quarta-feira, 21 de março de 2012

Plantas também sofrem danos devido à poluição sonora, diz estudo

    Barulho afastaria animais que realizam dispersão de sementes e pólen.
   Espécies de pinheiros seriam as principais afetadas, afirmam pesquisadores.

    Pesquisa divulgada pela revista da Academia de Ciências do Reino Unido afirma que a poluição sonora causada por humanos pode causar grave impacto na sobrevivência das plantas, já que os métodos naturais de reprodução de vegetais seriam afetados.
    De acordo com o estudo, realizado pelo Centro Nacional de Síntese Evolucionária (NESCent, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, ruídos provenientes do tráfego intenso de veículos ou mesmo de máquinas afastariam animais de seus habitats, quando esses ficam próximos a áreas urbanas.
    Essa fuga atrapalharia a distribuição de pólen entre flores, realizada por aves, e germinação de sementes de espécies como os pinheiros, feita mamíferos, como os roedores, o que pode levar à queda na população dessas plantas.

Espécies de pinheiros localizadas em locais ruidosos podem ser prejudicadas, afirma estudo. (Foto: Divulgação)


Muito barulho, pouca biodiversidade

    A análise foi feita próxima a uma reserva do México. A região contém vários poços de extração de gás natural, muitos dos quais emitem alto som constantemente devido ao processo.
   Os cientistas verificaram que nas áreas com mais barulho, algumas espécies de animais não se aproximavam, justamente aquelas que ajudavam na distribuição das sementes dessas árvores, pertencentes ao grupo das gimnospérmicas.
   Segundo Clinton Francis, um dos autores do estudo, uma menor quantidade de árvores em áreas ruidosas acarretaria em menos plantas maduras e, consequentemente, uma redução drástica de habitats.



FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/plantas-tambem-sofrem-danos-devido-poluicao-sonora-diz-estudo.html

Espermatozoides realizam cálculos complexos, dizem cientistas

Direção dos espermatozoides é regulada pela velocidade da variação da taxa de cálcio

         Pesquisadores descobriram que os espermatozoides são capazes de realizar cálculos complexos. Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, determinaram que quando o óvulo libera emissores químicos que modificam a concentração de íons de cálcio no interior dos espermatozoides (o que ativa sua movimentação), eles não reagem ao aumento dos níveis dessa substância, mas às suas variações.
"O que eles medem são as taxas de mudança ao longo do tempo, a rapidez ou a lentidão da alteração da concentração de cálcio que entra nos espermatozoides de seu exterior", disse Luis Álvarez, do Instituto Max Planck.
          Assim, "em função do valor da taxa de mudança, alteram a forma como movimentam a cauda e mudam de direção. Em outras palavras, a direção dos espermatozoides é regulada pela velocidade da mudança de cálcio", explicou.

Cálculo diferencial: estudo mostrou que espermatozoides calculam a variação da taxa de íons de cálcio

"É cômico pensar que o cálculo diferencial (ramo importante da matemática que se dedica ao estudo de taxas de variação de grandezas e a acumulação de quantidades) não era realizado até o século 18, mas os espermatozoides já faziam isso há mais de 400 milhões de anos", ressaltou.
          Álvarez explicou que "os espermatozoides, como muitas outras células, fazem dezenas de cálculos". O fenômeno descoberto pela equipe foi observado por enquanto unicamente nos espermatozoides de várias espécies marítimas.
 "É por isso que ainda estamos realizando esforços para conhecer quais espécies se comportam deste modo" e se este fenômeno também ocorre nos seres humanos, explicou o cientista.
       Álvarez destacou que "o mecanismo que movimenta a cauda do espermatozoide foi conservado ao longo da evolução e se encontra em diferentes tipos de células do corpo humano".
"Estas células possuem extensões similares à parte final dos espermatozoides chamada cílios móveis, e desenvolvem diferentes funções", acrescentou.
        Neste sentido, "é provável que estes cílios possuam estratégias parecidas a do espermatozoide para ajustar seu movimento como resposta a sinais", explicou.
      Entre outras funções, eles "limpam nossas vias respiratórias empurrando a sujeira para o exterior, determinam que nosso coração fique do lado esquerdo e não do direito durante o desenvolvimento do embrião e empurram o óvulo das trompas até o útero".
         Segundo Álvarez, a pesquisa é um passo importante no "entendimento de como as células processam os sinais que recebem".
         Assim, "o cálculo da taxa de mudança é importante porque permite às células identificar e responder unicamente aos sinais que têm uma taxa de mudança adequada. Em termos técnicos, permite filtrar estímulos por frequências", afirmou.
"As repercussões globais deste descobrimento... o tempo dirá", concluiu o pesquisador.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/espermatozoides-realizam-calculos-complexos-dizem-cientistas/n1597700130212.html

