segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Esteja preparado para o Enem

Saiba o que é obrigatório levar, o que é proibido e quais são as recomendações gerais para os dois dias de provas

No próximo fim de semana, dias 6 e 7, cerca de 4,6 milhões de estudantes vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Antes de sair de casa, é fundamental seguir uma listinha e confira se você está levando para a prova todos os itens fundamentais e que não está carregando objetos proibidos pela organização. Para não ter nenhuma surpresa desagradável e se concentrar apenas nas 180 questões e na redação, o iG elaborou um Guia do Enem. Imprima a tabela abaixo, leia as recomendações e boa prova!

 


Local de prova
Visite o local onde você fará a prova antes do Enem. Como atrasos não são tolerados, é importante cronometrar o tempo necessário para chegar, descubrir quais linhas de ônibus atendem a região, traçar um itinerário e levar em consideração eventos que acontecem no fim de semana e podem modificar o trânsito. Em São Paulo, por exemplo, haverá o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Interlagos, que bloqueia ruas e intensifica o tráfego.
Em algumas cidades grandes, os locais de prova podem ficar longe da residência dos estudantes. O MEC não esclarece qual critério adota para distribuir os estudantes nos locais de prova, mas reconhece que “pode haver problemas pontuais, principalmente em São Paulo, devido às distâncias e ao tamanho das regiões”. Na capital paulista, alguns candidatos terão que percorrer 30 quilômetros para chegar ao local onde o exame será aplicado.
Alimentação, sono e estudos
Na véspera da prova não adianta estudar. “Agora é hora de colher frutos que você plantou em toda a vida escolar. A prova exige raciocínio, por isso é preciso estar bem descansado, calmo e tranquilo”, ressalta o professor Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do cursinho Anglo.
Durma e acorde cedo no dia da prova para fazer tudo com calma. Como o exame acontece no horário do almoço, tome um café da manhã reforçado com alimentos leves (frutas, sucos, pães) ou almoce cedo. Não é recomendado almoçar alimentos pesados, gordurosos, que podem causar sonolência e desconforto estomacal. “Não faça a prova de barriga vazia de maneira nenhuma. Mal alimentado o corpo sente dificuldade de raciocinar e essa energia será fundamental para a hora da prova”, lembra Nascimento. Também é importante tomar bastante água, para que o corpo fique hidratado, principalmente se o dia estiver quente.
Itens obrigatórios: não esqueça!
Antes de sair de casa, o primeiro passo é checar se você está carregando os três itens obrigatórios para a prova:
1) Documento de identificação original e com foto (RG, carteira de motorista, passaporte, carteira de trabalho, dentro da validade). O Enem não aceitará protocolos de identificação, como certidão de nascimento, casamento e título de eleitor. Caso o candidato tenha perdido os documentos, deverá apresentar um Boletim de Ocorrência expedido por órgão policial e emitido há no máximo 90 dias antes da prova. O estudante deverá ainda ser submetido a procedimentos de identificação como o registro das digitais.
2) Cartão de Confirmação da Inscrição. O documento foi enviado pelos Correios para a residência dos candidatos. O prazo para recebimento terminou na segunda-feira (25/10) e, caso você não tenha recebido o cartão, entre no site do Enem e imprima o documento. Sem o Cartão de Confirmação da Inscrição não será possível fazer a prova
3) Caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. Por questões de segurança, não será permitido usar canetas de outros formatos nem lápis, borracha, apontador ou lapiseira. Leve mais de uma caneta preta, para evitar problemas.
Horário
Recomenda-se chegar uma hora antes do início da prova, marcada para as 13h (horário de Brasília). Estudantes que não moram em Estados que seguem o horário da capital do Brasil, devem se programar e lembrar que parte do País está em horário de verão. Chegue por volta de 12h para evitar contratempos, converse com colegas, descontraia antes de entrar na sala de prova. “Evite discutir assuntos teóricos e conteúdos em rodinhas na entrada. Isso pode tirar a sua concentração”, avisa Ricardo Lambert, coordenador e professor de matemática de cursinho do Universitário Sistema Educacional.
Os portões dos locais de prova fecham às 12h55 (horário de Brasília) e atrasos não são tolerados. O tempo mínimo de permanência na sala de provas é de duas horas, a partir do início do exame.
A prova
Para evitar fraudes e colas, o Enem tem quatro tipo de provas (Caderno de Questões) e gabaritos (Cartão-Resposta) com cores diferentes. Não esqueça de marcar a cor do seu Caderno de Questões no seu Cartão-Resposta. Se essa opção não for assinalada, a prova será invalidada. Confira seus dados em todos os documentos do exame (Caderno de Questões, Cartão-Resposta, Folha de Redação, lista de presença) e não se esqueça de assinar no local indicado.
“Muitas questões têm a resposta no próprio enunciado”, lembra o professor Nascimento. Por isso leia atentamente e com calma todas as perguntas. Aproveite o tempo que sobrar para revisar sua prova. “Use todo o tempo do exame. Não há necessidade de sair antes”, afirma o professor.
Os candidatos só poderão levar o Caderno de Questões se deixarem a sala depois de decorridas quatro horas desde o início da aplicação, nas provas do sábado, 06/11/2010, e decorridas cinco horas do início das provas do domingo, 07/11/2010.
Este ano o Enem cobrará conhecimentos de língua estrangeira. Todas as provas terão questões de inglês e de espanhol, com numeração idêntica e gabaritos distintos. O estudante deve se atentar ao idioma escolhido e transferir para a folha de resposta apenas as alternativas referentes ao idioma pelo qual optou no momento em que fez a inscrição.
Exclusão
É sempre bom lembrar que alguns comportamentos podem excluir o candidato do Enem. Mentir a identidade, apresentar documentos falsos, destratar outros participantes ou a equipe de aplicação da prova, sair da sala sem o acompanhamento de um fiscal ou antes de decorridas duas horas do início da prova, colar ou conversar com outro candidato e não devolver o Cartão-Resposta e o Caderno de Questões são condutas que excluem o estudante do processo de seleção e avaliação do Enem.

