terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gene de doença que impede pessoa de ter impressões digitais é revelado

Apenas 4 famílias no mundo foram diagnosticadas com o problema. Marcas nas pontas dos dedos são únicas para cada pessoa.

    Cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriram um gene responsável por causar uma doença que deixa os dedos do portador sem impressões digitais. O estudo foi divulgado na publicação científica "American Journal of Human Genetics".
    Apenas 4 famílias no mundo foram diagnosticadas com a doença. Um caso que chamou a atenção da comunidade médica ocorreu quando uma suíça tentou entrar nos Estados Unidos, mas precisou de muito tempo para explicar aos oficiais da alfândega que não possuía impressões digitais.
    A doença é causada por uma alteração no gene SMARCAD 1, responsável pelo desenvolvimento das impressões digitais. Ele foi descoberto após um estudo coordenado por Eli Sprecher, da Faculdade de Medicina da universidade, que trabalhou com a família da suíça que teve problemas para entrar nos Estados Unidos. Nove parentes da moça também não apresentavam impressões digitais.


Impressões digitais são marcas exclusivas de
cada pessoa ou gêmeos idênticos. (Foto: Howard
Bartrop / Image Source / AFP Photo)
   
    As impressões digitais são formadas 24 semanas após a fertilização e não mudam durante a vida da pessoa. Elas são únicas para cada pessoa ou para cada par de gêmeos idênticos. Por serem exclusivas, são utilizadas para a detecção de crimes e para controle em viagens internacionais.
     Alterações nas impressões digitais podem indicar outras doenças mais severas. Já no caso da doença da suíça, a ausência total das marcas na ponta dos dedos não traz maiores problemas - apenas uma dificuldade para suar nas mãos. Sprecher explica que não só as pontas dos dedos detêm padrões excluvisos para cada humano. As mãos, os dedos e as solas dos pés também apresentam traços únicos conhecidos como dermatoglifos. A análise dessas marcas permitem conhecer mais sobre a característica das pessoas e tem aplicação em áreas como o esporte - o desempenho dos atletas pode ser previsto com algumas informações genéticas que podem ser desvendadas por meio das impressões.




FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/gene-de-doenca-que-impede-pessoa-de-ter-impressoes-digitais-e-revelado.html

domingo, 18 de setembro de 2011

Memória demora a se desenvolver

Estudo mostra que capacidade de se recordar só chega à sua total capacidade na idade adulta

   As crianças possuem memória. Porém, o desenvolvimento da capacidade de recordar a origem das informações contidas na memória ocorre de forma mais lenta. Um novo estudo revela que esta capacidade se desenvolve durante a adolescência e que o desenvolvimento pleno ocorre apenas na fase adulta.
   Os pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha, relataram as descobertas na revista Child Development.
   Eles forneceram um teste de memória em duas partes para crianças, adolescentes e jovens. Na primeira, foram mostradas aos participantes imagens na tela de um computador. Eles deveriam indicar se elas eram repetidas selecionando entre os botões 'novo’ e 'velho’.
    Em seguida, eles receberam um teste semelhante, que incluía certas imagens do primeiro teste.
  Embora a capacidade de memorização melhorasse de modo geral com a idade, a capacidade de reconhecer a fonte das informações retidas na memória – avaliada no segundo teste – era particularmente fraca nas crianças. O desempenho de adolescentes e adultos foi igualmente bom, mas com uma diferença significativa.
   Os participantes usaram uma touca de eletrodos que media a atividade neural deles. Somente os adultos mostraram padrões sofisticados de atividade enquanto buscavam a fonte da memória, afirma Volker Sprondel, principal autor do estudo e psicólogo da Saarland. Apenas com o uso de medições comportamentais, os pesquisadores não teriam detectado a diferença entre adultos e adolescentes, afirma Sprondel.
   Segundo ele, a descoberta sugere que quando se pede a crianças e adolescentes para comprovarem a fonte das informações contidas em suas memórias, como por exemplo, para lembrar a primeira vez que encontraram certa pessoa e o local, eles devem ser questionados com cautela.

Penas de dinossauro conservadas em âmbar dão pistas sobre evolução

Material é o mais completo já encontrado sobre progressão das penas.

