sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pinguins gays 'adotam' filhote em zoológico na Dinamarca

Pinguins-imperadores machos começaram a agir como casal há dois anos.Zoo cogitou 'adoção' após os dois tentarem roubar ovos de outros pinguins.

   Um casal de pinguins gays "adotou" um filhote recentemente no Zoológico Odense, na Dinamarca, segundo uma nota divulgada pela instituição. Os animais, dois pinguins-imperadores machos, começaram a demonstrar comportamento de casal há dois anos, o que não é novidade na espécie, de acordo com o zoo.
   Os tratadores dos pinguins perceberam que os dois machos tentaram roubar ovos de outros animais durante a época de reprodução. Isso levou os funcionários a cogitar a "adoção" para o casal.

Casal de pinguins-imperadores gays com filhote 'adotado' em zoológico na Dinamarca 
(Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)

   É comum que algumas espécies de pinguins tenham comportamento monogâmico, isto é, um parceiro durante toda a vida, diz o zoo. No caso da espécie dos pinguins-imperadores, o casal divide a tarefa de chocar os ovos.
  O problema de "paternidade" do casal de machos do Zoológico Odense foi resolvido após uma fêmea da espécie agir de forma incomum, tendo botado dois ovos produzidos com dois machos diferentes, para depois abandoná-los, segundo a nota.
  Os tratadores decidiram deixar um dos ovos abandonados com o casal de pinguins machos. Para garantir que eles aprenderiam a chocar, foram usados ovos artificiais, em testes realizados pelo zoo.
  Os dois pinguins-imperadores machos cuidaram do ovo e se dividiram para recolher comida, como faria qualquer casal da mesma espécie.
  O filhote "adotado" nasceu há um mês. A "família" está separada do resto da colônia para adaptação do filhote, por enquanto, informa o zoo. Em breve eles devem ser reintroduzidos ao grupo de pinguins-imperadores, quando o bebê tiver adquirido mais algum tempo de vida.

Casal de pinguins-imperadores machos em zoológico dinamarquês cuidam de filhote nascido há um mês
 (Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)

FONTE: G1

Cientistas criam músculo artificial de carbono e cera

    Um "músculo artificial", feito de nanotubos de carbono revestidos com cera, 85 vezes mais forte que um músculo humano, é a última novidade no ramo da nanotecnologia, apresentada hoje na revista Science. O material, com capacidade para erguer até 100 mil vezes o seu próprio peso, foi desenvolvido na Universidade do Texas em Dallas (EUA), em parceria com pesquisadores brasileiros, australianos, canadenses, chineses e sul-coreanos.   A invenção, apesar do nome, não se parece com um bíceps humano. O termo "músculo artificial" se refere à capacidade do material de mudar de forma quando estimulado e produzir força por meio da contração de filamentos - semelhante ao que ocorre num músculo humano, quando as fibras do bíceps se contraem para mover o braço, estimuladas pelos nervos.
   O material desenvolvido em Dallas é essencialmente uma fibra retorcida de nanotubos de carbono revestidos com parafina. As inovações estão na estrutura helicoidal da fibra, que lhe permite aplicar forças lineares e rotacionais a um objeto quando contraída, e no fato de que essa contração pode ser induzida simplesmente por um estímulo térmico, produzido por uma corrente elétrica ou luminosa.
   Vários vídeos demonstrativos, divulgados com o trabalho na Science, mostram o "músculo" sendo contraído para erguer objetos, movimentar hélices e até para acionar uma pequena catapulta. Imagine algo como um fio de lã (só que muito mais fino e forte) pendurado ao teto com um peso na ponta. Quando o fio é aquecido por meio de uma lâmpada incandescente ou de uma corrente elétrica, o calor faz instantaneamente com que ele se torça e diminua de comprimento, levantando o peso. E assim que a luz ou a eletricidade é desligada, ele "relaxa" de novo, podendo repetir o processo milhões de vezes sem sofrer danos.
    "Combinamos as propriedades térmicas da cera com as propriedades mecânicas dos nanotubos de carbono", explica o engenheiro brasileiro Márcio Dias Lima, que faz pós-doutorado no Instituto de Nanotecnologia da universidade texana e é um dos autores principais do trabalho.
    Propriedades. A vantagem dos nanotubos é que eles são extremamente leves, fortes e resistentes - proporcionalmente, cem vezes mais fortes que o aço. A vantagem da cera é a sua capacidade de expansão térmica - o movimento do "músculo" ocorre porque a cera expande quando aquecida e retorna ao seu formato original quando resfriada, causando contração e relaxamento da fibra.

