sexta-feira, 28 de setembro de 2012

GABARITO - 3° ANO (3001 / 3002)

CAPÍTULO 16 - GENÉTICA - LEI DE MENDEL (LIVRO 2)
PÁGs: 673; 674; 675

  1. B
  2. C
  3. B
  4. A
  5. B
  6. C
  7. B
  8. C
  9. D
10. A
11. A
12. A
13. C
14. E
15. A
16. D
17. E
18. B
19. C

CAPÍTULO 17 - GENÉTICA CLÁSSICA (2° PARTE) (LIVRO 3)
PÁGs: 314; 315; 316
11. E
12. B
13. 01,02,32
14. D
15. D
16. E
17. E
18. C
19. C
20. C
21. C

CAPÍTULO 19 - EVOLUÇÃO (1° PARTE)
PÁGs: 338; 339; 340; 341; 342; 343
1. O cartum A dá uma visão darwinista, uma vez que há um indivíduo (vestindo uma boia) previamente adaptado à condição de sobreviver na água. Já o cartum B dá uma visão lamarquista, já que um dos animais terá que se deslocar para o meio terrestre face a uma necessidade e se adaptar e ele.

2. Eles forneciam evidência do desuso. Segundo Lamarck, um órgão vestigial seria decorrente do desuso e tenderia a desaparecer.

3. As mutações ocorridas nos demais trechos da hemoglobina tendem a não afetar a funcionalidade dessa molécula. Assim, não afetam a adaptabilidade do indivíduo e são fixadas pela seleção natural. Já as mutações que caem nos trechos mais essenciais à função da hemoglobina determinam a redução da eficiência desse pigmento respiratório, tornando esse indivíduo menos apto; a mutação acaba sendo descartada pela seleção.

4. A população remanescente realizou, devido ao seu pequeno tamanho, cruzamentos consanguíneos, em que indivíduos de genomas parecidos (por serem aparentados) formam descendentes  que terão reduzido grau de variabilidade genética.

5. a) Lamarck. Ela exemplifica a Lei do Desuso.
   b) Para Darwin, os golfinho de patas menores sofreram seleção positiva, sobrevivendo mais que aqueles que tinham patas maiores.

6. a) Lamarquismo, uma vez que ela cita o uso e a transmissão dessa características à descendência (pela Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos)
   b) Os pelicanos com bolsa desenvolvida surgem por mutação e recombinação gênica e, como são mais aptos, são selecionados positivamente. Assim, os genes para bolsa desenvolvida se tornaram mais frequentes na população.
   
7. a) Não. Pode haver indivíduos com fenótipo dominante que são heterozigotos e que, portanto, têm o gene recessivo.
   b) Deriva gênica.

8. Estabilizadora, pois favorece a manutenção de indivíduos de peso médio.

9. A2, pois apesar de os indivíduos A2A2 terem baixo valor adaptativo, os heterozigotos têm bom valor adaptatico, mantendo o gene A2 na população. Já o gene B2 só ocorre em indivíduos (B2B2 e B1B2) que têm baixo valor adaptativo, sendo sempre selecionado negativamente.

10. Frequência de homozigotos recessivos - aa = 1/10.000 = 0,0001.
      Logo, q2 = 0,0001 
                q2 = 0,01
     Como p + q =  1   a frequência do gene dominante é: 1 - 0,01 = 0,99.
     Como o heterozigoto de uma população em equilíbrio é 2pq 
     2 x 0,99 x 0,01 = 0,019 ou 1,9%

11- Do cruzamento A1A2 x A1A2 haverá uma prlo de 25% A1A1, 50% A1A2 e 25% A2A2. Assim, a frequência do ene A1 = √0,25 = 0,5 e do gene A2 = 0,5

12. A taxa de mutação gênica, pois os valores médios de mutação são 1/10e valores muito altos são de 1/103 . Esses valores são incompatíveis com a variação observada de 20%.

