segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pesquisa chinesa faz contagem de espécie ameaçada de boto

Animal chamado informalmente de 'porco do rio' vive no Yang-tsé.Em 2006, havia apenas 1,8 mil animais da espécie.

    Cientistas chineses começaram neste domingo uma pesquisa para recontar a população de uma espécie de boto que está em extinção. Conhecida informalmente como “porco do rio” em mandarim, essa variação do boto-do-índico vive apenas nas águas do Rio Yang-tsé, o maior do país.
    A contagem mais recente, conduzida em 2006, encontrou apenas 1,8 mil destes animais. Para o estudo recém-iniciado, as estimativas são ainda mais baicas.

Espécie de boto ameaçada vive no Rio Yang-tsé, na China (Foto: Michel Gunther/WWF/AFP)

“Nossa expectativa é de que haja talvez apenas mil deles, mas temos que ver qual vai ser o resultado da pesquisa”, afirmou Wang Ding, pesquisador do Instituto de Hidrobiologia da Academia Chinesa de Ciências.    Apesar de não ser um alvo comum de pescadores, a espécie é ameaçada pela presença humana de duas maneiras. Por um lado, alguns botos morrem em colisões acidentais com barcos ou em acidentes de pesca. Por outro, a poluição do rio reduz a oferta de alimentos.
   Segundo estimativas da organização não governamental ambientalista WWF, que também participa do estudo, a espécie pode ser extinta em até 15 anos, caso nenhuma providência seja tomada.

FONTE: G1

sábado, 10 de novembro de 2012

Corais enviam 'aviso químico' para peixes devorarem algas tóxicas

   Cientistas descobriram que uma espécie de coral envia "avisos químicos" para peixes para que eles devorem algas tóxicas, que causam danos a barreiras de corais e podem ameaçar a espécie. A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, foi publicada no site da revista "Science" nesta quinta-feira (8).   O crescimento excessivo de certos tipos de algas é um problema para os corais e ocorre devido a várias situações, como a diminuição da população de peixes no mar e as mudanças climáticas, afirmam os cientistas.

Peixe da espécie 'Gobiodon histrio' se aproxima de alga tóxica em região de corais
 (Foto: Divulgação/Danielle Dixson/'Science')

    Liberando substâncias químicas na água, os corais da espécie Acropora nasuta "recrutam" peixes de duas espécies (Gobiodon histrio e Paragobiodon enchinocephalus) que estejam próximos para que eles devorem as algas. Isso reduz danos que poderiam ocorrer às barreiras de corais, segundo a pesquisa.
    A liberação da substância ocorre quando as algas entram em contato com os corais, aponta o estudo. A "contrapartida" é que os peixes tornam-se mais tóxicos, o que os ajuda a evitar ataques de predadores.
   A relação é considerada mutualística e parecida com a que existe entre formigas e árvores acácias, afirmam os pesquisadores.

FONTE: G1

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Após recordes de calor, frente fria derruba temperaturas pelo país

   A chegada de uma frente fria às regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil já derrubou as temperaturas de algumas cidades brasileiras que vinham registrando recordes de calor até esta quarta-feira (31).
   De acordo com meteorologistas, em determinadas localidades haverá queda de até 10 ºC -- caso de São Paulo -- e chuvas intensas, principalmente na área litorânea que segue do norte de Santa Catarina até o sul da Bahia.
   As chuvas poderão refrescar regiões que enfrentam estiagem há pelo menos quatro meses. Segundo meteorologistas, essa seca pode ter influenciado a elevação recorde das temperaturas na primavera.
   Nesta quarta-feira (31), Belo Horizonte (MG) teve a maior máxima dos últimos cem anos, com termômetros marcando 37,1ºC. No mesmo dia, a cidade de São Paulo registrou 36,6 ºC, recorde em 2012 e o maior registro para a primavera desde 1940, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“A seca que acontece no Brasil desde o inverno influenciou no regime de chuvas, que ameniza as temperaturas. No entanto, na região Sudeste não chove de forma intensa há pelo menos quatro meses. No Nordeste, há relatos de estiagem de dez meses. A não normalização das chuvas impede que a atmosfera fique mais fria e provoca uma elevação gradual da temperatura a cada dia”, explica Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
    De acordo com Ludmila Pochmann, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a ocorrência de temperaturas altas é comum na primavera, já que a atmosfera fica mais limpa, livre de nebulosidade. “Por isso há incidência maior de raios solares e aquecimento de uma área que vai desde a superfície terrestre até 15 km de altura, na primeira camada da atmosfera (tropopausa)”, disse.



