sábado, 31 de julho de 2010

A sucuri com duas cabeças

               Quando o zoólogo paraense Nelson de Albuquerque, de 35 anos, foi dar aulas na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Corumbá, no início de 2009, ele logo se deparou com uma serpente de duas cabeças. Era uma fêmea de 54 cm de sucuri-amarela (Eunectes notaeus). Albuquerque descobriu que ela fora capturada em 1985, no Rio Uruguai. Passados 25 anos desde a captura, a cobra merecia ser estudada.
               Além das duas cabeças, a cobra tem um par de corações, um par de fígados, dois estômagos e três pulmões. A descrição foi publicada na semana passada no Journal of Natural History. A primeira referência à cobras bicéfalas é do filósofo grego Aristóteles, 350 a.C. No Brasil, este é o 28º caso.

“A sucuri tinha 1 mês de vida ao ser sacrificada. Na natureza, esses animais sobrevivem pouco. Mas uma cobra bicéfala viveu 22 anos num zoológico americano”, disse Albuquerque. “Uma cabeça é sempre a dominante. Há casos de briga entre as duas cabeças.”



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