13. E
14. E
15. B
16. E
17. D
18. A
19. B
20. E
21. E
22. C
23. D
24. D
25. B
26. B
27. D
28. C
29. D
30. C
31. D
32. A
33. D
34. E
35. B
36. A
37. B
38. D

CAPÍTULO 20 - EVOLUÇÃO (2° PARTE) 
PÁGs: 352; 353
  7. B
  8. A
  9. B
10. A
11. C
12. B
13. C
14. II, I, IV, III
15. D
16. B

Chocolate faz bem à memória de caracóis, diz estudo

    Uma pesquisa canadense publicada nesta quinta-feira (27) mostra que o chocolate – sobretudo o amargo – faz bem à memória dos caracóis. O estudo foi publicado pelo “Journal of Experimental Biology”.   A substância observada no estudo foi, na verdade, o flavonoide, presente não só no chocolate, mas em alimentos como o vinho e o chá verde. Essa substância tem uma série de benefícios para a saúde, e a memória pode ser mais uma das áreas que levam vantagem com esse consumo
  A equipe de Ken Lukowiak, da Universidade de Calgary, usou um exercício com água para testar a memória dos caracóis. Os animais eram colocados em uma água sem oxigênio. Quando isso acontece, eles precisam fechar o tubo respiratório.

    Os caracóis com alimentação tradicional mantiveram a memória de que tinham que fechar esse tubo por curtos períodos de tempo – não mais que três horas –, mas, no dia seguinte, já tinham se esquecido disso.
    No entanto, os animais que consumiram uma solução de água rica em flavonoides conseguiram armazenar a informação por mais de três dias. Essa memória criada com ajuda dos flavonoides se mostrou bastante forte – os cientistas não conseguiram treinar os caracóis para abrirem novamente o tubo respiratório, quando colocados em uma água com oxigênio.
   O estudo concluiu, então, que a substância afetou diretamente os neurônios responsáveis pela memória dos caracóis. Agora, os pesquisadores querem criar uma forma de testar se os flavonoides – e, portanto, o chocolate – podem ter o mesmo efeito em mamíferos – entre eles, o ser humano.

FONTE: G1

sábado, 22 de setembro de 2012

EXERCÍCIO DE REVISÃO PARA A 3º FASE - NOITE (EJA)

1- Quais as funções do tecido epitelial?

R: revestir o corpo e forrar cavidades, proteger o organismo contra atrito, invasão de microorganismo e evaporação, absorver alimentos e absorver oxigênio

2- Característica importante dos seres vivos pluricelulares é a divisão de trabalho que existe entre suas células. No corpo humano, por exemplo, há diferentes grupos de células que cooperam entre si, garantindo a sobrevivência do organismo. São os tecidos. A recepção e transmissão de impulsos elétricos, a absorção de alimentos e a sustentação de diversas partes do corpo são funções, respectivamente, dos seguintes tecidos:

R: Tecido nervoso, tecido epitelial e tecido cartilaginoso.

3- Os plasmócitos, os macrófagos e os mastócitos, três células de grande importância nos mecanismos de defesa, são encontrados no seguinte tecido animal:

R: conjuntivo

4- O alimento passa do esôfago para o estômago como resultado de uma onda peristáltica. Assinale a alternativa que mostra o tecido responsável pela peristalse do sistema digestório:

R: tecido muscular

5- Quais são as células que compõem o tecido sanguíneo?

R: glóbulos sanguíneo ou elementos figurados

6- É responsável pela produção de melanina no tecido conjuntivo:

R: melanócitos

7- São estímulos nervosos enviados de uma célula a outra, denomina-se:

R: sinapse

8- É responsável pela formação de fibras no tecido conjuntivo:

R: fibroblasto

9- Quais as funções do tecido nervoso?

R: transmitir impulso nervoso

10- No coração, um órgão responsável por bombear o sangue em nosso corpo, realiza contrações involuntárias. O tecido responsável por essa contração é o:

R: tecido muscular

11- É responsável pelo armazenamento de gordura no tecido conjuntivo:

R; adipócitos
12- Quais as funções do tecido sanguíneo?

R: fazem a defesa do organismo, produzindo anticorpos, realizam o transporte dos gases (oxigênio e gás carbônico)

13- No estômago, um órgão responsável pelo armazenamento de alimento e mistura-lo ao suco gástrico, realiza contrações voluntárias, chamada de movimentos peristálticos. O tecido responsável por essa contração é o:

R: tecido muscular

14- Qual a função dos glóbulos brancos ou leucócitos?

R: defesa e imunidade


15- Como é formado o neurônio?

R: corpo celular, dentritos e axônio

16- Como se divide o tecido conjuntivo?

R: cartilaginoso, ósseo, adiposo e o sanguíneo

17- Qual a função do tecido conjuntivo ósseo?