segunda-feira, 19 de março de 2012

Flor-cadáver dos EUA desabrocha e atrai visitantes em universidade

    Fenômeno raro foi acompanhado por biólogos e transmitido pela internet. Florescimento ocorre após um cultivo mínimo de dez anos.

   Floresceu no fim da tarde deste domingo (18) o exemplar de flor-cadáver (Amorphophallus titanum) mantido por biólogos em uma estufa da Universidade Cornell, dos Estados Unidos.
   Visitantes e pesquisadores acompanharam o fenômeno raro, que foi gravado e transmitido ao vivo pela internet desde o último dia 13, quando a planta começou a desabrochar.



Visitantes na estufa da Universidade Cornell, nos EUA, na noite deste domingo interessados em conhecer o mais novo exemplar de flor-cadáver. (Foto: Reprodução)

     Nativa da Indonésia, a espécie recebeu este nome devido ao forte odor que emite após a abertura de suas pétalas. Seu florescimento demora dias e é considerado um fenômeno raro. Isto porque um exemplar de flor-cadáver só passa por esse processo após um período mínimo de dez anos de cultivo.
   Na transmissão é possível ver a movimentação de pessoas curiosas com o vegetal, que pode chegar a pesar até 200 kg. Antes, apenas biólogos ficavam no local realizando anotações e regando a planta.

A mesma flor-cadáver no sábado (17), ainda em processo de florescimento. (Foto: Reprodução)

FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/flor-cadaver-desabrocha-e-atrai-visitantes-em-universidade-dos-eua.html

Chimpanzés demonstram habilidade em gerenciar conflitos

Pesquisa mostra que grupos de animais contam com um "mediador" para apartar brigas

De acordo com o estudo, machos influentes ou fêmeas idosas têm papel de mediadores do grupo

   Quando dois alunos do quinto ano primário brigam no pátio da escola, talvez um professor intervenha. Constatou-se que os chimpanzés também possuem mediadores semelhantes.
    Os mediadores dos chimpanzés "com frequência são machos influentes ou fêmeas idosas", afirmou Carel P. van Schaik, primatologista da Universidade de Zurique e um dos autores do estudo publicado no periódico PLoS One. "Isso parece ser uma manifestação de preocupação com a comunidade", afirmou.
    Os chimpanzés foram observados em zoológicos da Suíça, Inglaterra e Holanda.
   Surpreendentemente, o mediador realiza muito pouco, afirmou van Schaik - ele apenas caminha entre os chimpanzés e, às vezes, para por um breve momento. Geralmente, isso basta para apartar a briga.
    O mediador dos chimpanzés parece obter muito pouco desse processo, se é que obtém algo.
   "É possível afirmar que o custo é baixo", afirmou van Schaik sobre o lado negativo de ser um mediador, "mas ele pode se cansar".
   "A moralidade deve ter evoluído gradualmente a partir de algumas origens", afirmou van Schaik. "Ela não surgiu do nada", afirmou.
   Contudo, como o comportamento interveniente é raro nos chimpanzés, será preciso tempo para compreender que tipo de conflito produz mediação.
    "Primeiramente, precisamos determinar o fenômeno", afirmou van Schaik, "e depois poderemos trabalhar para compreendê-lo".