HERANÇA DO SANGUE



Sistema ABO

Indivíduos podem ter sangue do grupo A, B, AB ou O, dependendo da presença de determinados antígenos nos glóbulos vermelhos. Indivíduos com sangue do tipo A possuem o aglutinogênio A; o B, aglutinogênio B; o AB, os dois antígenos citados, e o O, nenhum. 

O plasma sanguíneo, por sua vez, pode abrigar outras duas proteínas denominadas aglutininas anti-A e aglutininas anti-B e são elas as responsáveis pelos problemas decorrentes em transfusões de sangue que não observam a compatibilidade sanguínea. Indivíduos A possuem aglutininas anti-B; indivíduos B, anti-A; indivíduos de sangue tipo O possuem as duas aglutininas e os AB, nenhuma. 

Ficou confuso? Observe o quadro:

*IA e IB são codominantes e, desta forma, a relação de dominância entre estes três alelos é: IA = IB > i.
Observando o esquema, é compreensível o porquê de indivíduos de sangue A recebendo sangue de indivíduo do tipo B (ou vice-versa) podem ter complicações sérias e o porquê de indivíduos do tipo AB serem considerados receptores universais. Da mesma forma, indivíduos do tipo O são considerados doadores universais (com algumas ressalvas), pela ausência de aglutinogênio.

Sistema MN
Em 1927, Landsteiner e Levine descobriram dois aglutinogênios nas hemácias humanas, que foram denominados M e N. Eles verificaram que algumas pessoas apresentavam um desses antígenos, enquanto outras apresentavam os dois juntos. Assim, consideraram três fenótipos: grupo M, grupo N e grupo MN, determinados por um par de alelos, sem relação de dominância:



 
gene LM (ou M) - condiciona a produção do antígeno M; 

gene LN (ou N)- condiciona a produção do antígeno N. 