R: sustentar o corpo, proteger os órgãos, produzir células do sangue e formar o esqueleto

18- Como se chama a célula que forma o tecido conjuntivo cartilaginoso?

R: condrócitos

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cientista busca bactérias em cavernas para criar novos antibióticos

Bactérias encontradas em cavernas podem ajudar a produzir os antibióticos necessários contra infecções resistentes a remédios já disponíveis no mercado, segundo a bióloga Hazel Barton, da Universidade de Akron, em Ohio, EUA.
Barton faz buscas por bactérias em cavernas profundas, como a de Lechuguilla, no estado do Novo México. Ela diz que os primeiros resultados mostram que o ambiente pode ajudar na batalha contra as "superbactérias".
"Há ambientes únicos e pouco explorados, povoados por micro-organismos, que só agora estamos começando a entender que têm a chave para novas drogas", disse Barton ao programa de TV Horizon, da BBC.
De acordo com ela, os cientistas costumam procurar novos antibióticos na natureza porque a estrutura complexa desses medicamentos faz com que seja quase impossível sintetizá-los em laboratório.

Caverna no Novo México (EUA) contém bactérias isoladas (Foto: Max Wisshak/Cortesia Hazel Barton)

"Da miríade de antibióticos que surgiu no mercado nos últimos 60 anos, 99% são derivados de outros micro-organismos, especialmente bactérias e fungos encontrados no solo", explica.
"Mas essa fonte está começando a se tornar escassa, e os cientistas estão prestando atenção a ambientes mais exóticos e extremos, como cavernas."
Disputa por alimento
De acordo com a pesquisadora, a explicação para o potencial antibiótico dos micro-organismos de cavernas está provavelmente no isolamento do lugar.

Bióloga espera que bactérias ajudem a criar novos remédios (Foto: Max Wisshak/Cortesia Hazel Barton)

"A caverna de Lechuguilla tem mais de 365 metros de profundidade e exige que a descida até as amostras seja feita em cordas presas ao teto. A coleta acontece em áreas tão remotas que temos que acampar lá dentro por dias, às vezes", diz.
"Essa distância também quer dizer que essas bactérias não foram perturbadas por nenhum tipo de atividade em milhões de anos."
Por causa da dificuldade de conseguir alimento no ambiente da caverna, os micro-organismos são forçados a competir entre si.
Barton explica que, por causa do tamanho reduzido das cavernas, as opções dessas bactérias são limitadas – elas não têm dentes ou patas para lutar. Por isso, usam sua capacidade biossintética para produzir antibióticos umas contra as outras.
"Quimicamente, antibióticos são muito mais complexos que drogas antivirais ou anticâncer e se parecem mais com uma teia de aranha, com padrões intricados de conexões", explica.
"Eles mimetizam os padrões celulares para bloquear ou mesmo destruir estruturas importantes dentro de uma bactéria."
Os micro-organismos encontrados em Lechuguilla foram examinados por Barton em colaboração com cientistas de outras universidades dos EUA e do Canadá.
"Só uma (das amostras) produziu 38 componentes antimicrobianos, incluindo o que parece ser um novo antibiótico. Para colocar isso em perspectiva, há menos de cem antibióticos que já foram descobertos e descritos, e uma única cultura isolada de uma caverna produziu quase um terço deles", afirma a pesquisadora.

Resistência
Outras avaliações mostraram a Barton que, em 93 das 4 mil culturas isoladas na caverna, as "superbactérias", resistentes a diversos antibióticos, também estavam presentes.
"Apesar do fato de que esses organismos estiveram isolados por milhões de anos e nunca foram expostos a antibióticos humanos, eles eram resistentes a praticamente todos os antibióticos usados atualmente."
"Assim como algumas de nossas bactérias das cavernas produzem muitos antibióticos, algumas eram resistentes a muitos também – só uma delas era resistente a 14 (tipos)."
Mas Barton diz que, nas amostras coletadas, foi possível identificar um mecanismo de resistência antibiótica que não havia sido visto antes.
"A resistência aos antibióticos está programada nas bactérias. Sem mudar nosso comportamento em relação à prescrição e ao mau uso dos antibióticos, nunca vamos derrotá-las", diz.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

DIA DO BIÓLOGO - 3 DE SETEMBRO

O que um biólogo faz? 
O trabalho do biólogo é bem amplo e atinge vários campos. Atua no desenvolvimento de projetos voltados para a preservação e conhecimento da fauna e flora do planeta. Assessora na implantação de projetos de proteção ambiental e na implantação do ISO 14000 nas empresas. Atua na pesquisa científica de instituições públicas e privadas. Trabalha em laboratórios de exames biológicos e patológicos. Muitos biólogos vão para a área do magistério (ensino fundamental e médio). Trabalha em parques ecológicos, museus e zoológicos.

