domingo, 28 de outubro de 2012

Brasileiro desenvolve vacina experimental mais eficaz contra vírus da aids

     Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos, testada em ratos e fruto do trabalho do imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, conseguiu manter os níveis do vírus da AIDS(HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais, informou nesta quarta-feira (24) o periódico Nature.     Este tratamento experimental, composto por cinco potentes anticorpos monoclonais (idênticos entre si porque são produzidos pelo mesmo tipo de célula do sistema imunológico), foi desenvolvido pela equipe do cientista brasileiro e membro da Academia Americana de Ciências na Universidade Rockefeller em Nova York. 
   O cientista administrou os anticorpos em ratos "humanizados", que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano, permitindo que sejam infectados com o vírus HIV. Estima-se que esta é uma fórmula que poderia evitar a infecção de novas células. 

Na imagem, vírus HIV atacando células humanas: nova vacina é mais eficaz contra a infecção

    Nussenzweig observou que, desde que foi iniciado o tratamento, a carga viral tinha caído para níveis abaixo dos detectáveis, e assim se mantiveram por até 60 dias após o término do tratamento. 

Em seguida, o cientista comparou os resultados com os obtidos ao tratar ratos com uma combinação de três anticorpos monoclonais e, também, com um tratamento baseado em um único anticorpo.     Ao tratar os roedores com uma vacina com três anticorpos, o HIV se manteve em níveis baixos até 40 dias após o fim do tratamento, enquanto a monoterapia só permitiu que o vírus não fosse detectado durante o tempo em que o rato estava recebendo o tratamento (cerca de duas semanas). "O experimento demonstrou que combinações distintas de anticorpos monoclonais são eficazes na hora de suprimir a replicação do HIV em ratos 'humanizados', por isso podem prevenir a infecção e servir para o desenvolvimento de novos tratamentos", defendeu o especialista em seu artigo. 
    Na atualidade, o tratamento anti-retroviral em humanos consiste em combinar pelo menos três drogas antivirais para minimizar o surgimento de vírus mutantes resistentes aos remédios. No entanto, o HIV se armazena em uma espécie de "depósito" ou reservatório viral, o que faz com que a carga viral do paciente se eleve quando o tratamento farmacológico é interrompido, e o vírus volta a aparecer depois de 21 dias. 
   Apesar dos resultados promissores de Nussenzweig, ainda serão necessários testes clínicos que permitam avaliar a eficácia do tratamento em humanos e medir os efeitos sobre a infecção em longo prazo.
FONTE: G1

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estudo aponta indício de que impacto gigante pode ter formado a Lua

   Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e da Universidade de Bristol, no Reino Unido, divulgaram um estudo com evidências que reforçam a ideia de que a Lua pode ter sido formada após o impacto gigante de um corpo celeste contra uma versão primitiva da Terra.   A pesquisa, publicada na edição online da "Nature" desta quarta-feira (17), compara isótopos de zinco encontrados em pedras vulcânicas lunares com a composição do zinco encontrado na Terra e em Marte.

Concepção artística de uma colisão planetária mostra um impacto semelhante ao que 
teria ocorrido na Terra e levando à criação da Lua (Foto: Divulgação/Nasa/JPL-Caltech)

   Segundo os cientistas, os isótopos lunares são mais pesados e parecem ter sido formados em um grande processo de vaporização, mais do que em atividade vulcânica ocorrida na Lua. O zinco serve como uma "pista" para a história da formação dos planetas, diz o estudo.   A evaporação estaria ligada à origem do satélite, segundo os pesquisadores. Para eles, o estudo dá "evidências consistentes" que podem confirmar um modelo de formação da Lua pelo impacto de corpo celeste com tamanho parecido ao de Marte contra a Terra.
   Segundo eles, há "fortes indícios" de condensação de zinco em escala planetária na formação da Lua. Isótopos de zinco mais pesados teriam condensado mais rápido do que átomos mais leves do mesmo elemento, e sua presença indicaria que nuvens de vapor de rocha estariam presentes no surgimento do satélite.
   "Uma colisão com muita energia pode ter derretido o corpo causador do impacto, e a maioria do seu material pode ter permanecido na Terra", sugerem os cientistas no estudo. Já materiais de silicato devem ter entrado em órbita e mais tarde foram acrescidos de outras substâncias vaporizadas que originaram a Lua, segundo a pesquisa.

