Novo método conseguiu converter 50% das células em neurônios.
Neurônios produzidos foram capazes de receber e transmitir sinais.
Pesquisadores afirmam ter desenvolvido um modo de produzir neurônios diretamente de células da pele humana, inclusive as de pacientes com Alzheimer. O novo método pode facilitar a geração de neurônios para terapias de reposição no futuro, de acordo com a pesquisa publicada na revista científica Cell. Os neurônios produzidos já estão começando a render teorias sobre o que há de errado no cérebro com Alzheimer e como os neurônios doentes podem responder a um tratamento. Em outras pesquisas para gerar neurônios a partir de células da pele, as células adultas precisaram antes retornar ao estado embrionário. Essas células, chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), são difíceis de se produzir. Menos de 1% são feitas com sucesso. Além disso, são necessários meses de espera.“As células iPS são estimulantes se pensarmos nos limites da clonagem e no uso de células-tronco, mas ainda há um vicioso e longo processo quando queremos usar células de pacientes ou células normais como células de reposição”, diz Asa Abeliovich, da Universidade de Columbia, autor principal do estudo. A equipe de pesquisadores, por um processo de acerto e erro, conseguiu identificar fatores capazes de tornar células de pele humana em neurônios. Refinando a pesquisa, eles obtiveram a conversão de 50% das células. Os neurônios produzidos in vitro foram capazes de transmitir e receber sinais e, quando transplantados em cérebros de ratos em desenvolvimento, as células convertidas foram capazes de se conectar ao circuito existente. “São realmente neurônios”, diz Abeliovich. Já nos neurônios produzidos a partir de células com Alzheimer, os pesquisadores perceberam anormalidades características da doença. Assim, acreditam que a análise pode trazer conclusões significativas que não puderam ser obtidas por meio de pesquisas anteriores. Segundo o pesquisador, no entanto, há uma preocupação crescente sobre a estabilidade dessas células, já que a habilidade delas de se reproduzirem e crescerem também torna maior o risco de câncer. “Não sabemos se teremos respostas, mas, ano menos, agora nós podemos fazer a pergunta. É a ponta do iceberg”, diz Abeliovich.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Pesquisa liga fraqueza da idade com cálcio dos músculos
O vazamento de cálcio no interior de células musculares pode estar ligado à fraqueza trazida pelo envelhecimento, segundo um estudo que será publicado na revista Cell Metabolism. Esta é a razão pela qual os exercícios se tornam mais difíceis com a idade.Estudos anteriores liderados por Andrew Marks, da Universidade de Columbia, mostraram que os mesmos vazamentos de cálcio contribuíam para a fraqueza e a fadiga decorrente de problemas cardíacos e distrofia muscular.“É interessante como pessoas normais adquirem uma forma de distrofia muscular com a idade”, diz o pesquisador. “A base da fraqueza do músculo é a mesma.”O gotejamento ocorre nos receptores de rianodina, que formam canais de cálcio intracelulares nos músculos. Sob condição de estresse, esses canais se modificam quimicamente e perdem uma substância estabilizadora chamada de calstabina 1. “Ela é como uma dobradiça em uma porta, que impede que ela fique batendo com a brisa”, explica.Normalmente, o cálcio no interior dos músculos é contido, mas quando vaza é tóxico, tornando-se uma enzima que rasga as células musculares. Uma vez que isso acontece, é um círculo vicioso. A boa notícia é que uma droga em fase de testes para o tratamento do coração pode barrar esse gotejamento.Os pesquisadores estudaram as células musculares de ratos novos e velhos. Um rato de seis meses cujos receptores de rianodina vazavam cálcio tiveram os mesmos problemas de fraqueza muscular do que um rato mais velho. Este, por sua vez, apresentou melhoras depois de ser tratado com o medicamento em teste.O estudo sugere que cientistas procurem por novos caminhos no tratamento da idade. “As pesquisas se focam em produzir mais músculos”, diz Marks. “A diferença é que nós focamos não no músculo, mas em sua função. Mais músculos não ajuda se eles não funcionarem.”
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Motivo do fracasso no regime está nos neurônios
Cientistas descobriram que células do cérebro quando em privação de alimento canibalizam umas às outras, liberando o sinal de fome
Emagrecimento: Sinal de fome é dado após neurônios comerem gordura de outros neurônios
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Telescópio Herschel encontra moléculas de oxigênio no espaço
Moléculas foram encontradas em áreas de formações de estrelas.
