sábado, 25 de agosto de 2012

Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua

O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)

Conheça a biografia

Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Nascido em 5 de agosto de 1930, Armstrong foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Em 1955, se formou em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e se tornou piloto civil da agência que precedeu a Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).
Lá, entre outras aeronaves, pilotou o X-15 – avião experimental lançado por foguete onde ocorreram as primeiras tentativas americanas de chegar aos limites da atmosfera e à órbita do planeta. Em 2012, o X-15 ainda mantém o recorde de velocidade mais alta já atingida por um avião tripulado.
Em 1962, ele deixou a função de piloto de testes e passou a ser astronauta – com a Naca já transformada em Nasa. Sua primeira missão espacial foi como comandante da Gemini 8, em março de 1966, onde ele e o astronauta David Scott fizeram a primeira acoplagem de duas naves espaciais. Na ocasião, ele se tornou o primeiro civil americano a ir ao espaço.
Durante o voo, os dois quase morreram. Enquanto a nave estava sem contato com a Terra, a Gemini 8, acoplada na sonda Agena, começou a girar fora de controle. Inicialmente, Armstrong achou que o problema era com a Agena e tentou diversas opções para parar o giro – sem sucesso. Ao desacoplar as duas naves, o problema piorou. A instantes de perder a consciência pela velocidade com que a Gemini 8 girava, Armstrong usou os motores que serviam para a reentrada na Terra para controlar a espaçonave. A Gemini parou de girar e a dupla fez um pouso de emergência próximo ao Japão, sem completar outros passos da missão, como uma caminhada espacial que seria realizada por Scott.

Armstrong no módulo lunar Eagle, após pouso na Lua (Foto: Johnson Space Center Media Archive)

Após a missão, Armstrong acompanhou o presidente americano Lyndon Johnson e outros astronautas em uma viagem à América do Sul que incluiu o Brasil. Segundo sua biografia oficial, escrita por James R. Hansen, Armstrong foi especialmente bem recebido pelas autoridades brasileiras por conhecer e conversar bem sobre a história de Alberto Santos Dumont.

Apollo 11 e a ida à Lua
Com o fim do programa Gemini e o início do Apollo, Armstrong foi selecionado como comandante da Apollo 11. Segundo a Nasa, não houve uma escolha formal inicial de quem deveria ser o primeiro a pisar na Lua. Todos os astronautas envolvidos no Apollo, segundo eles, teriam chances iguais.
As missões eram organizadas para cumprir uma crescente lista de tarefas. Assim, a Apollo 7 era um voo de teste do módulo de comando – o que era chamado de “missão tipo C”. A seguinte, 8, testou a viagem até a Lua. A 9 testou o módulo lunar, uma missão tipo “D”. Se houvesse qualquer problema em uma dessas missões, ela deveria ser retomada até dar certo.
Por isso, embora Armstrong e sua tripulação, Buzz Aldrin e Michael Collins, estivessem com a primeira missão do tipo “G”, que tentaria um pouso – não estava garantido que eles de fato fossem ser os primeiros a fazer isso. Qualquer problema nas missões anteriores e a 11 poderia ter que assumir etapas preparatórias.
Quando ficou razoavelmente claro que a Apollo 11 seria a primeira missão a tentar o pouso, a mídia americana passou a informar que Buzz Aldrin seria o primeiro homem na Lua. A lógica dos jornalistas seguia o fato de que no programa Gemini o piloto – não o comandante – era quem saia da nave. Além disso, os primeiros materiais de divulgação feitos pela Nasa mostravam o piloto saindo primeiro e o comandante depois.
Em uma coletiva de imprensa feita em abril de 1969, a Nasa informou que a decisão de fazer Armstrong sair primeiro foi técnica, já que a porta do módulo lunar estava do lado dele. Em entrevistas dadas mais tarde, Deke Slayton, chefe dos astronautas na época, disse que a decisão foi “protocolar”: ele achava que o comandante da missão deveria ser o primeiro na Lua. As opiniões de Armstrong e Aldrin, segundo ele, não foram consultadas.
Após a decolagem em 16 de julho, Armstrong e Aldrin começaram a descida até a Lua em 20 de julho no módulo lunar, apelidado de “Eagle”. Durante a descida, a menos de dois mil metros de altura, dois alarmes soaram indicando que o computador estava sobrecarregado. Seguindo a orientação do controle de missão, Armstrong os ignorou e manteve o pouso.
Ao olhar pela janela, viu que o computador os estava levando para uma área com muitas pedras. O americano então assumiu o controle manual da nave e pousou. Ao encostar na Lua, restavam apenas 25 segundos de combustível no Eagle.
As primeiras palavras de seres humanos na Lua foram, na verdade, Armstrong e Aldrin fazendo a checagem pós-pouso. Termos técnicos como “parada de motor”, “controle automático ligado”, “comando do motor de descida desligado”. Apenas ao final dessa lista, Armstrong falou com a Terra: “Houston, Base da Tranquilidade aqui. A Águia [“Eagle” em inglês] pousou”.
Durante todo o processo de pouso, o controle na Terra se manteve em silêncio, permitindo que a dupla se concentrasse. Com o contato de Armstrong, o astronauta Charlie Duke, em Houston, respondeu bem humorado: “vocês têm um monte de caras quase ficando azuis aqui, estamos respirando de novo.”
Armstrong e Aldrin ficaram 21 horas e 36 minutos na Lua – duas horas e 36 minutos caminhando por ela. O tempo fora da nave foi progressivamente aumentado a cada missão Apollo – na última, a 17, os astronautas ficaram mais de 22 horas fazendo caminhadas lunares.

