chocolate, o G1 consultou especialistas, que deram dicas fundamentais para comer sem culpa e sem engordar.


   Todos são unânimes em dizer que a melhor opção é o chocolate amargo, rico em cacau. É no fruto que estão os principais benefícios do chocolate. Na versão ao leite a substância também aparece, só que mais tímida, enquanto no chocolate branco só lhe resta a manteiga de cacau – ou seja, apenas a gordura.
   Segundo Daniel Magnoni, diretor de nutrição clínica do Hospital do Coração (HCor), a legislação brasileira afirma que um produto só pode ser considerado "chocolate" se tiver mais de 25% de cacau. Por isso, ele orienta a ler a embalagem antes de comer.
  “O chocolate amargo que tem mais de 70% de cacau é benéfico para a saúde cardiovascular porque tem flavonoides que atuam diminuindo o colesterol total e o ruim. Ele ainda melhora a elasticidade arterial que ajuda no controle da hipertensão e possui uma substância semelhante à cafeína que teria ação na prevenção da aterosclerose”, afirma o nutrólogo.
   Por outro lado, se ultrapassar a quantidade de 50 gramas por dia – equivalente a um bombom ou um pouco mais – pode acarretar em uma série de problemas de saúde e engordar.
   “O chocolate tem em torno de seis calorias por grama, ou seja, uma barra de cem gramas vai ter 600 calorias. Pode propiciar obesidade. E no caso do chocolate ao leite, pode ter muita gordura saturada que vem do leite, ajudando a elevar o colesterol também," afirma Magnoni.
    A nutricionista Michele Grilo Barone, do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, faz a ressalva de que o chocolate amargo tende a ser menos aceito por ser menos doce e mais duro. No entanto, ela dá uma dica para quem acumular ovos de Páscoa: "já que um ovo de Páscoa tem, no mínimo, cem gramas, o ideal é dividir com a família ou comer aos poucos”.
     Para a nutróloga Sylvana Braga, mesmo o chocolate ao leite tem seus benefícios, que incluem uma injeção de ânimo em pessoas deprimidas e de foco para quem tem falta de atenção -- desde que seja consumido com moderação.
 
Pesquisas recentes
    Estudos mostram outras facetas do doce mais popular da Páscoa. O mais recente, de uma universidade norte-americana mostrou que o índice de massa corporal (IMC) de pessoas que comiam chocolate diariamente era menor do que de pessoas que não tinham o hábito.
    Para Braga, o chocolate pode até ajudar a emagrecer se pessoas que costumam a comer mal, optarem por uma porção do doce no lanche, em vez de atacar um pacote de salgadinho. “Mas nessas situações é melhor que seja o amargo”, ressalta.
   Para Magnoni, não dá para associar a perda de peso com o consumo de chocolate, sem alia-lo a práticas de exercícios físicos e uma alimentação saudável. “Esses trabalhos não associam outros fatores como a ingestão menor de outras fontes e ginástica. Mas o chocolate sozinho não resolve nada," afirma.
  Os benefícios do chocolate no controle da pressão e de doenças cardiovasculares também foram abordados em pesquisa recente da Universidade de L`Aquila, na Itália. Ambas levam em conta a ação dos flavonoides, em argumentos semelhantes ao de Magnoni.
   Na pesquisa italiana, a pesquisa liderada por Davide Grassi, concluiu que os flavonoides presentes no cacau ao serem consumidos por meio do chocolate em pacientes hipertensos e diabéticos foram capazes de reduzir a pressão arterial.

FONTE: http://g1.globo.com/pascoa/2012/noticia/2012/04/veja-os-pontos-positivos-e-negativos-do-chocolate-para-saude.html

domingo, 1 de abril de 2012

A essência da ciência agora no facebook

Mosca das frutas "bebe" álcool para expulsar parasitas

Estratégia evita que vespas depositem ovos nas larvas das moscas, que morrem envenenadas pelo álcool