Segundo a Nasa, é a primeira descoberta desse tipo no espaço.
O Observatório Espacial Herschel, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) e da agência espacial americana (Nasa), divulgou nesta segunda-feira (1º ) a primeira descoberta de moléculas de oxigênio no espaço.
Moléculas de oxigênio encontradas pelo telescópio Herschel
em Órion (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)
Segundo os pesquisadores, o telescópio encontrou as moléculas na nebulosa de Órion, presos em pequenas partículas de gelo ao redor de poeira espacial.
As moléculas teriam sido formadas depois que as estrelas aqueceram o gelo, liberando água, convertida em oxigênio.
Embora átomos de oxigênio individuais sejam comuns, especialmente ao redor de estrelas, moléculas como as da Terra ainda não haviam sido descobertas, segundo a agência americana.
“O oxigênio foi descoberto nos anos 1770, mas levamos mais de 230 anos para finalmente poder dizer com certeza que essa simples molécula existe no espaço”, afirmou Paul Goldsmith, cientista do projeto da Nasa no laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, que publicou os resultados da descoberta na revista especializada Astrophysical Journal.
Astrônomos procuraram por moléculas no espaço por décadas. O telescópio Odin encontrou a molécula em 2007, mas a descoberta não pôde ser confirmada.
“Isso explica onde parte do oxigênio estava escondido”, diz Goldsmith. “Mas nós não encontramos grandes quantidades, e ainda não entendemos o que há de tão especial sobre os lugares onde o encontramos. O Universo ainda esconde muitos segredos.”
O objetivo é continuar procurando por moléculas nas áreas de formações de estrelas. “O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no Universo e suas moléculas devem ser comuns no espaço”, diz Bill Danchi, cientista da Nasa em Washington que trabalha no projeto. “O Herschel está fornecendo uma ferramenta poderosa para desvendar esse mistério.”
Gráfico ilustra onde os astrônomos encontraram as moléculas no espaço, na nebulosa de Órion (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)
sexta-feira, 29 de julho de 2011
"Superanticorpo" pode resultar em vacina universal contra gripe
Vacina poderia proteger as pessoas durante décadas contra todas as cepas de vírus da doença
Cientistas encontraram um 'superanticorpo', o FI6, capaz de combater todos os vírus da gripe tipo A em humanos e animais, e a descoberta pode abrir caminho para a produção de novos tratamentos antigripais.
Pesquisadores da Grã-Bretanha e Suíça usaram um novo método e identificaram o anticorpo em um paciente humano capaz de neutralizar os dois principais grupos de vírus da gripe A.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha e pela empresa privada suíça Humabs, e seu resultado foi publicado nesta quinta-feira (28) na revista Science.
É um passo preliminar, dizem os cientistas, mas crucial para o eventual desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe.
Atualmente, os laboratórios precisam alterar todos os anos a composição das vacinas, de acordo com a cepa do vírus que estiver circulando - um processo caro e demorado. Já a vacina universal poderia proteger as pessoas durante décadas, ou mesmo pela vida toda, contra todas as cepas de vírus da gripe.
Subtipos de gripe
No artigo, os pesquisadores explicaram que os anticorpos atingem uma proteína do vírus chamada hemaglutinina. Devido à sua rápida evolução, existem hoje 16 subtipos diferentes da gripe A, divididos em dois grupos. Os humanos geralmente produzem anticorpos contra um subtipo específico.
Pesquisas anteriores já haviam localizado anticorpos que funcionam com vírus do grupo 1 e com a maioria dos vírus do grupo 2, mas não com ambos.
A equipe usou um método que aplica a cristalografia de raios-X para examinar enormes quantidades de amostras de células do plasma humano, aumentando assim as chances de localizar o anticorpo 'universal,' mesmo sendo ele extremamente raro.
Ao identificarem o F16, eles o injetaram em ratos e furões e descobriram que protegia também os animais contra os vírus do grupo 1 e 2.
Cientistas encontraram um 'superanticorpo', o FI6, capaz de combater todos os vírus da gripe tipo A em humanos e animais, e a descoberta pode abrir caminho para a produção de novos tratamentos antigripais.
Pesquisadores da Grã-Bretanha e Suíça usaram um novo método e identificaram o anticorpo em um paciente humano capaz de neutralizar os dois principais grupos de vírus da gripe A.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha e pela empresa privada suíça Humabs, e seu resultado foi publicado nesta quinta-feira (28) na revista Science.
É um passo preliminar, dizem os cientistas, mas crucial para o eventual desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe.