Retorno à Terra e vida pessoal
Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)

Neil Armstrong foi recebido como herói após sua volta, com condecorações de diversos países. A mais recente foi uma medalha do Congresso americano, dada a ele e a outros pioneiros espaciais em novembro de 2011.
Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso."
Neil Armstrong, em 2007
Logo após o voo, ele assumiu uma posição de gerência na Nasa e participou da investigação do acidente da Apollo 13. Ele se aposentou da agência em 1971. Em 1970, obteve um mestrado em engenharia aeroespacial da Universidade do Sul da Califórnia. Depois, virou professor na Universidade de Cincinnati, onde morava, até 1979. Armstrong também fez parte da mesa diretora de algumas empresas americanas. Em 1986, a convite do presidente americano Ronald Reagan, participou da investigação do acidente do ônibus espacial Challenger.
Armstrong casou com Janet Shearon em 1956 , com quem teve três filhos: Eric, Karen e Mark. Karen morreu de câncer no cérebro em 1962, aos três anos, e jamais viu o pai ir ao espaço. Ele e Janet se divorciaram em 1994, após 38 anos de casamento. No mesmo ano, ele se casou com sua segunda esposa, Carol Knight.
Armstrong viveu uma vida de reclusão após a Apollo 11. Convidado frequentemente por partidos americanos, ele se recusou a concorrer a um cargo político. Armstrong também raramente era visto em público e quase nunca dava entrevistas, além de não costumar tirar fotos ou dar autógrafos, porque não gostava que eles eram vendidos por valores que ele considerava “absurdos”. Sua única biografia autorizada foi publicada em 2005. Ele também costuma processar empresas que usam sua imagem sem autorização e doar as indenizações recebidas à faculdade em que se formou. Em 2005, processou seu barbeiro por ter vendido fios de seu cabelo por US$ 3 mil. O barbeiro teve que doar o valor para a caridade.
Em 2007, 38 anos após a viagem à Lua, em uma rara aparição em público, Armstrong se definiu como "um engenheiro nerd". "Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso. E eu tenho um grande orgulho das realizações da minha profissão," disse.
Em 2009, ele fez uma viagem "secreta" ao Brasil, onde passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A nota da família sobre a morte de Armstrong é encerrada com um pedido: "Para aqueles que perguntam o que podem fazer para honrar a Neil, temos um simples pedido. Honrem seu exemplo de serviço, feitos e modéstia, e a próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”

FONTE: G1

Pesquisa mostra reação de defesa do corpo contra bactérias do intestino

Um estudo de uma cientista brasileira, publicado pela prestigiada revista “Science”, mostra o que acontece quando o sistema de defesa do corpo humano entra em contato com as bactérias do intestino. Os resultados dessa pesquisa devem melhorar a compreensão de como agem as doenças inflamatórias do intestino.
Normalmente, o corpo contém 100 trilhões de bactérias – são dez bactérias para cada célula realmente humana. Elas nos acompanham desde o nascimento e são essenciais para o funcionamento do organismo.