Larvas de vespa, como essa, matam larvas de moscas da fruta ao se hospedar nelas

    A mosca das frutas parece levar uma vida tranquila. Ela procura por frutas passadas, onde deposita seus ovos. Em seguida, as larvas nascem e se alimentam da levedura e das bactérias que fazem com que a fruta apodreça. 
   Na realidade, porém, essas moscas precisam combater inimigos horripilantes. Vespas minúsculas saem à procura das larvas e depositam ovos em seu interior. As vespas crescem dentro das moscas ainda vivas, alimentando-se de seus tecidos. Ao atingirem o tamanho de adultas, as vespas saem lentamente dos corpos moribundos de suas hospedeiras.
   Contudo, as moscas não são vítimas impotentes. No periódico Current Biology, Todd Schlenke, biólogo da Universidade de Emory, e seus colegas relatam a notável defesa usada por esses insetos: eles ficam bêbados para matar os parasitas.
   Schlenke descobriu essa tática enquanto estudava a Drosophila melanogaster, uma espécie comum de mosca-das-frutas. Conforme comem a levedura, elas também ingerem o álcool produzido pela levedura durante a decomposição do açúcar. A fermentação da levedura pode deixar uma banana em putrefação com uma concentração alcoólica mais alta que a de uma garrafa de cerveja.
  Esse ambiente alcoolizado pode ser tóxico para os animais. A única explicação para a Drosophila melanogaster se alimentar de frutas em decomposição é que ela desenvolveu enzimas especiais que removem as toxinas do álcool rapidamente.
   Schlenke estava bastante ciente de que muitos insetos obtêm suas defesas na alimentação. A borboleta-monarca, por exemplo, fica protegida dos pássaros devido aos compostos tóxicos que obtém das plantas asclepiadáceas das quais se alimenta. Para observar como o álcool influencia os inimigos da mosca das frutas, Schlenke soltou vespas parasitoides chamadas Leptopilina heterotoma.
   Schlenke permitiu que as vespas atacassem dois tipos de larvas de moscas: um criado com alimentos sem álcool e outro que recebeu alimentos com um incremento de 6 por cento de álcool. Na presença do álcool, as vespas depositaram 60 por cento menos ovos, talvez devido à elevação de vapores provenientes do alimento. "Tudo indica que as vespas sentiram-se muito mal", afirmou Schlenke.
   Constatou-se que o álcool piorou ainda mais a situação dos ovos. O desenvolvimento das vespas que viviam dentro de moscas cuja alimentação não continha álcool foi sempre normal. Porém, 65 por cento das vespas que estavam dentro de moscas alcoolizadas morreram.
   Schlenke descobriu que elas tiveram uma morte horrível: todos os órgãos internos das vespas haviam sido lançados para fora pelo ânus. "Todas as tripas estão fora das vespas", afirmou. "Não sei como explicar isso".
   Esse efeito mortal ocorria apenas se as moscas consumissem álcool após as vespas terem depositado os ovos dentro delas. A ingestão de álcool de antemão, em contrapartida, exercia pouco efeito. Essa descoberta fez com que Schlenke quisesse saber se as moscas saíam à procura de álcool para matar as vespas, usando a substância como remédio. "Eu quis saber se elas eram inteligentes o suficiente para saber disso", afirmou ele.
   Para descobrir se isso ocorria, ele e seus colegas encheram placas de Petri com alimentos com alto teor alcoólico de um lado e alimentos sem álcool do outro lado. Em seguida, colocaram as moscas que não tinham vespas dentro de si do lado sem álcool. Passado um dia, eles perceberam que 30 por cento das moscas haviam se deslocado lentamente para o lado com álcool. Quando repetiram o experimento com moscas infestadas com vespas, 80 por cento delas tomaram a direção do álcool. "Há uma grande diferença aqui", afirmou Schlenke.
   O mesmo ocorreu quando as moscas começaram pelo lado com álcool: 40 por cento das moscas saudáveis moveram-se lentamente para o outro lado após 24 horas. Muitas larvas infestadas também começaram a ir para o outro lado, mas depois voltaram para o lado com álcool. Schlenke considera que estavam saindo em busca de concentrações ainda maiores de álcool, que pudessem ser mais tóxicas para os parasitas.
"Elas sabem que estão infectadas com vespas e saem à procura de álcool", afirmou Schlenke. "As moscas ficam bêbadas para se automedicar."
Vespa coloca seus ovos em larva de mosca da fruta: 
estrategema engenhoso com álcool
   Algumas vespas parecem ter desenvolvido meios de contornar essa defesa alcoolizada. Schlenke repetiu o experimento usando outra espécie: a L. boulardi, que, ao contrário da outra vespa, consegue depositar seus ovos apenas na D. melanogaster. Schlenke percebeu que os danos para a vespa especialista L. boulardi eram bem menores quando sua hospedeira consumia álcool. Apenas 10 por cento de suas larvas morreram, em comparação com a mortalidade de 65 por cento das L. heterotoma. Schlenke suspeita que a especialização da L. boulardipermita que ela supere o problema com o álcool. "As vespas acompanham suas hospedeiras ao longo do tempo evolucionário", afirmou.
   "Esse artigo é instigante sob diversos aspectos", afirmou Michael Singer, biólogo da Universidade Wesleyan, que não esteve envolvido no estudo. Ao longo dos anos, os cientistas reuniram alguns exemplos de animais que se automedicam. O chimpanzé, por exemplo, alimenta-se de plantas com compostos antiparasitários quando tem vermes intestinais. Singer e seus colegas demonstraram que a lagarta de um gênero de traça da família Arctiidae fazem um esforço extra para comer folhas de plantas tóxicas quando moscas parasíticas depositam ovos em seu interior. Porém, a pesquisa de Schlenke é a primeira a mostrar que um animal usa o álcool como medicamento.
    O álcool é comum na natureza e Schlenke cogita a possibilidade de outras espécies procurarem por ele para se automedicar. Contudo, quando se trata do ser humano, Schlenke não faz ideia se uma grande bebedeira pode exercer algum efeito sobre os parasitas.
 "Até onde eu posso afirmar, ninguém examinou ainda se nós humanos podemos dificultar a vida de nossos agentes patológicos transmitidos pelo sangue aumentando o nível de álcool do sangue", afirmou.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/mosca-das-frutas-bebe-alcool-para-expulsar-parasitas/n1597661962151.html