Mais duas

   Outras duas pesquisas sobre o mesmo assunto foram publicadas na edição online da revista "Science" desta quarta-feira (17). Cientistas da Universidade Harvard e do Southwest Research Institute, ambos nos EUA, simularam em computadores como seria a colisão de uma Terra primitiva com um grande corpo celeste, para analisar a viabilidade da teoria.
   Tanto o estudo de Harvard quanto o do instituto reforçam a ideia do impacto e apontam que a teoria pode estar certa, levando em conta o formato que a Lua tem atualmente e a angulação da Terra.

FONTE: G1

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ABANDONAR ANIMAIS É CRIME!

   Abandonar animais é crime federal. Mesmo que os bichinhos sejam deixados em parques, ainda assim eles podem correr perigo ou se tornarem ameaças à biodiversidade e às pessoas que frequentam o local.   Os animais domésticos possuem hábitos específicos e necessitam de cuidados diferentes dos animais silvestres. Esta é a primeira razão para nunca abandonar quem já foi um bichinho de estimação. Cães e gatos, por exemplo, são totalmente dependentes dos seres humanos, principalmente no que diz respeito à alimentação.
   As duas espécies não estão acostumadas a caçar para comer e precisam de cuidados quanto à água ingerida e ao controle de pragas. Além dos riscos a que os próprios animais estão expostos, eles também podem se tornar transmissores de doenças, levando perigo às outras espécies locais e até mesmo às pessoas. Eles ainda podem ficar agressivos ou se reproduzirem descontroladamente, elevando os riscos.
   Problemas similares estão relacionados ao abandono de espécies silvestres, que quando levadas aos parques inadequadamente representam riscos ao equilíbrio natural. Quando estas práticas são identificadas, não importa se as vítimas sejam os animais domésticos ou silvestres, os infratores são considerados criminosos, por desrespeitarem a Lei Federal de Crimes Ambientais 9605/98.
   A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo faz um alerta à população. Através de materiais informativos o órgão pede que as pessoas pensem muito bem antes de decidirem cuidar de um animal, pois essa escolha deve ser honrada por toda a vida. Outra sugestão é feita em prol da adoção, para que os animais abandonados possam ter um novo lar. Existem ONGs espalhadas por todo o país, que cuidam destes animais e necessitam de apoio e famílias dispostas a adotar um novo bichinho. O alerta se estende também à responsabilidade que a própria população tem na fiscalização, denunciando os maus tratos a animais.



Denúncias

Polícia Militar Ambiental – 190


FONTE: http://ambientalistasemrede.wordpress.com/2012/08/26/abandonar-animais-e-crime/

sábado, 13 de outubro de 2012

Morre o biólogo Keith Campbell, um dos 'pais' da ovelha Dolly

   O biólogo britânico Keith Campbell, um dos "pais" da ovelha Dolly, morreu na sexta-feira passada aos 58 anos, segundo informou nesta quinta-feira (11) um porta-voz da Universidade de Nottingham, no leste da Inglaterra, onde Campbell era doutor.   O especialista em microbiologia foi um dos quatro membros da equipe do Instituto Roslin de Edimburgo, na Escócia, que em fevereiro de 1997 anunciou o nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de células adultas de um exemplar de 6 anos.
   Embora a clonagem de Dolly fosse liderada pelo embriologista inglês Ian Wilmut, mais de 60% da pesquisa são atribuídos a Campbell.