Os anticorpos anti-M e anti-N são produzidos apenas quando o indivíduo de um grupo recebe sangue de indivíduo do outro grupo e, assim sendo, problemas decorrentes da incompatibilidade dos grupos ocorrem apenas quando tal procedimento é feito diversas vezes. 

Fator Rh 

O sistema Rh é controlado por genes independentes dos genes do sistema ABO. Neste, considera-se um par de genes alelos: “R” e “r”, sendo o primeiro o dominante e com presença de antígeno e o segundo, recessivo e sem antígeno. Indivíduos com antígeno são pertencentes ao grupo Rh+ e os não portadores, do grupo Rh-.

Em 1940, Landsteiner e Wiener descobriram este sistema a partir do sangue do macaco Rhesus (Macaca mulatta). O sangue deste animal, uma vez injetado em cobaias ou em coelhos, provocava nestes a síntese de anticorpos (aglutininas anti-Rh), que podiam promover a aglutinação do sangue doado. 

Os descobridores do fator Rh extraíram de cobaias e coelhos soros contendo aglutininas anti-Rh. Em seguida, misturaram o soro com sangue de pessoas diversas e constataram que, em alguns casos, as hemácias se aglutinavam, indicando a presença do fator Rh no sangue humano: pessoas Rh+. Em outros casos, as hemácias não se aglutinavam, indicando a ausência do fator Rh no sangue: pessoas Rh-. 

Indivíduos de Rh- só apresentarão anticorpos se receberem hemácias de Rh+. Ao se fazer transfusão de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, poderá não ocorrer aglutinação das hemácias doadas. Entretanto, em uma segunda transfusão de sangue deste tipo, poderá provocar a aglutinação das hemácias doadas em razão do acúmulo de aglutininas, podendo promover a aglutinação das hemácias do doador e causar obstrução dos capilares sanguíneos e, inclusive, a morte.



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lista de espécies ameaçadas está crescendo e mais depressa

   Estudo com mais de 25 mil espécies de vertebrados mostrou que um quinto dos animais está ameaçado de extinção

No mapa, áreas mais escuras do globo representam as com maior espécies ameaçadas

    O número de espécies ameaçadas está crescendo e o planeta está perdendo biodiversidade ainda mais depressa do que antes. Foi o que constatou um grupo de pesquisadores que analisou dados de 25.780 espécies de vertebrados. Do total, um quinto está sob ameaça e a cada ano 52 espécies de mamíferos, pássaros e anfíbios se aproximam mais uma categoria da categoria de espécies ameaçadas, de acordo com dados da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
   A boa notícia é que o número poderia ser ainda pior se não fossem as medidas de conservação. Pesquisadores estipulam em 18% pior. O estudo foi apresentado hoje (26) na 10.ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em Nagoya, no Japão e será publicado na próxima edição do periódico científico Science.
   “Nosso estudo mostra que os esforços de conservação não foram em vão, eles estão fazendo uma diferença notável. Sem esses esforços as perdas teriam sido ainda maiores”, disse por telefone ao iG Ana Rodrigues, do centro do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), na França, e que participou do estudo.
   Para Ana, o problema não são menores esforços para a conservação, “na verdade eles aumentaram”. A questão é o aumento das ameaças como perda de habitat, exploração das espécies, espécies invasoras, que também aumentaram.
   “O aumento da população mundial combinado com o aumento do consumo per capita, como o consumo de carne por exemplo, faz com que haja cada vez mais pressão sobre os ecossistemas naturais em geral e as florestas em particular, como na Amazônia”, diz.
   O pior lugar é o Sudeste Asiático. Ironicamente, as perdas estão relacionadas com a exploração do óleo de palma – usado na produção de biocombustível –, madeira, arroz e também na caça. Partes da América Central, Andes, Austrália também experimentaram a perda acentuada, em particular devido ao impacto do fungo mortal, chamado quitridiomicose, sobre anfíbios. A maioria dos casos é reversível, mas em 16% dos casos eles resultaram em extinção, afirmam pesquisadores.