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/chimpanzes-demonstram-habilidade-em-gerenciar-conflitos/n1597700035628.html

Vídeo aula sobre divisão celular com o profº Dorival Filho para o 3ºano

Depois de nossa ultima aula sobre Divisão celular, assista esse vídeo explicativo do Profº Dorival Filho e o que você não conseguiu entender em sala de aula comigo vê se consegue entender aqui.
Dúvidas estarei esclarecendo na nossa sala de aula.


domingo, 18 de março de 2012

Estudo mostra que gorilas e humanos compartilham grande número de genes

    Nossos ancestrais passaram pela divisão evolutiva com os gorilas há cerca de 10 milhões de anos, mas ainda compartilhamos um notável número de genes com o grande macaco, de acordo com um inovador estudo publicado na quarta-feira dia 07.
     Um consórcio mundial de cientistas sequenciou o genoma do gorila da planície ocidental e comparou mais de 11.000 de seus genes com os dos humanos modernos, Homo sapiens, e os dos chimpanzés.
    Os gorilas se separaram da linhagem humano-chimpanzé há cerca de 10 milhões de anos, e cerca de quatro milhões de anos depois homens e chimpanzés emergiram como espécies diferentes, uma ideia que coincide com as evidências fósseis.


    Gorilas e humanos são mais parecidos do que se pensava, pelo menos geneticamente. O primeiro sequenciamento completo do DNA desses macacos revelou que alguns genes são mais parecidos entre humanos e gorilas do que entre nós e os chimpanzés, considerados nossos "parentes" mais próximos.
      Para chegar a esse resultado, um força-tarefa de 71 pesquisadores de várias partes do mundo esmiuçou o genoma de Kamilah, uma gorila-comum-ocidental (Gorilla gorilla gorilla) de 31 anos, e comparou os resultados com os genes dos outros três grandes primatas: humanos, chimpanzés e orangotangos.
     Foi a primeira vez que um levantamento tão abrangente foi feito e, segundo os cientistas, ele tem grande importância para ajudar a elucidar a evolução dos primatas e as nossas próprias origens.
     A primeira surpresa veio na similaridade dos genes. Embora o DNA de humanos e chimpanzés seja, de uma maneira geral, bem mais parecido, 15% do genoma dos humanos é mais similar ao dos gorilas do que ao dos chimpanzés.
    Nesse conjunto, destacam-se genes ligados ao desenvolvimento do cérebro e da audição, por exemplo.
   De fato, é na audição que está uma das maiores similaridades externas entre humanos e gorilas. Nossas orelhas pequenas são bem mais parecidas com as deles do que com as dos chimpanzés.
    Entre os genes ligados à audição, uma descoberta tem potencial para influenciar o estudo da fala.
   Comumente apontado como um dos genes associados ao desenvolvimento da fala em humanos, o LOXHD1 se mostrou igualmente desenvolvido entre gorilas.
    Para descobrir por que, ainda assim, humanos desenvolveram a fala e os gorilas, não, ainda há um longo caminho. Mas o trabalho já começa a dar pistas.
    Em um artigo crítico que acompanha a pesquisa, publicado na revista "Nature", Richard Gibbs e Jeffrey Rogers, do Centro de Sequenciamento do Genoma Humano da Faculdade de Medicina de Baylor, em Houston, destacam os resultados.
"Esses novos dados sobre os gorilas sugerem que uma grande porção do genoma humano estava sob pressão da seleção positiva [sendo favorecida pela seleção natural] durante o período de isolamento inicial dos nossos parentes próximos", avaliam.
    Segundo eles, os dados podem ajudar a reconstruir as pressões ambientais que moldaram a evolução humana.