Quais as aptidões, habilidades e competências importantes nessa profissão? 
Gostar muito da natureza (plantas e animais), capacidade de trabalhar em equipe, conhecer os recursos naturais, facilidade em lidar com animais, interesse pela pesquisa científica e ser disciplinado com leitura.

Onde um biólogo pode trabalhar? 
Laboratórios de Análises Clínicas, Universidades, Zoológicos, Órgãos Públicos, Escolas de Ensino Fundamental e Médio, empresas que prestam assessoria ambiental e empresas privadas com trabalho ambiental ativo.

Que tipo de especializações e pós-graduação poderá fazer após a conclusão do curso? 
Após a formação, poderá fazer cursos nas seguintes áreas: Zootecnia, Genética, Biologia Marinha, Biologia Celular, Botânica, Ciências do Meio Ambiente, Ecologia, etc.

O Juramento do Biólogo
“Juro pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os princípios éticos do Biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com honestidade, em defesa da vida estimulando o desenvolvimento Científico, Tecnológico e Humanístico com justiça e paz” Instituído pela Resolução 03/1997 do CFBio.

Dia do Biólogo: A profissão de Biólogo foi regulamentada no Brasil pela Lei número 6.684 de 3 de setembro de 1979. Devido à profissão ter sido regulamentada em um 3 de setembro, instituiu-se este o Dia do Biólogo. O dia do Biólogo foi oficialmente reconhecido pela resolução CFBio 198/2009 em 15 de dezembro 2009.

O Símbolo do Biólogo: “O óvulo estilizado, sendo fecundado, determina o princípio da vida. O óvulo tem o formato do planeta Terra e também lembra folhas, sugerindo a importância do verde”


sábado, 25 de agosto de 2012

Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua

O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)

Conheça a biografia

Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Nascido em 5 de agosto de 1930, Armstrong foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Em 1955, se formou em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e se tornou piloto civil da agência que precedeu a Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).
Lá, entre outras aeronaves, pilotou o X-15 – avião experimental lançado por foguete onde ocorreram as primeiras tentativas americanas de chegar aos limites da atmosfera e à órbita do planeta. Em 2012, o X-15 ainda mantém o recorde de velocidade mais alta já atingida por um avião tripulado.
Em 1962, ele deixou a função de piloto de testes e passou a ser astronauta – com a Naca já transformada em Nasa. Sua primeira missão espacial foi como comandante da Gemini 8, em março de 1966, onde ele e o astronauta David Scott fizeram a primeira acoplagem de duas naves espaciais. Na ocasião, ele se tornou o primeiro civil americano a ir ao espaço.
Durante o voo, os dois quase morreram. Enquanto a nave estava sem contato com a Terra, a Gemini 8, acoplada na sonda Agena, começou a girar fora de controle. Inicialmente, Armstrong achou que o problema era com a Agena e tentou diversas opções para parar o giro – sem sucesso. Ao desacoplar as duas naves, o problema piorou. A instantes de perder a consciência pela velocidade com que a Gemini 8 girava, Armstrong usou os motores que serviam para a reentrada na Terra para controlar a espaçonave. A Gemini parou de girar e a dupla fez um pouso de emergência próximo ao Japão, sem completar outros passos da missão, como uma caminhada espacial que seria realizada por Scott.

Armstrong no módulo lunar Eagle, após pouso na Lua (Foto: Johnson Space Center Media Archive)

Após a missão, Armstrong acompanhou o presidente americano Lyndon Johnson e outros astronautas em uma viagem à América do Sul que incluiu o Brasil. Segundo sua biografia oficial, escrita por James R. Hansen, Armstrong foi especialmente bem recebido pelas autoridades brasileiras por conhecer e conversar bem sobre a história de Alberto Santos Dumont.