Nem tudo é perda
   O estudo destaca 64 mamíferos, aves e anfíbios que tiveram o número de espécimes aumentado devido a medidas de conservação. Isto inclui três espécies que estavam extintas na natureza e já foram introduzidos novamente, como o condor da California (Gymnogyps californianus) e o furão (Mustela nigripes) e o cavalo selvagem (Equus ferus), na Mongólia.
   Os esforços de conservação têm sido bem sucedido, principalmente, em casos de combate à espécies exóticas invasoras em ilhas. A população do pássaro Copsychus sechellarum aumento de menos de 15 aves, em 1965, para 180, em 2006. Nas ilhas Maurício, outras seis recuperações de aves em estado crítico, inclusive o falcão maurício (Falco punctatu) cuja população aumentou de apenas quatro aves, em 1974, para quase mil.
   No Brasil, as boas histórias ficam por conta da recuperação do mico-leão-dourado (Leontopithecus Rosália), Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), Mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii) e a Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).
   Ana antecipa estudo que ainda precisa ser finalizado e publicado, em que dados são apresentados por país. “O Brasil é a grande estrela. Quanto mais se tem mais se tem a perder e o Brasil está conseguindo preservar suas espécies”. 


domingo, 24 de outubro de 2010

Enem inclui questões de atualidades. Saiba o que pode cair

Vazamento de petróleo no Golfo do México e a primeira Copa do Mundo na África são alguns dos assuntos que devem ser cobrados

      A prova de atualidades do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cobra a compreensão e a interpretação dos principais fatos que aconteceram no Brasil e no mundo no primeiro semestre do ano. No teste que será aplicado no dia 6 de novembro, os estudantes podem encontrar questões relacionadas ao maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, à polêmica sobre programa nuclear iraniano e à primeira Copa do Mundo de futebol realizada em um país africano.
     Com questões relativamente simples, que exigem conceitos básicos para verificar o conhecimento dos estudantes sobre os assuntos, o exame cobra a compreensão de causas e consequências. “A polêmica nuclear iraniana deve aparecer questionando os conflitos que a envolvem, o posicionamento diplomático do Brasil – que tentou fazer um acordo com o Irã –, dos EUA, a postura do ONU (Organização das Nações Unidas), o significado do TNP (Tratado de não Proliferação Nuclear)”, afirma Alex José Derrone, professor de atualidades e geografia geral do cursinho pré-vestibular CPV, de São Paulo.
     Os terremotos que atingiram o Haiti, em janeiro, e o Chile, em fevereiro, também podem ser temas do Enem, na avaliação de Derrone. “O aluno pode ter que responder uma questão sobre as causas do terremoto, sobre a dinâmica das placas tectônicas. No Haiti há a parte política e a questão de que o desastre só veio a acentuar uma crise humanitária que já existia”, destaca.
Derrone lembra que as atualidades são um complemento à prova de geografia (dentro da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias) e aparecem mescladas a conceitos de diferentes matérias. O vazamento de petróleo no Golfo do México deve cair relacionado a questões ambientais, geográficas e até químicas.
A importância da Copa do Mundo da África do Sul e as discrepâncias sociais e econômicas do país também podem aparecer nas questões. Entre os temas brasileiros, Derrone destaca a polêmica sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a disputa entre os Estados pelos royalties do pré-sal, o desmatamento da Amazônia e as catástrofes ambientais em Angra dos Reis, Paraty, Alagoas e Pernambuco – que envolvem mudanças climáticas e também a ocupação humana desordenada, sem planejamento ambiental.
Notícias
    Para se preparar para a prova de atualidades, os estudantes devem acompanhar os jornais, revistas e sites noticiosos desde o começo do ano. O coordenador geral de vestibular do grupo Anglo de ensino, Alberto Francisco do Nascimento, lembra que é preciso ir além da simples leitura: “É preciso ler de maneira crítica, analisando os conflitos que estão ocorrendo e relacionando os conceitos. O Enem não cobra questões quantitativas, nem memorização de datas, nomes e locais. O aluno precisa situar e interpretar”.
     Nascimento enfatiza a importância da leitura diária e sistemática de jornais e revistas. “O estudante precisa estar atualizado, não pode estar alheio. É inconcebível que um estudante do 3º ano do ensino médio não saiba o que é o pré-sal, por exemplo.”

