segunda-feira, 22 de julho de 2013

Folhas artificiais podem interromper aquecimento global

Cientistas apresentam em até um ano tecnologia que cria combustível que reduz descargas de carbono na atmosfera.

'Folhas artificiais' poderão produzir combustível do futuro através da 'fotossíntese artificial' (Foto: BBC)


Algumas das mais altas árvores do mundo imperam nas montanhas do norte da Califórnia, nos Estados Unidos. A vegetação chega às alturas apenas pela fotossíntese, processo que combina luz e ar para gerar energia necessária ao crescimento.
Imagine se o planeta também pudesse viver desta forma e abrir mão dos chamados combustíveis fósseis. O problema do aquecimento global poderia estar resolvido.
É exatamente nisso que este grupo de cientistas está trabalhando nos EUA, em uma verdadeira competição internacional para encontrar um novo tipo de energia verde.
Na prática o processo, chamado de 'fotossíntese artificial', significa que plantas fabricadas pelo homem podem vir a ser o combustível do futuro.

FONTE: G1

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Terra teve o quinto junho mais quente da história, de acordo com estudo

A temperatura média global registrada no mês passado foi de 16,14ºC.Recordes de calor foram registrados no Canadá, Rússia, Japão e Filipinas.


Jovem se refresca em Londres. Na segunda-feira (15), temperatura chegou a 28°C (Foto: Matt Dunham/AP)

A Terra teve, no mês passado, o quinto junho mais quente já registrado, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.
A temperatura média global do mês passado, de 16,14ºC, empatou com a de 2006 e foi 0,64ºC acima da média 15,5ºC registrada no século 20, segundo a pesquisa.
Recordes de calor para o mês foram registrados na maior parte do norte do Canadá, no oeste da Rússia, sul do Japão, nas Filipinas, no sudoeste da China e nas regiões sul e central da África em junho.
Em meio ao calor, as chuvas têm sido variadas este ano. A costa leste dos EUA teve mais chuva do que a média em junho, enquanto a Califórnia teve o ano mais seco já registrado, disse o levantamento.
Enquanto grande parte do mundo sofreu com o calor, a Ásia Central, Índia e a Europa Ocidental contrariaram a tendência, com temperaturas mais frias do que o normal.

FONTE:G1

Cientistas encontram vírus gigantes com maiores genomas já vistos

'Pandoravírus' foram achados no Chile e na Austrália.Suas características contrariam ideia de que vírus são seres muito simples.


Um dos pandoravírus vistos ao microscópio eletrônico
(Foto: Divulgação/ Science/ Chantal Abergel e Jean-Michel Claverie)

Dois tipos de vírus gigantes descritos na edição desta semana na revista “Science” podem representar um grupo totalmente inusitado na árvore da evolução dos seres vivos. Os dois foram identificados na Austrália e no Chile, e ganharam o nome de pandoravírus, porque os cientistas consideram que sua descoberta é como abrir uma caixa de Pandora, cheia de surpresas.
Na revista, os autores franceses Jean-Michel Claverie e Chantal Abergel, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS, na sigla em francês), apresentam suas descobertas destacando que os pandoravírus não têm "semelhança genômica ou morfológica com nenhuma família de vírus previamente definida".
Um dos pandoravírus foi identificado no mar, perto da costa central do Chile, e chega a ter 1 micrômetro de tamanho (1 milésimo de milímetro). O outro, um pouco menor, estava no barro de um lago de água doce perto de Melbourne, na Austrália.
Além de terem tamanho que chega a cem vezes o de outros vírus, os dois exemplares têm o DNA mais longo já visto entre seus pares, maior até que o de alguns tipos de bactérias. Isso é um forte argumento contra a ideia de que os vírus são seres simples demais para serem considerados vivos.

FONTE: G1

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cientistas 'silenciam' cromossomo que causa síndrome de Down


Resultado foi obtido em cultura de células-tronco, informa a 'Nature'.Método pode ajudar pesquisa de formas de tratamento para sintomas.