Nanotubos de carbono formam fibra resistente chamada de 'músculo artificial' (Foto: Science/Divulgação)

    Modelos anteriores de músculos artificiais precisavam estar imersos em algum tipo de solução eletroquímica para serem estimulados, o que limitava seriamente seu leque de aplicabilidades. "A gente até brincava que os robôs do futuro teriam de beber para conseguir andar", diz o pesquisador Douglas Galvão, do Departamento de Física Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele foi um dos responsáveis pelo trabalho de modelagem da pesquisa, em parceria com seu aluno Leonardo Machado e o professor Alexandre Fonseca, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru.
   O material ainda pode ser melhorado, mas já é comercialmente viável e funcional para aplicações em pequena escala, que não necessitam de grandes quantidades de fibra - já que um dos principais desafios do setor ainda é produzir nanotubos de carbono em escala industrial.
   A lista de possíveis aplicações tecnológicas permeia diversas áreas, como a biomedicina, a robótica, o setor têxtil, energético, automotivo e aeroespacial. As fibras, por exemplo, poderiam ser substitutos leves e resistentes para uma série de sistemas mecânicos, rígidos e pesados, usados como "atuadores" em veículos, aeronaves e robôs. Ou como base para tecidos e membranas inteligentes, capazes de se adaptar automaticamente a mudanças nas condições do ambiente.
   Há muito interesse também em aplicações militares, tanto que os dois principais financiadores da pesquisa nos EUA foram a Força Aérea e a Marinha.
   Uma possibilidade tentadora, inspirada no nome do produto, seria desenvolver enxertos capazes de recuperar - ou até substituir - músculos humanos de verdade, para aplicações ortopédicas em vítimas de trauma ou doença. Lima, porém, diz que isso não é possível por enquanto.
  "O problema é que você precisa aquecer a fibra a temperaturas acima do tolerável pelo organismo", diz. "Para uso em próteses robóticas, porém, é algo totalmente viável."
   O próximo desafio da equipe, segundo ele, é justamente desenvolver uma fibra que não precise ser aquecida para funcionar - estimulada por vias químicas, por exemplo - e com uma resistência mecânica ainda maior.
   A brasileira Mônica de Andrade também assina o trabalho pelo Instituto de Nanotecnologia da Universidade do Texas.

FONTE: ESTADÃO-MSN

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Barulho de trânsito faz gafanhotos 'cantarem' mais alto, diz estudo

Pesquisa alemã comparou volume de insetos de ambientes diversos.Ruído exagerado dos humanos pode prejudicar reprodução dos animais.

   Conhecidos por seu "canto", os gafanhotos ajustam o volume da melodia diante do barulho do trânsito, revela um estudo publicado nesta terça-feira (13) pela revista "Functional Ecology", da Sociedade Britânica de Ecologia.
   Estudos anteriores já haviam identificado o impacto de um ambiente ruidoso nos sons emitidos por pássaros, baleias e até rãs, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é observado entre insetos, destaca a Sociedade Britânica de Ecologia.

Gafanhotos usados na pesquisa viviam perto de vias barulhentas (Foto: Ulrike Lampe/Universidade de Bielefeld)
   Uma equipe de biólogos da Universidade de Bielefeld (Alemanha), dirigida por Ulrike Lampe, capturou 188 espécimes do machos de gafanhotos Chorthippus biguttulus, que têm um canto metálico característico. Metade foi capturada em locais tranquilos e a outra metade em zonas próximas a estradas de muito movimento.
   O "canto" destes gafanhotos, que na realidade produzem o som ao esfregar as patas posteriores nas asas dianteiras, tem a função de atrair as fêmeas.
   Os cientistas analisaram em laboratório as diferenças entre os "cantos" dos dois grupos de gafanhotos, incitados pela presença de fêmeas, e concluíram que os insetos capturados próximos as estradas produzem sons diferentes dos demais.
   "Constatamos que em ambientes ruidosos os gafanhotos aumentam o volume da parte de baixa frequência de seu canto. Algo lógico, já que o ruído do tráfego pode ocultar sinais nesta parte do espectro" sonoro, explicou Lampe.
   Segundo os cientistas, estes resultados são importantes porque evidencia que o ruído do tráfego pode transtornar o sistema de reprodução dos gafanhotos, "impedindo que as fêmeas ouçam corretamente os cantos nupciais dos machos".

FONTE: G1

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Manipular Informação é a Gota D'Água


Por que o nariz escorre quando choramos?

Todo mundo já chorou pelo menos uma vez na vida e sabe que a tendência é que ao chorar recebemos de brinde o nariz escorrendo. Por que isso acontece?