O intestino abriga boa parte dessas bactérias. Elas são capazes de quebrar nutrientes que o corpo humano não digere sozinho, e também ajudam na absorção dessas substâncias. Além disso, elas ocupam um espaço que poderia ser de bactérias nocivas, criando uma proteção natural.
O corpo tem um mecanismo para manter essas bactérias dentro do intestino e evitar que elas caiam na corrente sanguínea. O intestino é revestido por uma mucosa e tem substâncias bactericidas que não deixam
que as bactérias da flora intestinal cheguem aos demais órgãos.
Até o momento, os cientistas acreditavam que essa barreira seria intransponível. Em indivíduos saudáveis, ela realmente serve como isolante, mas a pesquisa da brasileira Liliane Martins, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostrou que existe uma exceção.
Em uma experiência com ratos, ela usou o parasita Toxoplasma gondii, um protozoário que provoca uma infecção capaz de romper as barreiras naturais do intestino. As bactérias do intestino vão para órgãos como o baço e o fígado, e o sistema imune, responsável pela defesa do corpo humano, cria anticorpos para combatê-las.
“A gente mostra que a resposta é duradoura. O corpo vai passar a combater essa bactéria”, explicou a pesquisadora. A descoberta abre uma nova perspectiva de estudos para o futuro. “A gente ainda não sabe a consequência disso”, reconheceu.
Algumas doenças inflamatórias do intestino, como a colite e a doença de Crohn, têm na sua origem uma reação exagerada do sistema imune contra as bactérias do intestino. Por isso, Martins acredita que uma melhor compreensão da relação entre esses micróbios e a defesa do organismo possa levar a algum tratamento para essas doenças.
“Hoje, essas doenças são tratadas pelos sintomas, mas não têm exatamente uma cura nem uma prevenção”, afirmou a pesquisadora.
O estudo é o resultado da pesquisa de doutorado de Liliane Martins, feita em uma parceria entre a UFMG e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês). Ela assina o artigo junto com colegas do laboratório americano, sob a coordenação da cientista Yasmine Balkaid.
FONTE: G1

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Degelo no Ártico está perto de bater recorde de 2007, alertam cientistas

Verão na região ainda terá mais duas semanas de derretimento pela frente.Há 5 anos, cobertura de gelo no polo norte encolheu 4,2 milhões de km².

A cobertura de gelo no Ártico está derretendo a uma taxa surpreendentemente rápida e pode diminuir ao menor nível desde 2007 em questão de semanas, à medida que as temperaturas do planeta subirem, alertaram cientistas americanos na terça-feira (21).
Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, disseram que a cobertura de gelo no verão ártico já se aproximava do menor nível registrado, mesmo antes do fim da temporada de degelo.
"Os números estão chegando e os estamos lendo com um sentimento de assombro", disse o diretor do Centro de Dados Nacional de Gelo e Neve, Mark Serreze, vinculado à universidade.

Derretimento do gelo deve abrir novas rotas comerciais e iniciar conflito no Ártico (Foto: Stian Solum/Reuters)

"Se o degelo parasse agora, repentinamente, teríamos a terceira baixa no registro de satélites. Como ainda haverá mais duas semanas de degelo pela frente, penso que muito provavelmente teremos um novo recorde", afirmou à AFP.
O atual recorde, de cinco anos atrás, ocorreu quando a cobertura de gelo encolheu 4,2 milhões de quilômetros quadrados, causando espanto entre os cientistas, que não haviam previsto um degelo dramático tão cedo.
O Ártico costuma ser apontado como o "ar-condicionado do planeta", por causa de sua influência sobre o clima global. Este ano, a perda de gelo na região aponta para a abertura da Passagem do Noroeste, entre o Canadá e o Alasca, e da Rota do Mar do Norte, junto à Europa e à Sibéria.
Este ano também está batendo recordes de calor e seca em grande parte da zona temperada do Hemisfério Norte, especialmente na área continental dos EUA.


FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/08/degelo-no-artico-esta-perto-de-bater-recorde-de-2007-alertam-cientistas.html

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bebê orangotango abraça a mãe em zoológico na Alemanha

Filhote nasceu há três dias e surpreendeu funcionários do estabelecimento.
Mãe orangotango tem quase 40 anos e teve último bebê há duas décadas.

Bebê orangotango abraça a mãe no Zoológico de Gelsenkirchen, na Alemanha. O filhote nasceu há três dias, na sexta-feira (17). 
Nenhum dos funcionários do zoológico esperavam que a mãe do macaquinho desse à luz (Foto: Martin Meissner/AP)

A mãe do bebê orangotango, Sexta, tem quase 40 anos e teve seu último filhote há 22 anos, segundo informações do zoológico alemão. 
Os funcionários não sabem dizer ainda qual o sexo do recém-nascido (Foto: Martin Meissner/AP)

Técnica reaproveita sangue perdido em operações

Pesquisadores escoceses desenvolvem máquina e bolsa de plástico que facilitam processo de reaproveitamento.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Strathclyde, na Escócia, desenvolveu um mecanismo para reaproveitar o sangue perdido pelo paciente durante cirurgias.
A recuperação e reaproveitamento do sangue de um paciente perdido durante uma grande cirurgia não é uma ideia nova. No entanto, o processo atual é complicado, demorado e caro.

Sangue do próprio paciente é utilizado na nova técnica (Foto: BBC)

O novo procedimento, batizado de Hemosep pelos cientistas de Glasgow, é mais direto e pode ser menos trabalhoso para reciclar o sangue do paciente durante a cirurgia.
Este procedimento envolve uma máquina que agita o sangue. Mas o elemento mais importante é uma bolsa de plástico especial para receber este sangue.
Esta bolsa funciona como uma esponja química que absorve o plasma que diluiu o sangue do paciente durante a operação. Este plasma é algo que os médicos não querem.
O componente mais importante desta bolsa é uma membrana de policarbonato, que separa o plasma e preserva os componentes importantes do sangue em separado.
Estas células concentradas podem voltar para o paciente.
O bioengenheiro que liderou a equipe de cientistas, Terry Gourlay, afirma que o novo procedimento tem vários benefícios.
"É o seu sangue, ao invés de sangue de outras fontes", afirmou o cientista à BBC.
Bolsa com sangue fica em uma máquina (Foto: BBC)

Testes
O novo sistema criado pelos cientistas escoceses já foi aplicado em testes bem-sucedidos na Turquia, onde foi usado em mais de cem cirurgias cardíacas.
Agora, o sistema será vendido na União Europeia em uma parceria entre a Universidade Strathclyde e uma companhia de aparelhos médicos. O uso do sistema também foi aprovado no Canadá.
Em cirurgias grandes, como uma cirurgia cardíaca realizada com o peito do paciente aberto, a quantidade de sangue perdida é grande e é necessário muito sangue para reposição.
A transfusão de sangue geralmente é a opção preferida pelos médicos mas, em uma minoria de casos, podem ocorrer reações adversas. E o custo de tudo isto é alto.
"Sangue não é de graça, de forma nenhuma, e, na verdade, na América do Norte, os últimos estudos sugerem que uma unidade de sangue custa acima de US$ 1.600 (mais de R$ 3.200)", afirmou o professor Terry Gourlay.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/tecnica-reaproveita-sangue-perdido-em-operacoes.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Substância que inibe espermatozoide pode virar pílula masculina, diz estudo

