domingo, 11 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Tempestade solar que chega nesta quinta pode ameaçar rede elétrica
Segundo astrônomos, fenômeno é o maior a atingir a Terra nos últimos cinco anos e também pode prejudicar sistemas de GPS
A maior erupção solar dos últimos cinco anos está chegando à Terra, e deve envolver o planeta em uma onda de partículas que pode causar problemas às redes elétricas, sistemas de GPS e voos de avião.
Ela começou no Sol na terça-feira (6) à noite, e seus efeitos vão chegar entre as 23h de quarta-feira e 3h de quinta (horário de Brasília), de acordo com técnicos do Centro de Meteorologia Espacial, nos Estados Unidos. Eles afirmam que a explosão está aumentando de tamanho conforme ela se afasta do corpo celeste.
“Vai nos atingir bem no nariz”, disse Joe Kunches, cientista da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (na sigla em inglês, NOAA). Ela deve durar até sexta-feira (9) de manhã, mas a região solar de onde a tempestade veio ainda pode mandar novas cargas explosivas. Segundo Kunches, outro grupo de manchas solares ativas está pronto para explodir na nossa direção logo após esta tempestade.
Mas por enquanto, os cientistas estão esperando ver o que acontecerá na quinta-feira, quando as partículas elétricas chegarão à Terra numa velocidade de 6,4 milhões de quilômetros por hora.
A tempestade chega logo após uma erupção mais fraca, que aconteceu no domingo, e chegará um pouco mais cedo do que o previsto.
Dependendo de sua força, as emissões magnéticas da tempestade têm o potencial de afetar a rede elétrica, especialmente de países perto dos polos. Em 1989, uma erupção mais forte derrubou o sistema elétrico de Quebec, no Canadá, deixando seis milhões de pessoas sem luz. As empresas de energia já foram alertadas.
Tempestades solares também podem alterar a precisão dos GPS (sigla em inglês para Sistemas de Posicionamento Global), que podem prejudicar perfurações de precisão (como em plataformas de petróleo), por exemplo. Também podem acontecer interrupções no serviço.
Também podem acontecer problemas em sistemas de satélites e comunicações, e aumentar a radiação nos polos sul e norte, o que causaria alterações de rotas aéreas. Algumas companhias aéreas já se adiantaram e reprogramaram seus voos, de acordo com Kunches.
Há um lado bom: no hemisfério norte, há chances de auroras boreais mais fortes em latitudes mais baixas, como na região dos Grandes Lagos (Estados Unidos), bem como na fronteira do país com o Canadá.
sábado, 3 de março de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Pesquisa mostra como proteína protege células de infecção pelo HIV
SAMHD1 impede que o vírus sequestre o DNA das células.
Descoberta pode inspirar medicamentos contra o vírus que causa a Aids.
A primeira reação do sistema de defesa do corpo humano infectado pelo HIV é tentar isolar o vírus causador da Aids. Essa resposta acontece por meio de um mecanismo complexo, explicado pela primeira vez por uma pesquisa publicada neste domingo pela revista científica “Nature Immunology”.
A responsável por essa defesa é uma proteína chamada SAMHD1. Pesquisas recentes já mostravam que as células dendríticas – que identificam os corpos estranhos em nosso sistema de defesa – com essa proteína são imunes à infecção pelo HIV.
Quando um vírus como o HIV infecta uma célula, ele precisa sequestrar o DNA dela para se replicar. A partir daí, a célula incorpora genes do HIV e passa a produzir novos vírus dentro do corpo.
Nas células que contêm a SAMHD1, essa proteína destrói a estrutura do DNA que o vírus normalmente captura. Dessa forma, ele não se replica. “O vírus entra na célula e nada acontece”, resumiu Nathaniel Landau, um dos autores do estudo, em material de divulgação da Universidade de Nova York, nos EUA.
Apesar dessa defesa, o vírus evoluiu e passou a infectar outras células do nosso sistema imunológico, que não têm essa proteína.
Para os autores, compreender a função dessa proteína tem o potencial de desenvolver tratamentos não só contra o HIV, mas também contra outros tipos de vírus que infectam as células com mecanismos semelhantes.
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