Apollo 11 e a ida à Lua
Com o fim do programa Gemini e o início do Apollo, Armstrong foi selecionado como comandante da Apollo 11. Segundo a Nasa, não houve uma escolha formal inicial de quem deveria ser o primeiro a pisar na Lua. Todos os astronautas envolvidos no Apollo, segundo eles, teriam chances iguais.
As missões eram organizadas para cumprir uma crescente lista de tarefas. Assim, a Apollo 7 era um voo de teste do módulo de comando – o que era chamado de “missão tipo C”. A seguinte, 8, testou a viagem até a Lua. A 9 testou o módulo lunar, uma missão tipo “D”. Se houvesse qualquer problema em uma dessas missões, ela deveria ser retomada até dar certo.
Por isso, embora Armstrong e sua tripulação, Buzz Aldrin e Michael Collins, estivessem com a primeira missão do tipo “G”, que tentaria um pouso – não estava garantido que eles de fato fossem ser os primeiros a fazer isso. Qualquer problema nas missões anteriores e a 11 poderia ter que assumir etapas preparatórias.
Quando ficou razoavelmente claro que a Apollo 11 seria a primeira missão a tentar o pouso, a mídia americana passou a informar que Buzz Aldrin seria o primeiro homem na Lua. A lógica dos jornalistas seguia o fato de que no programa Gemini o piloto – não o comandante – era quem saia da nave. Além disso, os primeiros materiais de divulgação feitos pela Nasa mostravam o piloto saindo primeiro e o comandante depois.
Em uma coletiva de imprensa feita em abril de 1969, a Nasa informou que a decisão de fazer Armstrong sair primeiro foi técnica, já que a porta do módulo lunar estava do lado dele. Em entrevistas dadas mais tarde, Deke Slayton, chefe dos astronautas na época, disse que a decisão foi “protocolar”: ele achava que o comandante da missão deveria ser o primeiro na Lua. As opiniões de Armstrong e Aldrin, segundo ele, não foram consultadas.
Após a decolagem em 16 de julho, Armstrong e Aldrin começaram a descida até a Lua em 20 de julho no módulo lunar, apelidado de “Eagle”. Durante a descida, a menos de dois mil metros de altura, dois alarmes soaram indicando que o computador estava sobrecarregado. Seguindo a orientação do controle de missão, Armstrong os ignorou e manteve o pouso.
Ao olhar pela janela, viu que o computador os estava levando para uma área com muitas pedras. O americano então assumiu o controle manual da nave e pousou. Ao encostar na Lua, restavam apenas 25 segundos de combustível no Eagle.
As primeiras palavras de seres humanos na Lua foram, na verdade, Armstrong e Aldrin fazendo a checagem pós-pouso. Termos técnicos como “parada de motor”, “controle automático ligado”, “comando do motor de descida desligado”. Apenas ao final dessa lista, Armstrong falou com a Terra: “Houston, Base da Tranquilidade aqui. A Águia [“Eagle” em inglês] pousou”.
Durante todo o processo de pouso, o controle na Terra se manteve em silêncio, permitindo que a dupla se concentrasse. Com o contato de Armstrong, o astronauta Charlie Duke, em Houston, respondeu bem humorado: “vocês têm um monte de caras quase ficando azuis aqui, estamos respirando de novo.”
Armstrong e Aldrin ficaram 21 horas e 36 minutos na Lua – duas horas e 36 minutos caminhando por ela. O tempo fora da nave foi progressivamente aumentado a cada missão Apollo – na última, a 17, os astronautas ficaram mais de 22 horas fazendo caminhadas lunares.

Retorno à Terra e vida pessoal
Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)