De tempos em tempos, cientistas conduzem estudos que os fazem acreditar que a pílula anticoncepcional masculina está cada vez mais perto de se tornar real. Desta vez, pesquisadores de três universidades americanas publicaram na revista "Cell" a descoberta de uma substância que pode virar um comprimido para os homens controlarem a própria fertilidade.
Os testes foram feitos com camundongos machos, que ficaram estéreis, mas não tiveram prejuízos no desempenho sexual, nas taxas de testosterona nem no comportamento.
Além disso, os autores – do Instituto do Câncer Dana-Farber, ligado à Universidade de Harvard, da Universidade de Washington e da Faculdade de Medicina Baylor, no Texas – não observaram efeitos colaterais nos futuros filhotes.


O novo composto, chamado JQ1, é livre de hormônios – ao contrário da pílula feminina, que costuma misturar doses de estrogênio e progesterona. A substância inibe uma proteína presente nos testículos de camundongos e homens, conhecida como BRDT, que é essencial para a fertilidade. Dessa forma, as cobaias começaram a produzir menos espermatozoides e, mesmo quando os fabricavam, eles não se locomoviam direito.
Assim que os animais pararam de fazer esse controle de natalidade, os gametas se recuperaram rapidamente e readquiram a capacidade de procriação, de forma saudável, destaca o principal pesquisador, James Bradner.
A grande dificuldade da ciência em formular um anticoncepcional masculino está justamente no fato de que as drogas precisam entrar na corrente sanguínea, chegar até os testículos e atingir as células produtoras de esperma, o que esse estudo parece prometer.
Os autores dizem que um medicamento como esse é necessário porque quase um terço dos casais americanos depende exclusivamente de métodos contraceptivos masculinos, como a camisinha. E muitas mulheres acabam engravidando de forma não planejada.

FONTE. G1

sábado, 11 de agosto de 2012

Réptil em miniatura


   Depois da notícia do maior camarão do mundo, é vez do menor camaleão já descoberto. Uma equipe internacional de pesquisadores encontrou a nova espécie em uma das ilhas do arquipélago de Madagascar, na costa do continente africano. Com apenas 29 milímetros de comprimento, os indivíduos da espécie, propriamente batizada de Brookesia micra, são menores que uma mosca! O animal é um dos mais diminutos répteis do planeta e tirou o título de menor camaleão do Brokesia superciliaris.


Junto com o B. micra, os pesquisadores encontraram ainda mais três espécies pequenas de camaleão. Diferentemente dos outros camaleões, os descobertos não mudam de cor para se camuflar. Mas também, com esse ‘tamaninho’, nem precisa!

Pesquisador da Unesp descobre nova espécie de sapo em miniatura

    Um pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista) descobriu uma nova espécie de sapo em miniatura em uma reserva ecológica na região norte do Paraná. Identificado pelo biólogo Michel Varajão, o animal mede cerca de 1,5 centímetro e tem três dedos nas patas dianteiras como característica, ao contrário de outras espécies similares, que na maioria têm quatro dedos.
   Batizado de Brachycephalus tridactylus, o sapinho possui cor amarelo-alaranjada, com suaves manchas cinzas na lateral do corpo, segundo o biólogo. Ele foi encontrado na parte mais alta da Reserva Natural Salto Morato, próximo ao litoral norte paranaense.
O Brachycephalus tridactylus, nova espécie encontrada por cientista em expedição em serra no Paraná (Foto: Unesp/Divulgação)

"O grupo destes sapinhos se diferencia pelo tamanho reduzido e pelas cores chamativas. Há animais amarelos com vermelho, ou os que tem um pouco de tom de verde na pele. Algumas características ósseas também os diferenciam", ressalta Varajão.
   Durante o mestrado, Varajão fez seus estudos na área mais baixa da reserva ecológica. No entanto, ele decidiu explorar a serra do parque, a cerca de 900 metros de altitude, em fevereiro de 2007. O sapinho foi encontrado por acaso durante esta expedição, diz o biólogo.
"A intenção era pesquisar novas espécies, mas eu não sabia se encontraríamos ou não. Achamos inclusive mais espécies no local que já são conhecidas", diz Varajão. O terreno da reserva natural, mantido por uma fundação ligada a uma empresa, antigamente era parte de uma área de fazendas. "A área de baixada [do parque] era usada para a criação de búfalos e monoculturas", ressalta.
Sapo recém-descoberto mede 1,5 centímetros
(Foto: Unesp/Divulgação)