Atualmente, os laboratórios precisam alterar todos os anos a composição das vacinas, de acordo com a cepa do vírus que estiver circulando - um processo caro e demorado. Já a vacina universal poderia proteger as pessoas durante décadas, ou mesmo pela vida toda, contra todas as cepas de vírus da gripe.
Subtipos de gripe
No artigo, os pesquisadores explicaram que os anticorpos atingem uma proteína do vírus chamada hemaglutinina. Devido à sua rápida evolução, existem hoje 16 subtipos diferentes da gripe A, divididos em dois grupos. Os humanos geralmente produzem anticorpos contra um subtipo específico.
Pesquisas anteriores já haviam localizado anticorpos que funcionam com vírus do grupo 1 e com a maioria dos vírus do grupo 2, mas não com ambos.
A equipe usou um método que aplica a cristalografia de raios-X para examinar enormes quantidades de amostras de células do plasma humano, aumentando assim as chances de localizar o anticorpo 'universal,' mesmo sendo ele extremamente raro.
Ao identificarem o F16, eles o injetaram em ratos e furões e descobriram que protegia também os animais contra os vírus do grupo 1 e 2.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Defeito em proteína pode ser uma das causas de infertilidade masculina
Defeito genético não é detectável por exames normais.
Espermatozoide fica impossibilitado de alcançar o óvulo.
Espermatozoides normais são capazes dealcançar e fecundar o óvulo (Foto:Ted Tollner/UC Davis)
A infertilidade masculina pode ser causada por uma perda de proteína no esperma, de acordo com um estudo divulgado nesta semana. O defeito é genético e impede os espermatozoides de alcançarem o óvulo da mulher.
Pelo menos metade dos casos de infertilidade em casais tem suas causas no homem. Em 70% dos homens inférteis o problema não está nem na quantidade nem na qualidade dos espermatozoides.
Para fecundar um óvulo, o espermatozoide precisa evitar o sistema de defesa do organismo da mulher – para que ele não o reconheça como um “intruso” e o destrua. Passar com segurança por todo o trajeto é responsabilidade de uma proteína chamada “DEFB126”.
Imagem de espermatozóides com o defeitogenético (Foto: Ted Tollner/UC Davis
Agora, a equipe liderada por Gary Cherr, da Universidade da Califórnia em Davis, afirma que parte dos homens possui um defeito no gene que controla a produção dessa proteína e a impede de fazer seu trabalho.
De acordo com o trabalho, metade da população masculina possui ao menos uma cópia do gene com defeito; um quarto possui duas cópias. E mais: os exames normais de infertilidade não detectam o problema.
A descoberta pode render novas formas de diagnosticar e tratar a infertilidade, segundo os pesquisadores.
domingo, 24 de julho de 2011
Cientistas encontram maior quantidade de água do Universo
Registro foi feito ao redor de buraco negro a 12 bilhões de anos-luz daqui.
Volume de água é 140 trilhões de vezes o dos oceanos da Terra.
Astrônomos descobriram a maior quantidade de água já registrada no Universo a uma distância de mais de 12 bilhões de anos-luz da Terra. A quantidade de água equivale a 140 trilhões de vezes todo o volume de água nos oceanos de nosso planeta.
Ilustração mostra como é a visão de um quasar como o APM 08279+5255 (Foto: Nasa / ESA)A água está em forma de vapor e ajuda a compreender a natureza do quasar. A medição desse vapor e de moléculas de outros tipos, tais como monóxido de carbono, sugerem que há gás suficiente para alimentar o buraco negro até que ele atinja seis vezes seu tamanho.
O gás liberado por esse buraco negro está numa temperatura de 53º C negativos, o que é cinco vezes mais quente que os gases soltos na Via Láctea. O vapor d’água da Via Láctea fica congelado, e também por isso a quantidade de água em nossa galáxia é 4 mil vezes menor que no quasar.
“O ambiente em volta desse quasar é muito peculiar e por isso produz essa grande massa de água”, disse Matt Bradford, pesquisador da Nasa. “É mais uma demonstração de que a água é dominante por todo o Universo, mesmo nos tempos mais primórdios”, completou.
A pesquisa foi desenvolvida por dois grupos de astrônomos, formados por cientistas ligados a diversos institutos. A descoberta foi publicada pela revista “Astrophysical Journal Letters”.
FONTE:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/07/cientistas-encontram-maior-quantidade-de-agua-do-universo.html
Assinar:
Postagens (Atom)