Neil Armstrong foi recebido como herói após sua volta, com condecorações de diversos países. A mais recente foi uma medalha do Congresso americano, dada a ele e a outros pioneiros espaciais em novembro de 2011.
Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso."
Neil Armstrong, em 2007
Logo após o voo, ele assumiu uma posição de gerência na Nasa e participou da investigação do acidente da Apollo 13. Ele se aposentou da agência em 1971. Em 1970, obteve um mestrado em engenharia aeroespacial da Universidade do Sul da Califórnia. Depois, virou professor na Universidade de Cincinnati, onde morava, até 1979. Armstrong também fez parte da mesa diretora de algumas empresas americanas. Em 1986, a convite do presidente americano Ronald Reagan, participou da investigação do acidente do ônibus espacial Challenger.
Armstrong casou com Janet Shearon em 1956 , com quem teve três filhos: Eric, Karen e Mark. Karen morreu de câncer no cérebro em 1962, aos três anos, e jamais viu o pai ir ao espaço. Ele e Janet se divorciaram em 1994, após 38 anos de casamento. No mesmo ano, ele se casou com sua segunda esposa, Carol Knight.
Armstrong viveu uma vida de reclusão após a Apollo 11. Convidado frequentemente por partidos americanos, ele se recusou a concorrer a um cargo político. Armstrong também raramente era visto em público e quase nunca dava entrevistas, além de não costumar tirar fotos ou dar autógrafos, porque não gostava que eles eram vendidos por valores que ele considerava “absurdos”. Sua única biografia autorizada foi publicada em 2005. Ele também costuma processar empresas que usam sua imagem sem autorização e doar as indenizações recebidas à faculdade em que se formou. Em 2005, processou seu barbeiro por ter vendido fios de seu cabelo por US$ 3 mil. O barbeiro teve que doar o valor para a caridade.
Em 2007, 38 anos após a viagem à Lua, em uma rara aparição em público, Armstrong se definiu como "um engenheiro nerd". "Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso. E eu tenho um grande orgulho das realizações da minha profissão," disse.
Em 2009, ele fez uma viagem "secreta" ao Brasil, onde passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A nota da família sobre a morte de Armstrong é encerrada com um pedido: "Para aqueles que perguntam o que podem fazer para honrar a Neil, temos um simples pedido. Honrem seu exemplo de serviço, feitos e modéstia, e a próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”

FONTE: G1

Pesquisa mostra reação de defesa do corpo contra bactérias do intestino

Um estudo de uma cientista brasileira, publicado pela prestigiada revista “Science”, mostra o que acontece quando o sistema de defesa do corpo humano entra em contato com as bactérias do intestino. Os resultados dessa pesquisa devem melhorar a compreensão de como agem as doenças inflamatórias do intestino.
Normalmente, o corpo contém 100 trilhões de bactérias – são dez bactérias para cada célula realmente humana. Elas nos acompanham desde o nascimento e são essenciais para o funcionamento do organismo.


O intestino abriga boa parte dessas bactérias. Elas são capazes de quebrar nutrientes que o corpo humano não digere sozinho, e também ajudam na absorção dessas substâncias. Além disso, elas ocupam um espaço que poderia ser de bactérias nocivas, criando uma proteção natural.
O corpo tem um mecanismo para manter essas bactérias dentro do intestino e evitar que elas caiam na corrente sanguínea. O intestino é revestido por uma mucosa e tem substâncias bactericidas que não deixam
que as bactérias da flora intestinal cheguem aos demais órgãos.
Até o momento, os cientistas acreditavam que essa barreira seria intransponível. Em indivíduos saudáveis, ela realmente serve como isolante, mas a pesquisa da brasileira Liliane Martins, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostrou que existe uma exceção.
Em uma experiência com ratos, ela usou o parasita Toxoplasma gondii, um protozoário que provoca uma infecção capaz de romper as barreiras naturais do intestino. As bactérias do intestino vão para órgãos como o baço e o fígado, e o sistema imune, responsável pela defesa do corpo humano, cria anticorpos para combatê-las.
“A gente mostra que a resposta é duradoura. O corpo vai passar a combater essa bactéria”, explicou a pesquisadora. A descoberta abre uma nova perspectiva de estudos para o futuro. “A gente ainda não sabe a consequência disso”, reconheceu.
Algumas doenças inflamatórias do intestino, como a colite e a doença de Crohn, têm na sua origem uma reação exagerada do sistema imune contra as bactérias do intestino. Por isso, Martins acredita que uma melhor compreensão da relação entre esses micróbios e a defesa do organismo possa levar a algum tratamento para essas doenças.
“Hoje, essas doenças são tratadas pelos sintomas, mas não têm exatamente uma cura nem uma prevenção”, afirmou a pesquisadora.
O estudo é o resultado da pesquisa de doutorado de Liliane Martins, feita em uma parceria entre a UFMG e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês). Ela assina o artigo junto com colegas do laboratório americano, sob a coordenação da cientista Yasmine Balkaid.
FONTE: G1