Veja o levantamento de temas que podem cair no Enem:

- Aquecimento global
- Atentados terroristas na Rússia
- Chuvas no Nordeste
- Copa do Mundo na África do Sul
- Desmatamento na Amazônia e no Brasil em geral
- El Niño
- Enriquecimento de urânio no Irã
- Fusões de empresas
- Pré-sal e distribuição dos royalties
- Presos políticos de Cuba libertados
- Questão palestina (assentamentos israelenses e tentativas de acordos de paz)
- Terremotos no Chile e no Haiti
- Usina de Belo Monte
- Vazamento de petróleo no Golfo do México




 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Canadá transmitirá auroras boreais pela Internet

Além de enviar imagens, site traz explicações sobre a formação do fenômeno e os melhores pontos para observação


As auroras boreais se formam nos polos, quando os ventos solares atingem a atmosfera terrestre


 
       As auroras boreais serão transmitidas "ao vivo" por um site lançado nesta segunda-feira (20) pela Agência Espacial Canadense (CSA, sigla em inglês).
      "Esperamos que a dança de luzes celestiais os incite a descobrir os segredos do céu, da terra e da ciência, com base nas interações entre a Terra e nossa própria estrela, o Sol", disse o presidente da CSA, Steve MacLean.
       Além de enviar todas as noites imagens de auroras boreais, o objetivo do site www.asc-csa.gc.ca/auroramax é explicar como se formam as "luzes celestiais", os melhores pontos de observação e como fotografá-las, explicou MacLean.
      As auroras boreais se formam nos polos, quando os ventos solares atingem a atmosfera terrestre. No Canadá, este fenômeno se produz entre agosto e maio

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL - Saiba mais sobre como escolher sua carreira e profissão através da orientação profissional

Orientação Vocacional

       Futuro. Quem pode imaginar o que se passará nele? Aos 17, 18 anos então, é que se imagina milhões de possibilidades de futuro pessoal. É aí que está uma das grandes dúvidas da grande maioria dos jovens (e talvez a questão mais difícil do vestibular): “Que curso fazer?”. Esta é uma escolha decisiva, que vai determinar o que você fará nos próximos anos de sua vida e mais, irá dizer qual a sua função no mundo.
      Momento crítico, estresse de todos os lados, pressão absoluta. É muita coisa para alguém tão jovem. É por isso que o número de abandonos e transferências de cursos em universidades no Brasil continua crescendo. Cada vez mais jovens e imaturos, os estudantes ingressam em cursos que não conhecem direito, desistem e ficam “pulando de galho em galho” até descobrirem o que querem realmente. O processo acaba acontecendo na ordem inversa da natural, onde primeiro eles “praticam” o curso para depois conhecê-lo e saber se é isso ou não o que querem.

Orientação

      Essa é a importância de uma orientação profissional. Antigamente, no Brasil, as escolas realizavam durante os anos pré-vestibulares, testes vocacionais com os seus alunos. Aquele era o momento da análise, das opções, para depois fazer uma escolha. Hoje em dia, os testes vocacionais são realizados em poucas escolas particulares ou acabam sendo muito caros, o que limita o acesso de estudantes de baixa renda.
      Esses testes não determinam o que você DEVE fazer, mas ajudam a delimitar a área de atuação mais favorável do indivíduo. Assim, a gama de opções de profissões se restringe àquela área, tornando mais objetivo o trabalho de orientação. Mas é claro que estas áreas de atuação são muito relativas. É preciso levar em conta que as profissões podem se combinar de várias maneiras, misturando várias ciências. A orientação vocacional é um processo de autodescoberta do jovem, que se sente perdido e sem norte. Para casos mais sérios, aconselha-se não só o teste em si, mas o acompanhamento com um psicólogo, pois os testes são padronizados, mas, as pessoas são diferentes.