    Amostras de âmbar coletadas no oeste canadense contendo fósseis de dinossauros e pássaros podem ter revelado a mais abrangente história evolucionária das penas até hoje, segundo estudo divulgado na publicação científica Science.
    Os 11 fragmentos no depósito de âmbar de cerca de 80 milhões de anos mostram a progressão desde pequenos "filamentos" semelhantes a fios de cabelo até às penas mais complexas como as dos pássaros atuais.
    As descobertas, acompanhadas por outro estudo sobre a coloração das penas, reforça a tese, relativamente recente, de que muitos dinossauros tinham penas muito coloridas.
    Fósseis encontrados na China sugerem que dinossauros tinham penas cujos filamentos mais simples se pareciam mais com pêlos.
    Mas sua evolução até as penas modernas não havia sido documentada em registros fósseis.

Penas fossilizadas podem dar pistas sobre como
evoluíram dinossauros. (Foto: AFP Photo / via BBC)

Sorte
    O estudo do depósito encontrado nas proximidades do lago Grassy em Alberta, datando do Cretácio Superior, traz exemplos de estruturas de penas que revelam a progressão.
   "Vemos dois tipos de desenvolvimento evolucionário armazenados no mesmo depósito de âmbar", disse Ryan McKellar, da Universidade de Alberta, que liderou o estudo.
    O estudo confirma que filamentos individuais se transformaram em tufos, ou filamentos de uma origem única chamados de farpas.
    Posteriormente, algumas destas farpas podem se aglutinar em ramos únicos chamados ráquis. Com a evolução da estrutura, novos ramos são formados a partir destes ráquis.
    "Temos penas que parecem com filamentos do tipo dos pêlos, temos estes mesmos filamentos aglutinados em grupos e temos então uma série que é idêntica às das penas dos pássaros modernos", disse McKellar à BBC.
    Na época do Cretácio Superior, as penas chegaram praticamente ao fim de sua evolução e a descoberta de espécies de tipos diferentes no mesmo depósito de âmbar foi considerada simplesmente sorte.
    "Sabemos já há algum tempo que muitos dos dinossauros que não eram pássaros tinham penas e muitos possuíam penas iguais às que vemos nos pombos de hoje", disse Mark Norell, chefe da divisão de paleontologia do American Museum de história natural, que não esteve envolvido no estudo.
    "O interessante é a diversidade das penas presentes nesses dinossauros não aviários que conviveram em um intervalo de tempo próximo do desaparecimento dessas criaturas, há 65 milhões de anos", disse ele à BBC.

Cores
    As penas mais desenvolvidas lembram as dos pássaros aquáticos e McKellar diz que nenhuma delas era adaptada para o voo, mas aparentemente para estratégias de ornamentação.
   Um outro estudo divulgado na Science examina outro aspecto da ornamentação, a cor.
   As cores ocorrem nas penas devido a estruturas nas células chamadas malanossomos, que contêm melanina, a mesma substância química que fornece cor para nossas peles.
   Estudos sobre remanescentes destes melanossomos já forneceram evidências, por exemplo, que um dos primeiros dinossauros com penas descobertos, o Sinosauropteryx, era vermelho.
   Mas geralmente os melanossomos nas penas, ou sua melanina, é destruída com o passar do tempo, deixando poucas pistas sobre as cores que cada dinossauro teria.
   O cientista Roy Wogelius da universidade britânica de Manchester desenvolveu um método que usa raios de luz de alta energia de um Síncrotron (acelerador de partículas) capaz de detectar pequenas quantidades de átomos metálicos remanescentes da eulamina, um dos tipos de melanina responsável por uma variação de cores do marrom ao negro.
   "Uma compreensão perfeita das cores é improvável, exceto talvez em alguns casos excepcionais", disse Wogelius.
   "Mas com os avanços tecnológicos, estamos otimistas de que poderemos determinar detalhes químicos além de padrões de claro e escuro."
   De fato, acredita-se cada vez mais que muitos dinossauros não tinham as cores que tradicionalmente associamos a répteis.
   "Se você fosse transportado para 80 milhões de anos atrás, para uma floresta na América do Norte, veria que muitos animais tinham penas", disse Norell.
   "Ganhamos cada vez mais evidência... de que esses animais também tinham cores brilhantes, como os pássaros de hoje."