 
Excesso de urbanização pode influenciar calor extremo
 

   Segundo Oliveira, é difícil explicar o motivo de temperaturas recordes em períodos longos, como no caso de Belo Horizonte, mas ele levanta a hipótese sobre o impacto do desenvolvimento das cidades e sua influência no calor extremo. “É possível entrar na questão do crescimento das cidades e na formação de um fenômeno chamado de ilhas de calor”, explicou.
   Típicas das grandes cidades e responsáveis pela sensação de abafamento, as ilhas de calor resultam do processo de urbanização e impermeabilização do solo. Materiais como asfalto, concreto armado, cimento e o excesso de prédios dificultam a circulação do ar, o que faz com que o calor fique mais concentrado em determinados pontos.
   Oliveira explica que em São Paulo, por exemplo, já houve a comprovação de diferenças de até 10 ºC entre áreas do centro – recheadas de prédios – e bairros distantes, na periferia, onde há maior movimentação do ar e áreas com vegetação que dispersam o calor. “As ilhas de calor alteram o microclima das cidades. São Paulo, que ficou conhecida por ser a terra da garoa, agora vivencia temporais nos finais de tarde. O aumento da urbanização pode ter influenciado o clima, isso sem contar a poluição concentrada. Uma área densamente povoada pode ter um aumento da poluição”, explica o meteorologista.


FONTE: G1

Reunião para criar áreas de proteção na Antártica termina sem acordo

   Um acordo que estava sendo construído entre 250 delegados de 24 países mais a União Europeia, para a criação de grandes áreas de proteção ambiental nos mares da Antártica, terminou sem resultado nesta quinta-feira (1º), segundo informam as agências internacionais.
   Os representantes dos países, que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês), decidiram que o grupo volta a se reunir na Alemanha somente no próximo ano, em julho de 2013.
   Eles participavam há duas semanas de uma conferência da CCAMLR na Tasmânia, Austrália, para decidir sobre a criação das áreas de proteção ambiental.


               Pinguins imperadores na Antártica (Foto: Divulgação/U.S. Antarctic Program/National Science Foundation)
 
  Organizações ambientais, como o WWF, demonstraram preocupação com a falta de consenso sobre a criação das reservas.
   Uma das propostas defendidas pelos Estados Unidos, pela Nova Zelândia e por outros países era criar duas áreas de proteção ambiental: uma de cerca de 1,6 milhão de km² e outra de 1,9 milhão de km², em dois pontos nos mares da Antártica.
   Se fossem criadas, as reservas iriam garantir a proteção de animais como baleias e pinguins em uma região equivalente a três vezes o tamanho da França, informa a britânica BBC.
   O fracasso em chegar a um acordo foi creditado principalmente à atuação dos delegados da Rússia, da China e da Ucrânia, de acordo com os ambientalistas. "Estamos desapontados", disse à imprensa internacional o representante da ONG Aliança para o Oceano Antártico, Steve Campbell.



FONTE: G1

domingo, 28 de outubro de 2012

Brasileiro desenvolve vacina experimental mais eficaz contra vírus da aids

     Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos, testada em ratos e fruto do trabalho do imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, conseguiu manter os níveis do vírus da AIDS(HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais, informou nesta quarta-feira (24) o periódico Nature.     Este tratamento experimental, composto por cinco potentes anticorpos monoclonais (idênticos entre si porque são produzidos pelo mesmo tipo de célula do sistema imunológico), foi desenvolvido pela equipe do cientista brasileiro e membro da Academia Americana de Ciências na Universidade Rockefeller em Nova York. 
   O cientista administrou os anticorpos em ratos "humanizados", que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano, permitindo que sejam infectados com o vírus HIV. Estima-se que esta é uma fórmula que poderia evitar a infecção de novas células. 

Na imagem, vírus HIV atacando células humanas: nova vacina é mais eficaz contra a infecção

    Nussenzweig observou que, desde que foi iniciado o tratamento, a carga viral tinha caído para níveis abaixo dos detectáveis, e assim se mantiveram por até 60 dias após o término do tratamento. 

Em seguida, o cientista comparou os resultados com os obtidos ao tratar ratos com uma combinação de três anticorpos monoclonais e, também, com um tratamento baseado em um único anticorpo.     Ao tratar os roedores com uma vacina com três anticorpos, o HIV se manteve em níveis baixos até 40 dias após o fim do tratamento, enquanto a monoterapia só permitiu que o vírus não fosse detectado durante o tempo em que o rato estava recebendo o tratamento (cerca de duas semanas). "O experimento demonstrou que combinações distintas de anticorpos monoclonais são eficazes na hora de suprimir a replicação do HIV em ratos 'humanizados', por isso podem prevenir a infecção e servir para o desenvolvimento de novos tratamentos", defendeu o especialista em seu artigo. 
    Na atualidade, o tratamento anti-retroviral em humanos consiste em combinar pelo menos três drogas antivirais para minimizar o surgimento de vírus mutantes resistentes aos remédios. No entanto, o HIV se armazena em uma espécie de "depósito" ou reservatório viral, o que faz com que a carga viral do paciente se eleve quando o tratamento farmacológico é interrompido, e o vírus volta a aparecer depois de 21 dias. 
   Apesar dos resultados promissores de Nussenzweig, ainda serão necessários testes clínicos que permitam avaliar a eficácia do tratamento em humanos e medir os efeitos sobre a infecção em longo prazo.
FONTE: G1