Porque quando choramos produzimos mais acetilcolina, um neurotransmissor que aumenta a quantidade de secreção nasal. Quando rolam as lágrimas, ela é liberada pelo sistema nervoso parassimpático e faz a mucosa nasal, a parede interna do nariz, produzir mais secreção, formada por muco e por um fluido chamado transudato seroso. "O organismo produz, em média, 2 litros desse líquido por dia. Ele deixa o ar que respiramos mais úmido e é reabsorvido sem notarmos", diz Fabio Pinna, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. A 
acetilcolina ainda diminui a freqüência cardíaca, dilata as pupilas, aumenta a salivação e o diâmetro dos vasos sanguíneos. Por causa disso, a região do nariz incha, levando a uma resistência à passagem do ar. E, com a secreção, entope mesmo! A consistência da secreção varia, mas é mais líquida que o ranho - espesso porque leva restos de células inflamatórias oriundas de gripes e sinusites.

Lágrimas e fungadas. Do começo do choro à produção da secreção são apenas alguns segundos

1. Você passou por uma situação de extrema tristeza. Na mesma hora em que vai batendo aquela emoção incontrolável, seu cérebro envia estímulos para as fibras do sistema nervoso parassimpático espalhadas por várias partes e órgãos do corpo

2. Quando as terminações nervosas do sistema parassimpático estimulam as glândulas lacrimais, localizadas acima das órbitas oculares, começa a choradeira. As lágrimas descem pela superfície dos olhos e um pouco cai direto pelo duto nasal

3. Enquanto isso, a acetilcolina do sistema parassimpático provoca o aumento da secreção do nariz, produzida por células e glândulas da mucosa nasal. A maior quantidade de secreção quando se chora não tem nenhuma função específica

4. Pouco depois, começa o funga-funga e escorre do nariz uma mistura de secreção nasal e lágrimas. Ao parar de chorar, isso diminui por não haver mais lágrimas saindo pelo duto nasal, mas a acetilcolina produzida ainda age no corpo por um tempo

Pesquisa chinesa faz contagem de espécie ameaçada de boto

Animal chamado informalmente de 'porco do rio' vive no Yang-tsé.Em 2006, havia apenas 1,8 mil animais da espécie.

    Cientistas chineses começaram neste domingo uma pesquisa para recontar a população de uma espécie de boto que está em extinção. Conhecida informalmente como “porco do rio” em mandarim, essa variação do boto-do-índico vive apenas nas águas do Rio Yang-tsé, o maior do país.
    A contagem mais recente, conduzida em 2006, encontrou apenas 1,8 mil destes animais. Para o estudo recém-iniciado, as estimativas são ainda mais baicas.

Espécie de boto ameaçada vive no Rio Yang-tsé, na China (Foto: Michel Gunther/WWF/AFP)

“Nossa expectativa é de que haja talvez apenas mil deles, mas temos que ver qual vai ser o resultado da pesquisa”, afirmou Wang Ding, pesquisador do Instituto de Hidrobiologia da Academia Chinesa de Ciências.    Apesar de não ser um alvo comum de pescadores, a espécie é ameaçada pela presença humana de duas maneiras. Por um lado, alguns botos morrem em colisões acidentais com barcos ou em acidentes de pesca. Por outro, a poluição do rio reduz a oferta de alimentos.
   Segundo estimativas da organização não governamental ambientalista WWF, que também participa do estudo, a espécie pode ser extinta em até 15 anos, caso nenhuma providência seja tomada.

FONTE: G1

sábado, 10 de novembro de 2012

Corais enviam 'aviso químico' para peixes devorarem algas tóxicas

   Cientistas descobriram que uma espécie de coral envia "avisos químicos" para peixes para que eles devorem algas tóxicas, que causam danos a barreiras de corais e podem ameaçar a espécie. A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, foi publicada no site da revista "Science" nesta quinta-feira (8).   O crescimento excessivo de certos tipos de algas é um problema para os corais e ocorre devido a várias situações, como a diminuição da população de peixes no mar e as mudanças climáticas, afirmam os cientistas.

Peixe da espécie 'Gobiodon histrio' se aproxima de alga tóxica em região de corais
 (Foto: Divulgação/Danielle Dixson/'Science')

    Liberando substâncias químicas na água, os corais da espécie Acropora nasuta "recrutam" peixes de duas espécies (Gobiodon histrio e Paragobiodon enchinocephalus) que estejam próximos para que eles devorem as algas. Isso reduz danos que poderiam ocorrer às barreiras de corais, segundo a pesquisa.
    A liberação da substância ocorre quando as algas entram em contato com os corais, aponta o estudo. A "contrapartida" é que os peixes tornam-se mais tóxicos, o que os ajuda a evitar ataques de predadores.
   A relação é considerada mutualística e parecida com a que existe entre formigas e árvores acácias, afirmam os pesquisadores.

FONTE: G1