   Com a criação da reserva, foram adotadas medidas de restauração da floresta, que com o tempo vem sendo recuperada.
   Algumas espécies de animais são sensíveis à mudança de vegetação que ocorreu com a criação das fazendas, afirma Varajão.
   O sapinho recém-descoberto foi descrito na revista científica "Herpetologica", em julho.
"Tem muita coisa para pesquisar sobre o animal. Não sabemos o que ele come, quem são os predadores, quantos ovos eles colocam, em qual período se reproduzem", diz Varajão.
  Os sapos de espécies parecidas com a recém-descoberta possuem uma toxina na pele, aponta o biólogo, que faz pós-doutorado em ecologia de anfíbios na Unesp de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.


FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/08/pesquisador-da-unesp-descobre-nova-especie-de-sapo-em-miniatura.html

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Butantan batiza 17 novas aranhas em homenagem ao filme 'Predador'

Novas espécies têm mandíbula diferenciada e são pequenas, diz biólogo.Pesquisa integra projeto internacional que começou em 2006.



Predatoroonops schwarzeneggeri, aranha batizada em homenagem a ator (Foto: American Museum of Natural History/Divulgação)


Pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, identificaram 17 novas espécies de aranha nativas da Mata Atlântica. Os animais têm estrutura de quelícera (mandíbula) diferente de outras espécies, se assemelhando aos vilões do filme "Predador", segundo o biólogo Antonio Brescovit, um dos responsáveis pela descoberta.
As quelíceras das novas aranhas são modificadas e os animais têm as faces cheias de protuberâncias, diz Brescovit. O nome dado ao novo gênero descoberto a partir das espécies, Predatornoops, é inclusive uma homenagem ao filme "Predador".
Entre as novas espécies, há várias que foram batizadas relembrando personagens e atores do filme. A aranha Predatoroonops schwarzeneggeri, por exemplo, é uma homenagem ao ator Arnold Schwarzenegger, que atua na produção de Hollywood.

Espécies pequenas
As espécies descobertas são pequenas e têm entre 1,8 e 2,1 milímetros, segundo Brescovit. "Elas aparecem no solo, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, até em Sergipe e no Sul, em Santa Catarina. O importante é que haja vegetação, mesmo que seja de uma área alterada [onde um dia houve Mata Atlântica]", pondera o pesquisador. Ele explica que alguns exemplares das 17 espécies foram encontrados até no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), onde está localizado o instituto.
As quelíceras modificadas ocorrem basicamente nos machos das espécies. Algumas hipóteses, segundo Brescovit, é que as estruturas sirvam para a cópula ou defesa dos machos."Outra hipótese é que o macho da aranha seguraria a fêmea com as quelíceras para a reprodução", diz o pesquisador.
Ele avalia que o incêndio ocorrido no Instituto Butantan fez a pesquisa demorar para sair. "Levou dois anos e meio para publicar, um pouco atrasado por causa do incêndio. Já era para estar publicado no ano passado", reflete.


Imagem mostra face de aranha recém-descoberta no Brasil (Foto: American Museum of Natural History/Divulgação)


Brescovit ressalta, no entanto, que nenhum material do estudo foi perdido com o ocorrido. "Nossos escritórios não foram afetados. O que foi perdido foi muito da coleção [de animais], que ficava no fundo do prédio."
A descoberta faz parte de um projeto internacional, o Inventário Planetário da Biodiversidade (PBI, na tradução do inglês), afirma o pesquisador. Seis cientistas brasileiros fazem parte do grupo, sendo dois de São Paulo, dois do Pará, um do Rio Grande do Sul e outro de Minas Gerais.
Brescovit ressalta que o grupo brasileiro já identificou cerca de 70 espécies dentro do PBI, que começou em 2006. O estudo das 17 novas espécies de aranhas foi publicado no boletim do Museu Americano de História Natural.


FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/08/butantan-batiza-17-novas-aranhas-em-homenagem-ao-filme-predador.html

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Robô Curiosity pousa em Marte e Nasa comemora início da missão

Controladores da agência espacial festejaram pouso por 10 minutos.Jipe é o maior e mais moderno veículo já feito para explorar o planeta.

Sombra do Curiosity aparece na superfície de Marte nesta segunda (6) (Foto: Nasa/Brian van der Brug/AFP)

     O jipe-robô Curiosity pousou na superfície de Marte por volta das 2h33 (horário de Brasília) desta segunda-feira (6), segundo a agência espacial americana (Nasa). A aterrissagem ocorreu após uma viagem de 567 milhões de quilômetros e quase nove meses.
     A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.
     O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "feito histórico" a chegada do Curiosity a Marte. "Esse é um triunfo da tecnologia sem precedentes", diz o comunicado presidencial.

Primeira imagem feita pelo Curiosity mostra a roda do jipe sobre Marte (Foto: Reprodução/Nasa TV/Reuters)

     A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.
   "Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração de pelo menos 10 minutos, com aplausos e abraços, entre funcionários na sala de controle do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.

Controladores da missão espacial festejam o pouso do Curiosity em Marte. (Foto: Reprodução / Nasa)

     Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco paraquedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.

O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.

A poucas horas de o jipe tocar a superfície do planeta vermelho, ainda no domingo (5), o site da Nasa informou que o robô estava com "boa saúde".

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/curiosity-pousa-em-marte.html

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A eterna briga sexual dos patos

   Os patos, com seu pênis em formato estranho, força a entrada. As patas, com astúcia, retorcem suas vagina.
   Seguramente você já ouviu algum homem se queixando do tamanho do seu órgão genital; com os Patos Barbary isto não é o problema. Eles possuem o pênis com 40 cm de comprimento - o que equivale quase a metade do comprimento do seu corpo - mas isso não é tudo quando se trata do relacionamento desta espécie que possui grandes reviravoltas entre o masculino e o feminino, um tentando superar o outro.
   Uma fêmea de pato Barbary escolhe seu companheiro com base na avaliação do seu namoro e na plumagem do parceiro, porém, os machos rejeitados não desistem facilmente e podem forçar a cópula, mesmo as fêmeas não querendo. O longo e flexível pênis permite a cópula forçada.
   As fêmeas têm evoluído para retomar o controle da cópula, diz Patrícia Brennan, da Universidade de Yale. "Os machos e as fêmeas ficam travados nesta corrida armamentista, cada um tentando dominar o resultado. É fascinante encontrar um exemplo tão claro e evidente de conflito sexual.", diz ela.
   O pênis do pato macho é em forma de espiral, como um saca-rolha, que ira em sentido anti-horário para que o esperma atinja o alvo do oviduto da fêmea no lado esquerdo. Em quase todas as aves, apenas o ovário esquerdo é funcional, mas em um estudo de 2007, Brennan e colegas observaram que as patas torcem a vagina na direção oposta.
   Para ver se estas voltas e mais voltas no sentido horário tornaria a cópula mais difícil para o gênero masculino, um grupo de pesquisadores conseguiu que os patos colocassem seu pênis em um tubo de vidro em forma de vagina de mulher. Os machos acharam difícil introduzirem o pênis abaixo do comprimento do tubo - que é o que a equipe avalia que acontece na vagina.