Imagem de 25 de fevereiro de 1997 mostra a ovelha Dolly aos 7 meses na Escócia (Foto: Paul Clements/AP)

   Em 2008, Wilmut foi condecorado pela rainha Elizabeth II como cavaleiro do Império Britânico por suas contribuições à ciência, embora um ano depois ele tenha admitido que a maior parte da pesquisa foi mérito de Campbell.
   Desde o nascimento de Dolly – que foi sacrificada em fevereiro de 2003, aos 6 anos, por apresentar sinais de envelhecimento precoce e problemas pulmonares, em uma tentativa de evitar um sofrimento maior –, a clonagem animal avançou rapidamente e, até hoje, foi clonada uma grande variedade de mamíferos, como ovelhas, porcos, cabras, cavalos, cachorros e gatos.   Dois anos antes de o mundo conhecer Dolly, Campbell liderou a pesquisa que levou ao nascimento dos bezerros galeses Megan e Morgan, os primeiros mamíferos a serem clonados a partir de células-tronco embrionárias.
   No anos 1980, o biólogo escocês ingressou no Marie Curie Institute, instituição que lhe concedeu uma bolsa de estudos para pesquisar os mecanismos de crescimento e diferenciação celular relacionados ao câncer, pelos quais se mostrou cada vez mais interessado.
   Desde 1999, Campbell, que chegou a somar mais de 30 anos de experiência científica, dava aulas de desenvolvimento animal na universidade de Nottingham, na qual desenvolveu suas pesquisas sobre o processo de clonagem e reprogramação celular.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Saliva do carrapato é a mais nova aliada para o combate ao câncer

A partir da glândula que produz a saliva, cientistas desenvolveram em laboratório uma proteína que mata células cancerígenas. Se tratamento for considerado seguro, testes em humanos serão liberados


Pesquisadores do Instituto Butantan em São Paulo apresentaram um ajudante no combate a alguns tipos de câncer, o carrapato.
Engordados no laboratório e colados na mesa. É assim que os carrapatos produzem saliva para os pesquisadores. O bicho que se alimenta de sangue e pode transmitir doenças graves é estudado no mundo inteiro porque a saliva dele não deixa o sangue coagular.
No Instituto Butantan, os cientistas fizeram uma nova descoberta. A partir da glândula que produz a saliva, eles desenvolveram em laboratório a Amblyomin-X, uma proteína que mata células cancerígenas.
Os testes foram feitos em dois grupos de camundongos com melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. Os que não foram tratados morreram em um mês. No grupo que recebeu a proteína durante 42 dias, o melanoma desapareceu.
Em outro teste, depois de 15 dias, os tumores se espalharam pelo pulmão do animal que não recebeu o tratamento e praticamente não atingiram o pulmão do que foi tratado.
A proteína só mata as células doentes.
“Quando nós fazemos tratamentos, ou regride a massa tumoral ou cura o animal. Além disso, todo o resto do organismo normal se mantém preservado e o animal fica saudável”, aponta a pesquisadora do Instituto Butantan Ana Marisa Chudzinski.
Uma nova etapa da pesquisa vai começar agora. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, os pesquisadores vão fazer mais uma rodada de testes em animais, seguindo padrões internacionais, para avaliar, por exemplo, a dose ideal para o tratamento. Essa nova fase deve durar um ano. Se o tratamento for considerado seguro, os testes em humanos serão liberados.
Os pesquisadores estão otimistas porque testes de laboratório em células humanas com tumores de mama, pele e pâncreas já deram bons resultados.
O bicho que surgiu há 60 milhões de anos pode dar um novo rumo à indústria de medicamentos no Brasil.
“Seria a primeira vez que o Brasil passaria a desenvolver uma molécula desde a sua descoberta até a produção industrial. Então acho que para o Brasil é um marco, muda de patamar”, ressalta Chudzinski.

Assista o vídeo:


FONTE: G1