FONTE:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/penas-de-dinossauro-conservadas-em-ambar-dao-pistas-sobre-evolucao.html

sábado, 17 de setembro de 2011

Grupo norte-americano revela novo gene ligado à doença de Parkinson

Gene regula produção de proteína que evita 'estresse' em células cerebrais.
Estudo foi divulgado no 'American Journal of Human Genetics'.

     Cientistas da Mayo Clinic, na Flórida, nos Estados Unidos revelaram a descoberta de um gene que estaria ligado ao desenvolvimento da doença da Parkinson. A novidade é tema da edição de setembro da publicação "American Journal of Human Genetics" (revista norte-americana de genética humana, em inglês).
   Chamado EIF4G1, o gene ajuda às células cerebrais a resistirem ao "estresse", uma condição que pode levá-las à morte. Esse efeito é obtido a partir da produção de uma proteína, que é regulada pelo gene. Alterações no EIF4G1 causam problemas na ação dessa substância.
   Segundo os cientistas, a descoberta do gene EIF4G1 pode servir para definir a frequência da doença em diversas populações no planeta e qual a influência desta parte do genoma no desenvolvimento de um problema que afeta até 1% de todas as pessoas acima de 50 anos no mundo.

LRRK2    No ano de 2004, pesquisadores da Mayo Clinic também participaram de um estudo que revelou um outro gene também responsável por provocar o surgimento da doença. Conhecido como LRRK2, as alterações nesse gene representam a maior parte da colaboração genética para o surgimento da doença de Parkinson.    Mutações nesse gene aparecem em até 40% dos portadores de Parkinson de etnia árabe-berbere, 10% em judeus asquenazes, 8% em bascos e até 3% em caucasianos. Esses dados estão presentes em um estudo sobre o gene LRRK2 divulgado na revista "Lancet Neurology", no final de agosto.    Agora, os cientistas querem saber qual a ligação entre os dois genes e aquilo que produzem. "É preciso estudar mais para saber se as proteínas reguladas pelos dois genes trabalham juntas ou se colaboram para o desenvolvimento do Parkinson de forma independente", diz Owen Ross, um dos autores de ambos os estudos, em entrevista ao G1.    A doença de Parkinson é causada por uma diminuição nos níveis de um neurotransmissor no cérebro chamado dopamina. A queda acontece pela morte de células em uma região conhecida como substância negra. Os sintomas mais conhecidos da doença são a rigidez e os tremores no corpo.Dopamina e terapias   O especialista não chega a dizer que a queda no nível de dopamina é causada diretamente pela ação do gene recém-descoberto. "Se uma célula não consegue lidar com o 'estresse' por causa do gene, isso eventualmente vai levá-la à morte. Se as células que morrerem forem aquelas responsáveis pela produção de dopamina, talvez este seja um mecanismo pelo qual o gene provoque a doença", diz.   A identificação dos genes pode levar a diagnósticos antecipados no futuro. "Um dos objetivos das pesquisas é saber quem tem risco de desenvolver a doença e, talvez, aplicar estratégias para proteger o cérebro do pacientes antes dos primeiros sintomas", acredita Ross.   Mesmo pacientes com uma mesma origem genética para a doença podem apresentar os sintomas em diferentes fases da vida. "É preciso lembrar que o Parkinson não causa apenas problemas de movimentos, mas também problemas não ligados à capacidade motora do paciente."    Possíveis terapias a partir desses estudos incluem a manipulação dos genes para evitar que comprometam o cérebro ou das proteínas que eles regulam. "Essas pesquisas também nos ajudam a ver quais pacientes podem se beneficiar ou não deste tipo de tratamento", afirma o médico.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os “superpoderes” dos golfinhos

Pesquisadores descobriram que os cétaceos têm uma alta capacidade de cicatrização e uma espécie de sexto sentido para caçar comida

