quarta-feira, 2 de maio de 2012

Peixes bizarros de altas profundidades

Nós poderíamos sintetizar o mundo em que vivemos em duas partes. A parte rasa e a parte funda. Dos animais da parte rasa, conhecemos um monte. Leão, cabra, onça, coruja, insetos, vermes, crustáceos, peixes… Milhões deles.

Dos animais da parte profunda, conhecemos apenas uma pequena parte. A grande maioria só foi vista pela primeira vez nas últimas duas décadas.
Estes animais vivem em fossas abissais, lugares onde a luz não chega. É um mundo diferente, com a pressão capaz de explodir até uma baleia. A tecnologia está permitindo que sondas possam atingir profundidades até então impossíveis, e com isso, um novo olhar sobre o desconhecido e escuro fosso abissal marinho nos permite ver algumas das mais estranhas criaturas. São seres que poderiam estar em qualquer filme de monstros, Ets e talvez, quem sabe, até no seu mais aterrorizante pesadelo.

Quimeras ou tubarão fantasma.
Este estranho animal é um peixe cartilaginoso que está entre o tubarão e a arraia. Ele tem este estranho nariz protuberante com o qual vasculha o fundo gosmento do oceano em busca de sua preza. O nariz é cheio de terminações que detectam os mais frágeis impulsos elétricos. É como se o animal tivesse um detector de metais no nariz. Ele também tem este espinho venenoso na nadadeira dorsal.



Peixe víbora - Um nome apropriado para esta coisinha que ficaria bem num aquário do capeta. Os dentões e o maxilar inferior prognato são para conseguir morder a presa na escuridão


Peixe pelicano – Basicamente é um estômago com olhos e cauda. O bicho é considerado o animal com a maior abertura de boca no planeta.



Lula Dana - Esta lula enorme habita as fossas abissais e usa um truque curioso para desorientar suas presas. Ela bate um flash como o de uma máquina fotográfica. Na escuridão completa, um flash funciona como aquelas bombas usadas pelo FBI para invadir cativeiros. As presas ficam boladas tentando entender o que aconteceu. Aí a lula vai lá e… Nhac


Lula Gigante – A lula gigante é um animal cujo nome já é uma bela descrição. Até recentemente os oceanógrafos questionavam-se se a lula gigante seria uma presa ou um predador das baleias cachalote. Recentemente descobriu-se que as lulas gigantes são presas até uma idade. A partir de determinado tamanho elas são predadoras. Isso significa que elas comem baleias. Esta aí da foto é um filhote.


Peixe sol (ou lua) – Este é considerado um dos maiores peixes do oceano. Seu peso pode passar de uma tonelada. Sua forma é uma das mais bizarras. Ele é pacífico e muito curioso.


Stargazer – Peixe com nome de seriado de Tv! E deve ser de terror a julgar pelas características desse bicho. Ele tem olhos na cabeça. Atrás das guelras e na nadadeira dorsal tem espinhos venenosos,não obstante, ele ainda dá choque. Olha só o visual do infeliz.


Peixe Grenadier - Tem uma cabeça enorme, mas logo após a cabeça, o corpo é pequeno e termina numa comprida cauda serpentiforme. Um peixe estranho. E também, por que não dizer, feiobragaraio!



Oarfish - Você acha que já viu os mais bizarros do oceano? Então olha bem pra isso aqui. Nem parece um peixe. O Oarfish é um treco compridão em forma de lâmina. Ele pode alcançar tamanhos inacreditáveis. O bizarro dele é que ele nada verticalmente.






terça-feira, 1 de maio de 2012

Seleção natural afeta humanos mesmo com vida em sociedade

Seleção sexual continua atuando, apesar da prática da monogamia.Conclusão é de estudo apresentado pela revista científica "PNAS".

  Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações. 
  Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.
  “É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes”, comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.
  Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos “imunes” à evolução.
  A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.
  Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.
  A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.
  De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.
  Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.

domingo, 29 de abril de 2012

Corvos conseguem se lembrar dos velhos amigos, e dos inimigos também


Estudo comprovou boa memória do pássaro, que é considerado um dos animais mais inteligentes depois dos primatas


    Estes corvos têm a capacidade de reconhecer os velhos amigos, relata um novo estudo. Além disso, assim como os seres humanos, eles reagem negativamente quando encontram um inimigo.
   Os pássaros vivem em grupos e sem uma parceira até os dez primeiros anos de vida, por isso a capacidade de reconhecer os amigos e os inimigos é muito importante. Liderados por Marcus Bockle, zoólogo da Universidade de Viena, os pesquisadores descreveram no periódico Current Biology um grupo de 12 corvos jovens que foram mantidos juntos por 3 anos, até atingirem a maturidade sexual e acasalarem.

Uma pesquisa mostrou que mesmo após três anos separados, 
corvos conseguiam reconhecer quem era do seu grupo e quem não era 


    Durante esse tempo, os pesquisadores observaram e registraram as interações entre os pássaros. Alguns eram amigáveis uns com os outros enquanto que outros não.
  "Quando o individuo é amigável, ele emprega um som amigável", afirmou Bockle. "Quando não gostam do pássaro, eles tentam prolongar o sinal vocal e o som emitido parece mais grave."
   Em seguida, os pássaros foram colocados em pares em locais diferentes, na Áustria e na Alemanha. Três anos depois, Bockle gravou os sons dos pássaros agora separados e fez com que ouvissem os sons uns dos outros. "Após três anos separados, os sons gravados foram o estímulo, e quando eles ouviam um amigo, emitiam sons amigáveis", afirmou.
  Curiosamente, as gravações foram feitas apenas seis meses antes de os pássaros as escutarem. Nos anos afastados, os sons emitidos pelos pássaros podem ter se modificado um pouco, afirmou Bockle. "Por isso, eles precisam reconhecer o indivíduo e não um som específico", afirmou.


sábado, 28 de abril de 2012

Cérebro de pombos tem 'GPS' embutido, revela estudo

Aves captam o campo magnético da Terra para orientação e navegação.Descoberta sugere existência de um 'sentido magnético' nos animais.

  Os pombos têm neurônios capazes de ler o campo magnético da Terra e traduzir estas informações para identificar a posição que eles ocupam no planeta e em que direção estão indo. Em outras palavras, estas aves são equipadas com um GPS natural.
  A existência de sensores capazes de perceber o campo magnético da Terra no bico, nos olhos e nos ouvidos dos pombos já era conhecida. A novidade apresentada pela pesquisa publicada na edição desta sexta-feira (27) da revista “Science” é a resposta de neurônios posicionados no tronco do encéfalo.

Com 'GPS na cabeça', pombos foram usados por muito tempo na transmissão de mensagens. Este pombo-correio foi fotografado em fevereiro no arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)


   A descoberta feita com pombos também pode valer para outras aves, já que, segundo os autores, “muitos animais confiam no campo magnético da Terra para a orientação espacial e a navegação”. O artigo é assinado por Le-Qing Wu e David Dickman, neurocientistas da Faculdade de Medicina Baylor, de Houston, nos Estados Unidos. 
  A descoberta feita com pombos também pode valer para outras aves, já que, segundo os autores, “muitos animais confiam no campo magnético da Terra para a orientação espacial e a navegação”. O artigo é assinado por Le-Qing Wu e David Dickman, neurocientistas da Faculdade de Medicina Baylor, de Houston, nos Estados Unidos. 