SEPARAÇÃO

    O trabalho também usou as informações genéticas para estimar em que período aconteceu a separação de cada uma das espécies de seu ancestral comum.
    A separação dos orangotangos foi a primeira, há cerca de 14 milhões de anos. A dos gorilas teve lugar em torno de 10 milhões de anos atrás. Já a divisão entre humanos e chimpanzés foi mais recente, há aproximadamente 6 milhões de anos.
   O trabalho analisou ainda a divisão entre as subespécies de gorilas. O grupo comparou o genoma de Kamilah com os genes de outros animais de sua subespécie e também de um gorila-oriental (Gorilla beringei graueri).
   Embora haja evidências de que a separação tenha ocorrido 1,75 milhão de anos atrás, existem indícios de que houve troca de material genético mais recentemente.
    Embora os gorilas estejam trazendo pistas sobre a nossa evolução, os humanos não estão colaborando com a deles. Diversas populações, sobretudo a dos gorilas-das-montanhas, estão em risco elevado de extinção devido à atividade humana.

FONTE: http://bionarede.blogspot.com.br/2012/03/analise-de-dna-reforca-elo-entre.html

sábado, 17 de março de 2012

Descoberto novo fóssil de hominídeo que conviveu com homem moderno

         Hominídeo, que viveu há 14,5 mil anos na China, apresenta mistura de traços físicos arcaicos e modernos
Fósseis encontrados em duas cavernas do sudoeste da China revelaram a existência de uma espécie de hominídeo até agora desconhecido. Os fósseis da Idade de Pedra apresentavam uma incomum mistura de traços físicos arcaicos e modernos, deixando uma nova pista sobre a evolução humana na Ásia.
Datando entre 14,5 mil e 11,5 mil anos, os fósseis são de hominídeos que conviveram com seres humanos modernos (Homo sapiens) em uma época em que a agricultura estava em seu princípio na China, revelou uma equipe internacional de especialistas no estudo publicado no periódico PLoS One.
Até agora não haviam sido encontrados, no leste do continente asiático, fósseis humanos de menos de 100 mil anos que se diferenciassem fisicamente do Homo sapiens, o que levou os cientistas a pensarem que não havia na região outras espécies de homínideos, quando apareceram os primeiros homens modernos. Com a nova descoberta, esta teoria está sendo posta em dúvida.


"Esses novos fósseis podem ser de uma espécie antes desconhecida que sobreviveu até o final da Idade do Gelo, há 11 mil anos", indicou Darren Curnoe da Universidade de Nova Gales do Sul, da Austrália, que liderou o estudo junto com Ji Xueping do Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Yunnan chinês. 
     De acordo com Curnoe, a outra opção seria que os fósseis se tratassem de representantes de uma migração da África muito adiantada e desconhecida de homens modernos que, no entanto, não contribuíram geneticamente para o homem atual. A equipe de pesquisadores é cautelosa em classificar os fósseis por causa do mosaico de características incomuns que eles apresentam.
    Os restos de três indivíduos foram encontrados em 1989 por arqueólogos chineses em Maludong (na tradução do chinês, Caverna dos Cervos Vermelhos) perto da cidade de Mengzi, na província de Yunnan, mas só começaram a ser estudados em 2008 por cientistas chineses e australianos.
   Um quarto esqueleto parcial apareceu em 1979 em uma caverna em Longlin, na região autônoma de Guangxi Zhuang, mas permaneceu no bloco de pedra onde foi descoberto até 2009, quando foi reconstruído.
   Os crânios e dentes dos esqueletos encontrados em Maludong e Longlin são muito similares entre si.
  Os cientistas apelidaram esses homens de "povo dos cervos vermelhos", já que caçavam esses animais hoje extintos e os cozinhavam na caverna de Maludong.
 "A descoberta do povo dos cervos vermelhos abre um novo capítulo na história da evolução humana - o asiático - e é uma história que só agora está começando a ser incluída", afirmou Curnoe.
   Embora a Ásia conte atualmente com mais da metade da população mundial, os cientistas ainda sabem pouco sobre como os humanos modernos evoluíram nessa localidade depois que seus ancestrais se fixaram na Eurásia há cerca de 70 mil anos.
   Até o momento os estudos sobre as origens humanas se centraram principalmente na Europa e na África, devido em grande parte à ausência de fósseis na Ásia e ao desconhecimento da antiguidade dos poucos restos encontrados nessa zona.

FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/descoberto-novo-fossil-de-hominideo-que-conviveu-com-homem-moder/n1597693798867.html