Sexto sentido e extraordinária capacidade de regeneração: é o super golfinho

         Estudos recentes mostram que os golfinhos têm características que poderiam ser comparadas a poderes de heróis de histórias em quadrinhos. Além de o animal ter uma rápida cicatrização, que pode servir de inspiração para medicamentos para humanos, cientistas descobriram que ele é capaz de detectar campos elétricos ao seu redor, o que facilita a obtenção de alimento tanto em mar aberto quanto no solo marinho.
      O pesquisador Michael Zasloff, da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, ficou impressionado quando soube há dez anos que os golfinhos eram maciçamente atacados por tubarões e mesmo assim muitos não morriam. “Para mim, parecia impossível que um mamífero pudesse sobreviver a tamanho ferimento em pleno oceano”, disse ao iG.
          Zasloff descobriu que o segredo de sobrevivência dos golfinhos está em acumular grandes quantidades de um componente químico em sua gordura corporal. Assim, os golfinhos conseguem se recuperar rapidamente de mordidas de tubarões com aparente indiferença à dor.
        Ele explica que quando o golfinho é atacado esta substância é liberada agindo como um bom antibiótico. “A ferida do golfinho não fica infeccionada, com formação de pus ou vermelhidão. Em humanos, um ferimento deste tipo ficaria infectado pelas bactérias presentes na boca do tubarão, algo muito difícil de tratar com os antibióticos que temos”, disse Zasloff que publicou os resultados do estudo no periódico científico Journal of Investigative Dermatology.
            Quando atacados por tubarões, eles não sangram até a morte. Isto porque com estes componentes na gordura corporal, o processo de cicatrização dos golfinhos é completamente diferente do de humanos. Outra diferença é que os animais usam também de uma boa estratégia para estancar o sangue. “Eles dão um mergulho profundo após serem mordidos, o que interrompe o fluxo do sangue para a periferia do corpo do animal e permite a formação de coágulos”, disse.

Sexto sentido elétrico

        Outra descoberta recente sobre os golfinhos é sobre a capacidade de uma espécie, o golfinho da Guiana, de detectar campos elétricos dos peixes ao seu redor. Pesquisadores da Universidade de Hamburgo descobriram que esses eletroreceptores estão presentes em pequenos orifícios nos seus narizesse desenvolveram a partir de pequenos bigodes. “Esta característica torna possível uma espécie de sexto sentido”, afirma o estudo.
      A capacidade de detectar campos elétricos está presente apenas em peixes, anfíbios e mamíferos monotremados, como o ornitorrinco.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vítimas de derrame são tratadas com saliva de morcego na Grã-Bretanha

Substância afina o sangue e especialistas apostam que ela pode ajudar a dissolver coágulos no cérebro

Saliva de morcego pode ser o maior avanço no tratamento de derrames nos últimos 20 anos

   Pesquisadores britânicos estão realizando testes com saliva de morcegos-vampiros para tratar vítimas de derrames. 
   Entre os pioneiros no tratamento estão especialistas do Hospital da Universidade de North Staffordshire que estão desenvolvendo um poderoso novo medicamento que utiliza uma proteína na saliva dos animais para dissolver coágulos no cérebro. 
   Os cientistas buscaram a saliva dos morcegos devido à capacidade que ela tem de tornar o sangue das vítimas dos animais fino o suficiente para que eles possam sorvê-lo. 
   O medicamento já foi testado em duas pessoas e já está sendo considerado pelos pesquisadores como o maior avanço no tratamento de derrames nos últimos 20 anos. 
   Atualmente, vítimas de derrames precisam receber injeções de drogas capazes de dissolver coágulos em no máximo quatro horas após os ataques terem ocorrido, para que o medicamento ainda surta efeito. 
   Mas a nova droga derivada da saliva do morcego, chamada desmoteplase, pode ser dada aos pacientes até nove horas após os derrames terem sido registrados. 
   De acordo com Christine Roff, pesquisadora da Universidade de North Staffordshire, o medicamento ainda está em fase de testes, mas se estes forem bem-sucedidos, a droga poderá ser usada regularmente dentro de três anos.

sábado, 3 de setembro de 2011

3 de setembro - Dia do Biólogo


Biólogo não come, degusta.
Biólogo não cheira, olfata.
Biólogo não toca, tateia.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagem neurotransmitida involuntária.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feed backs.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meioses.
Biólogo não faz mudanças, processa evoluções.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não se desprende do espírito, transforma sua energia.
Biólogo não deixa filhos, apresenta sucesso reprodutivo.
Biólogo não deixa herança, deixa pool gênico.
Biólogo não tem inventário, tem hereditário.
Biólogo não deixa herdeiros ricos, pois seu valor é por peso vivo.

Feliz Dia do Biólogo!