Em pesquisa publicada na "Nature", nesta quarta-feira (17), cientistas afirmam ter encontrado uma maneira de "silenciar" o cromossomo que provoca a síndrome de Down.
Jeanne Lawrence e seus colegas da Escola Médica da Universidade de Massachusetts usaram uma enzima para introduzir um gene RNA chamado XIST em células-tronco derivadas de pessoas portadoras da síndrome.
O procedimento foi feito numa cultura de células, em laboratório, e não em pessoas. O XIST "encobriu" o terceiro exemplar do cromossomo 21, cuja existência origina a síndrome de Down, fazendo com que seus genes deixassem de atuar. A existência de três cromossos 21 caracteriza síndrome, também conhecida como "trissomia do cromossomo 21".
Ao comparar células com e sem o cromossomo "silenciado", os autores da pesquisa observaram que o XIST ajudou a corrigir padrões incomuns de crescimento e diferenciação observados nas células que têm Down.
Esse método pode ajudar a definir as mudanças moleculares envolvidas na síndrome. A pesquisa se baseou em um fenômeno ocorre naturalmente: durante o desenvolvimento do bebê, o XIST "desliga" um dos dois cromossomos X presentes em embriões femininos, garantindo que as meninas não tenham uma "dose dupla" da ação desses cromossomos.

Bebê com síndrome de Down brinca com a mãe
(Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP)

A equipe de Lawrence entrelaçou o XIST sobre uma das três cópias do cromossomo 21 em células de pessoa com Down. Eles também criaram uma “chave” genética que lhes permite ligar e desligar o XIST por meio da aplicação de um antibiótico. Com isso, conseguiram neutralizar a expressão dos genes que se consideram ser causadores de problemas de desenvolvimento associados com a síndrome.
Como os cientistas usaram células-tronco pluripotentes, ou seja, que podem se transformar em células de diversos tecidos do corpo, os autores esperam que futuramente serão capazes de estudar em nível celular como a síndrome de Down se manifesta em cada parte do corpo.
Com isso, o estudo pode contribuir para o desenvolvimento de tratamentos para os diferentes sintomas degenerativos da síndrome. Um problema da técnica apresentada é que o XIST não silencia por completo o cromossomo 21. Isso pode comprometer os resultados dos estudos que comparam células com e sem o gene “silenciador” ativado.

FONTE: G1

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Terapia genética usa vírus do HIV para curar doenças raras

Duas doenças genéticas foram curadas a partir de um tratamento que utiliza versões alteradas do HIV para corrigir o DNA dos pacientes

O HIV é capaz de alterar o DNA das células humanas para se reproduzir.
Os pesquisadores utilizaram essa habilidade para curar doenças (Thinkstock)