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estudo aponta indício de que impacto gigante pode ter formado a Lua

   Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Bristol, no Reino Unido, divulgaram um estudo com evidências que reforçam a ideia de que a Lua pode ter sido formada após o impacto gigante de um corpo celeste contra uma versão primitiva da Terra.   A pesquisa, publicada na edição online da "Nature" desta quarta-feira (17), compara isótopos de zinco encontrados em pedras vulcânicas lunares com a composição do zinco encontrado na Terra e em Marte.

Concepção artística de uma colisão planetária mostra um impacto semelhante ao que 
teria ocorrido na Terra e levando à criação da Lua (Foto: Divulgação/Nasa/JPL-Caltech)

   Segundo os cientistas, os isótopos lunares são mais pesados e parecem ter sido formados em um grande processo de vaporização, mais do que em atividade vulcânica ocorrida na Lua. O zinco serve como uma "pista" para a história da formação dos planetas, diz o estudo.   A evaporação estaria ligada à origem do satélite, segundo os pesquisadores. Para eles, o estudo dá "evidências consistentes" que podem confirmar um modelo de formação da Lua pelo impacto de corpo celeste com tamanho parecido ao de Marte contra a Terra.
   Segundo eles, há "fortes indícios" de condensação de zinco em escala planetária na formação da Lua. Isótopos de zinco mais pesados teriam condensado mais rápido do que átomos mais leves do mesmo elemento, e sua presença indicaria que nuvens de vapor de rocha estariam presentes no surgimento do satélite.
   "Uma colisão com muita energia pode ter derretido o corpo causador do impacto, e a maioria do seu material pode ter permanecido na Terra", sugerem os cientistas no estudo. Já materiais de silicato devem ter entrado em órbita e mais tarde foram acrescidos de outras substâncias vaporizadas que originaram a Lua, segundo a pesquisa.

Mais duas

   Outras duas pesquisas sobre o mesmo assunto foram publicadas na edição online da revista "Science" desta quarta-feira (17). Cientistas da Universidade Harvard e do Southwest Research Institute, ambos nos EUA, simularam em computadores como seria a colisão de uma Terra primitiva com um grande corpo celeste, para analisar a viabilidade da teoria.
   Tanto o estudo de Harvard quanto o do instituto reforçam a ideia do impacto e apontam que a teoria pode estar certa, levando em conta o formato que a Lua tem atualmente e a angulação da Terra.

FONTE: G1

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ABANDONAR ANIMAIS É CRIME!

   Abandonar animais é crime federal. Mesmo que os bichinhos sejam deixados em parques, ainda assim eles podem correr perigo ou se tornarem ameaças à biodiversidade e às pessoas que frequentam o local.   Os animais domésticos possuem hábitos específicos e necessitam de cuidados diferentes dos animais silvestres. Esta é a primeira razão para nunca abandonar quem já foi um bichinho de estimação. Cães e gatos, por exemplo, são totalmente dependentes dos seres humanos, principalmente no que diz respeito à alimentação.
   As duas espécies não estão acostumadas a caçar para comer e precisam de cuidados quanto à água ingerida e ao controle de pragas. Além dos riscos a que os próprios animais estão expostos, eles também podem se tornar transmissores de doenças, levando perigo às outras espécies locais e até mesmo às pessoas. Eles ainda podem ficar agressivos ou se reproduzirem descontroladamente, elevando os riscos.
   Problemas similares estão relacionados ao abandono de espécies silvestres, que quando levadas aos parques inadequadamente representam riscos ao equilíbrio natural. Quando estas práticas são identificadas, não importa se as vítimas sejam os animais domésticos ou silvestres, os infratores são considerados criminosos, por desrespeitarem a Lei Federal de Crimes Ambientais 9605/98.
   A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo faz um alerta à população. Através de materiais informativos o órgão pede que as pessoas pensem muito bem antes de decidirem cuidar de um animal, pois essa escolha deve ser honrada por toda a vida. Outra sugestão é feita em prol da adoção, para que os animais abandonados possam ter um novo lar. Existem ONGs espalhadas por todo o país, que cuidam destes animais e necessitam de apoio e famílias dispostas a adotar um novo bichinho. O alerta se estende também à responsabilidade que a própria população tem na fiscalização, denunciando os maus tratos a animais.



Denúncias

Polícia Militar Ambiental – 190


FONTE: http://ambientalistasemrede.wordpress.com/2012/08/26/abandonar-animais-e-crime/