Teste vocacional

      Geralmente, os modelos de testes vocacionais visam medir interesses, aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas ainda as suas habilidades, o seu nível de percepção, o raciocínio e a memória. É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angústias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Isso por meio de avaliações estruturais, dinâmicas e outros métodos. Além disso, são feitas entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações rotineiras da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem.
     Todavia, uma boa orientação não pode se prender apenas a testes vocacionais, pois eles podem generalizar o comportamento dos indivíduos.

Serviço

Alguns sites que oferecem serviço de orientação vocacional on-line:

www.oportaldosestudantes.com.br/testevoc.asp
www.colegio24horas.com.br/ogloboestagio/teste.asp
www.carlosmartins.com.br/testevocacional.htm

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos

Previsões de analistas sugerem que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio vá se recuperar antes do meio deste século

        O buraco da camada de ozônio se manteve estável na última década, graças aos esforços internacionais para preservar o escudo protetor da vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta, segundo um estudo divulgado hoje (16). Conforme o trabalho da Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) a concentração de ozônio em escala mundial não variou devido à eliminação gradual das substâncias que destroem a camada protetora.
       O documento que fez uma avaliação científica do esgotamento da camada de ozônio no ano de 2010 - a primeira atualização em quatro anos sobre este vital assunto - foi redigido e revisado por 300 cientistas e apresentado nesta quinta-feira em Genebra por causa do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio da ONU.




       Para os analistas esse resultado só foi alcançado pelo desaparecimento paulatino dos produtos químicos mais tóxicos, situação impulsionada em 1987 pelo Protocolo de Montreal. "Impediu (o Protocolo) o maior esgotamento da camada de ozônio estratosférica graças à redução gradual da produção e consumo de substâncias que a destruíam", disse hoje em Genebra Len Barrie, diretor da pesquisa da OMM, durante a apresentação do relatório.
      Alguns destes compostos químicos, como o clorofluorcarbono (CFC), eliminaram de forma paulatina "até desaparecer quase totalmente", especificou Barrie. Por outro lado, houve um aumento na demanda por produtos sucedâneos, alguns destes potentes gases do efeito estufa.
     "Estima-se que a emissão total destes novos produtos diminuirá na próxima década graças ao Protocolo de Montreal, que, por enquanto, está sendo um sucesso", acrescentou Barrie. Em 2010, a redução da emissão de substâncias que destroem a camada de ozônio foi cinco vezes superior a prevista pelo Protocolo de Kioto em 1997. Como resultado da eliminação gradual das substâncias nocivas, o estudo prevê que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio deverá se recuperar antes de meados de século, alcançando os níveis registrados antes de 1980.
       A esse respeito, Achim Steiner, diretor-executivo do PNUMA, comentou que "as medidas (Protocolo de Montreal) que foram adotadas para preservar a camada de ozônio não só foram efetivas, mas continuam gerando múltiplos benefícios, em particular para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio".
      Estas iniciativas contribuem, além disso, para combater a mudança climática e gerar benefícios diretos para a saúde pública, já que, de não tivesse sido feito o Protocolo de Montreal, os níveis atmosféricos de substâncias que destroem a camada de ozônio poderiam ter se multiplicado por dez até o ano de 2050. "Isto teria representado até 20 milhões mais de casos de câncer de pele e 130 milhões mais de casos de cataratas oculares, sem mencionar os danos ao sistema imunológico, à fauna e flora silvestres e à agricultura", concluiu Steiner.