O HIV é responsável pela morte de 1,7 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus é especialmente perigoso pois se reproduz ao atacar células do sistema imunológico humano, alterando seu DNA e as obrigando a fabricar cópias de si mesmas — o que deixa o corpo vulnerável a uma série de doenças. Pesquisadores italianos anunciaram, na quinta-feira, o desenvolvimento de uma nova técnica, que utiliza essa habilidade do HIV para, na verdade, curar pacientes. Em duas pesquisas publicadas na revista Science, eles afirmam que utilizaram versões alteradas do vírus para corrigir o genoma de seis crianças e livrá-las de doenças que, até então, não teriam tratamento.As crianças carregavam duas doenças genéticas — herdadas dos pais e carregadas no DNA por toda a vida — conhecidas como Síndrome de Wiskott-Aldrich e Leucodistrofia Metacromática. Enquanto na primeira o corpo é incapaz de produzir uma proteína necessária para o correto funcionamento do sistema imunológico, a segunda afeta o desenvolvimento do sistema nervoso — e ambas podem levar à morte. Como o defeito está nos genes, essas doenças eram consideradas, até pouco tempo, incuráveis.
Nas últimas décadas, no entanto, os pesquisadores têm desenvolvido um método capaz de corrigir diretamente genes defeituosos: a terapia genética. Para isso, retiram células-tronco da medula óssea dos pacientes. Em um laboratório, os cientistas utilizam um vírus para entrar na célula e alterar seu DNA, inserindo o gene desejado. Os pacientes, então, recebem de volta as células-tronco, e passam a produzir a proteína necessária. Como o vírus é alterado geneticamente, ele não é capaz de atacar o organismo.As terapias genéticas costumam funcionar muito bem em testes com animais e em laboratório, mas apresentam problemas quando são transferidas para a clínica. Algumas vezes, o gene terapêutico é produzido em quantidades muito pequenas ou por um período muito curto, abreviando o tratamento. Outras vezes, a terapia acaba por levar ao desenvolvimento de câncer. Para tentar contornar esses problemas, os pesquisadores italianos estudaram a utilização de um tipo especial de vírus: os lentivirus, que agem lentamente e são capazes de deixar, de modo permanente, seu DNA na célula hospedeira. O HIV é, justamente, um dos lentivirus mais conhecidos e estudados.
Os cientistas começaram os tratamentos com o vírus do HIV alterado em 2010. Os resultados publicados nesta quinta-feira levam em conta apenas os primeiros seis pacientes — três de cada doença — que receberam a terapia. “Três anos depois do começo das pesquisas clínicas, os resultados obtidos nos primeiros pacientes são muito encorajadores: a terapia não é apenas segura, mas também efetiva e capaz de mudar a história clínica dessas doenças sérias”, diz Luigi Naldini, pesquisador do Instituto San Raffaele Telethon para Terapia Genética (TIGET, na sigla em inglês), na Itália, envolvido nos dois estudos.
Sistema imunológico — As crianças com a Síndrome de Wiskott-Aldrich herdam uma mutação genética no gene que codifica a proteína WASP — essencial para o funcionamento correto do sistema imunológico. Assim, elas se tornam mais vulneráveis ao desenvolvimento de infecções, doenças autoimunes e câncer, além de ter um defeito nas plaquetas que causa sangramento frequente.
A terapia mais utilizada para tratar essa condição costuma ser o transplante de medula óssea de um doador compatível. Em alguns casos — quando as células doadas são muito compatíveis — a cura é atingida. No entanto, quem não conseguia encontrar um doador tinha de carregar a condição por toda a vida.
Na nova técnica, os pesquisadores retiraram as células-tronco da medula óssea dos próprios pacientes — o que elimina a possibilidade de rejeição. No laboratório, eles usam o vetor criado a partir do HIV para inserir o gene WASP normal em seu interior. Quando são reinseridas no corpo, as novas células são capazes de produzir a proteína correta, restaurando o sistema imunológico do paciente.
Segundo os cientistas, entre 20 e 30 meses após o início do tratamento, os sintomas da doença sumiram ou diminuíram consideravelmente. “Nesses pacientes, as células-tronco corrigidas substituíram as células doentes, criando um sistema imune funcional, com plaquetas normais. Graças à terapia genética, essas crianças não convivem mais com sangramentos severos e infecções. Agora elas podem correr, brincar e ir à escola”, diz Alessandro Aiuti, pesquisador do TIGET responsável pelo estudo.
Agindo no cérebro – Já a Leucodistrofia Metacromática é causada por mutações no gene ARSA, importante para o sistema nervoso. Os bebês com essa doença são aparentemente saudáveis no nascimento, mas em algum ponto de seu desenvolvimento eles começam a perder gradualmente as habilidades cognitivas e motoras, sem nenhum tratamento capaz de frear o processo neurodegenerativo — que acabará por matar a criança.
A partir de uma técnica parecida, os pesquisadores italianos inseriram genes ARSA funcionais nas células-tronco desses pacientes e as devolveram ao corpo. Ali, elas começaram a produzir as enzimas funcionais e a se reproduzir, atingindo o cérebro das crianças, o local mais afetado pela doença.
Dois anos após o início dos tratamentos, os pesquisadores afirmam que a terapia genética foi capaz de frear a progressão da doença. “Nesse caso, o mecanismo terapêutico foi mais sofisticado: as células-tronco corrigidas atingiram o cérebro por meio do sangue e liberaram a proteína correta, que é acumulada pelas células nervosas sobreviventes. Nós tivemos que criar células capazes de produzir uma quantidade de proteínas muito maior que o normal, para neutralizar o processo neurodegenerativo em andamento”, diz Alessandra Biffi, pesquisadora do TIGET.



FONTE: VEJA

Cientistas descobrem nova espécie de inseto minúsculo no Alasca

Imagem do animal foi divulgada na internet para ajudar a identificá-lo.Espécie 'Caurinus tlagu' se alimenta de plantas, dizem pesquisadores.