quarta-feira, 25 de abril de 2012

09 Cromossomos Sexuais

Cientistas criam ovelha transgênica com gordura boa para coração


Animal recebeu gene de verme que aumenta a produção de ácidos graxos insaturados


Peng Peng tem o gene de gordura de um verme

    Cientistas chineses clonaram uma ovelha geneticamente modificada contendo um tipo de "gordura "boa" encontrada naturalmente em nozes, sementes, peixes e verduras, que ajuda a reduzir o risco de ataques cardíacos e doenças cardiovasculares.
""Peng Peng", que possui o gene de gordura de um verme, pesava 5,74 kg quando nasceu em 26 de março em um laboratório na região de Xinjiang, no extremo oeste da China.
""Ela está crescendo muito bem e é muito saudável, como uma ovelha normal", disse o cientista Du Yutao, do Instituto de Genômica de Pequim (BGI), em Shenzhen, no sul da China.
   Du e seus colegas inseriram o gene ligado à produção de ácidos graxos polinsaturados em uma célula de doador retirada da orelha de um carneiro Merino chinês.
   A célula foi então inserida em um óvulo não fertilizado e implantado no útero de uma ovelha receptora.
"O gene era originalmente da espécie C. elegans (verme) que aumenta os ácidos graxos insaturados como já foi demonstrado (em estudos anteriores), o que é muito bom para a saúde humana", disse Du.
  A China, cuja população representa 22% do total do planeta, tem apenas 7% da terra arável do mundo, por isso dedicou muitos recursos nos últimos anos para aumentar a produção nacional de grãos, carne e outros produtos alimentícios.
   Mas há preocupações sobre a segurança de alimentos geneticamente modificados e ainda vai levar anos até que a carne de tais animais transgênicos encontre seu espaço em mercados de alimentos chineses.
 "O governo chinês encoraja projetos de transgênicos, mas precisamos ter métodos e resultados melhores para provar que plantas e animais transgênicos são inofensivos e seguros para o consumo. Isso é crucial", disse Du.
  Além do BGI, outros colaboradores do projeto foram o Instituto de Genética e Biologia do Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências, e a Universidade Shihezi, em Xinjiang.
   Os Estados Unidos são líderes mundiais na produção de grãos geneticamente modificados. O FDA, órgão dos Estados Unidos para alimentação e medicamentos, já aprovou a venda de alimentos provenientes de clones e seus descendentes, afirmando que os produtos eram indistinguíveis dos de animais não-clonados.
  O salmão do Atlântico geneticamente modificado patenteado pela empresa de biotecnologia norte-americana AquaBounty, que supostamente cresce a uma velocidade duas vezes acima do normal, poderá ser aprovado pelas autoridades reguladoras norte-americanas nos próximos meses.

'Perfume' emitido por plantas atrai microorganismos à raiz, diz estudo

Sinais químicos aproximariam bactérias que promovem crescimento.Técnica pode auxiliar na redução da dependência de fertilizantes.

   Estudo conduzido por cientistas britânicos afirma que as plantas emitem cheiros para atrair bactérias e micro-organismos que vivem no solo e ajudam no desenvolvimento.
  De acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24) na revista científica “PLoS ONE”, sinais químicos foram detectados em plantações de milho e seriam uma espécie de perfume liberado para atrair bactérias benéficas. A descoberta pode auxiliar na criação de novas técnicas de cultivo sustentáveis, sem a dependência de agrotóxicos ou fertilizantes.
  De acordo com Andrew Neal, um dos autores do estudo, evidências apontaram a forte presença da bactéria Pseudomonas putida, que, atraída pelo cheiro, leva nutrientes importantes à raiz da planta do milho e também compete com bactérias nocivas.
  Segundo os pesquisadores, as raízes de plantas jovens de milho exalam grandes quantidades de produtos químicos conhecidos como “BXS”, que auxiliam o vegetal na defesa de pragas acima do solo, no caule e nas folhas.
  Porém, esse composto também atrai as bactérias benéficas, que ajudam a desintoxicar a região da raiz. Os cientistas querem aprofundar os estudos sobre os micro-organismos e verificar como influenciam na qualidade do solo e no crescimento dos vegetais.

Lavoura de milho em Santa Rosa (RS). Cientistas britânicos descobriram que planta emite cheiros para atrair microorganismos à raiz que ajudam no desenvolvimento do milho. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)