Inseto da espécie recém-descrita 'Caurinus tlagu' (Foto: Divulgação/"ZooKeys")


Cientistas descobriram uma nova espécie de inseto em uma ilha do Alasca. O minúsculo animal, que mede apenas 2 milímetros, tem a aparência de uma pulga e recebeu o nome científico de Caurinus tlagu.
A descrição do animal foi publicada na última semana na revista científica online "ZooKeys". O inseto pertence à ordem dos mecópteros, que possui mais de 500 espécies identificadas.
Os pesquisadores da Universidade do Alasca em Fairbanks, responsáveis pela descoberta, contam que a internet foi uma ferramenta importante na hora de descobrir se de fato o inseto era representante de uma nova espécie.
Uma imagem foi publicada na rede social Facebook pelos cientistas para que seus colegas entomólogos pudessem dar opiniões sobre o animal. A maioria das avaliações, no entanto, estava errada, disseram os pesquisadores ao "ZooKeys". Só um cientista, da Universidade Estadual de Montana, reconheceu o inseto como sendo pertencente ao gênero Caurinus.
"Nós analisamos milhares de insetos retirados do gelo para as nossas coleções, no Museu da Universidade do Alasca, todo ano. É raro vermos alguma coisa que nos chama a atenção", afirmou a pesquisadora Jill Stockbridge ao site do "ZooKeys".
O inseto minúsculo se alimenta de plantas, de acordo com os cientistas.

FONTE: G1

domingo, 14 de julho de 2013

Fezes de minhoca podem conter a chave para entender o clima no planeta

Cientistas descobriram que bolas de cristal presentes nas fezes dos vermes variam conforme temperatura

Pode parecer inusitado, mas o cocô da minhoca pode conter a chave para desvendar informações sobre a mudança do clima no planeta.
Cientistias britânicos descobriram que as fezes das minhocas podem ser utilizadas para medir temperaturas do passado, abrindo uma janela para as características climáticas de outras épocas.
O estudo mostra que a química das pequenas bolas de cristais calcificados expelidas pelas minhocas no solo variam de acordo com a temperatura.
A pesquisa foi divulgada na publicação científico Geochimica et Cosmochimica Acta .



Cientistas das Universidades de Reading e de York, no norte da Inglaterra, afirmam que os nódulos de carbonato de cálcio ─ resquícios de fezes de minhocas ─ encontrados em sítios arqueológicos fornecem um panorama único das temperaturas locais na Antiguidade.
Já que a forma dos isótopos de oxigênio dentro dos cristais calcificados variam de acordo com a temperatura, eles registram informações importantes do momento presente enquanto crescem dentro das minhocas.
Os grânulos calcificafos medem até 2 milímetros e tem coloração diferenciada, o que facilita encontrá-los em sítios arqueológicos.

Darwin

Emma Versteegh, pesquisadora líder do estudo, disse que "as minhocas da terra produzem excrementos todos os dias, então elas mantêm uma série continua de variações de temperatura, assim como de variações geográficas".
As pequenas bolas de cálcio secretadas pelas minhocas foram identificadas pelo naturalista britânico Charles Darwin em 1881.
As equipes de York e Reading estão concentrando os estudos em amostras que datam de milhões de anos atrás, que foram coletadas em Silbury Hill, a um túmulo neolítico próximo a Stonehenge, na Inglaterra.
O modelo de estudo adotado pelos cientistas britânicos vai permitir identificar o clima e suas variações de temperatura em sítios arqueológicos de milhões ou, ainda, de centenas de milhões de anos.
Charles Darwin discutiu o tema em seu último estudo: The formation of vegetable mould, through the action of worms, with observations on their habits (em livre tradução para o português, "A formação do solo enriquecido com matéria orgânica, por meio da ação das minhocas, com observação de seus hábitos").
Os nódulos de cálcio formam-se numa glândula visível na parte de baixo das minhocas ou em uma área mais próxima da cabeça.
Darwin sugeriu que as minhocas da terra provavelmente utilizariam os grânulos de cálcio para neutralizar o ácido de seu sistema digestivo, e, de acordo com estudos mais recentes, ele estava certo.
Mark Hodson, pesquisador também envolvido no projeto, descreve os grânulos como "uma pastilha contra a indigestão produzida por elas mesmas".
Para os pesquisadores britânicos, os grânulos contidos nas fezes da minhoca poderiam ser comparados com outros métodos científicos, como a análise do centro das camadas de gelo polar, de sedimentos do fundo do mar e dos anéis de troncos de árvores.
Mas a análise das fezes permite traçar uma variação mais sensível em relação ao tempo, bem como geograficamente mais específica, criando uma nova maneira de entender o clima no passado.

Fonte: BBC