    Brennan acha que, os machos estão evoluindo e ficando muito flexíveis e o pênis os ajuda a forçar a cópulas. As fêmeas estão usando sua complexa anatomia vaginal para retomar o controle sobre a qual espermatozóide fertiliza seus óvulos. Quando uma fêmea quer se acasalar com seu parceiro escolhido, ela pode facilitar o processo de relaxamento da musculatura ao redor da entrada da vagina.
   Equipe de Brennan também cronometraram o desenrolar do pênis do macho, que aconteceu em um terço de um segundo - cerca de 60 vezes mais rápido do que se pensava anteriormente "Isso definitivamente dá ao sexo um mecanismo pelo qual eles podem copular", diz Brennan, que foi surpreendida pela velocidade. "Para ser totalmente honesta, ainda estou em choque", diz ela.


sábado, 4 de agosto de 2012

Sapo, perereca e rã, qual a diferença?

Os sapos, as pererecas e as rãs são Anfíbios da ordem Anura. Esses anfíbios não possuem cauda, sofrem metamorfose e apresentam a pele úmida e com pouca queratina (proteína impermeabilizante), por isso geralmente são vistos em locais úmidos. Por causa disso, possuem a pele rica em glândulas mucosas, que a mantêm sempre úmida e permeável. Os pulmões nesses animas são tão simples que se tornam insuficientes para as necessidades respiratórias. Assim, a respiração cutânea (pela pele) também é fundamental.

As RÃS possuem hábito aquático, vivem na proximidade de lagos ou outros lugares úmidos. São capazes de mover-se adequadamente fora d’água, contudo são muito mais hábeis durante a natação. São animais de pele lisa, possuem membranas interdigitais (entre os dedos) dos membros posteriores, como se fosse um pé de pato, essas perninhas de trás são bem mais longos do que dos sapos e pererecas. As rãs são os únicos anuros que podem ser ingeridos.


As PERERECAS são anuros de pequeno porte que são comumente encontrados em paredes, ou sobre árvores. Isso porque apresentam expansões na ponta dos dedos em forma de ventosas, que provovem adesão (lamelas adesivas). Essas expansões permitem que possam preder em superfícies, destacando sua capacidade de explorar o mundo vertical. Possuem também uma pele bem lisa e seus membros são bastante desenvolvidos.



Os SAPOS são mais independentes da água que as rãs e pererecas, podem ser encontrados em lugares mais secos, longe dos corpos d’agua. O que os diferencia dos demais anuros é a pele muito rugosa e seca e o membros posteriores mais curtos. Ainda possuem possuem glândulas denominadas paratóides, situadas atrás dos olhos, um local estratégico para sua defesa do ataque de um predador. Essas glândulas têm poros por onde saem um líquido branco leitoso que tem propriedades cáusticas (causa queimaduras e irritação). Cuidado!


Assim, fique de olho nos anuros: Se tiver pele enrugada e glândulas de veneno, é SAPO. Se tiver pele lisa e discos adesivos na ponta dos dedos, é PERERECA e se o bichinho for de pele lisa, mas tiver membranas entre os dedos, é RÃ...Entenderam?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Através do corpo humano

Através das minhas pesquisas, encontrei esse blog, com essas imagens fantásticas do corpo humano que eu tinha que compartilha com vocês, então meus amores, curta cada detalhe dessas imagens. Eu curti e vou compartilha, rsrs

CURIOSIDADE:

→ O nosso cérebro tem a capacidade de armazenar, reconhecer e recordar cerca de 10.000 odores diferentes!
→ O nariz sente o cheiro mais facilmente quando temos 10 anos de idade. Talvez seja por isso que as
crianças notam os maus cheiros mais depressa que os adultos!…
→ O osso mais longo do corpo humano é o fémur que tem 48 cm. No entanto, é capaz de suportar 30 vezes o peso de um homem!
→ As pálpebras estão entre os músculos que mais utilizamos. Piscamos os olhos cerca de 10.000.000 de vezes por ano, ou seja, perto de 27.000 vezes por dia!
→ Um corpo humano adulto tem cerca de 100.000 km de vasos sanguíneos!
→ Devido à sua densidade, uma pessoa flutua mais facilmente na água salgada do que na água doce.
Como é muito salgado, um dos melhores lugares para flutuar é o Mar Morto.
→ Uma piscadela de olho dura, em média, um décimo de segundo.
→ Os Humanos são os únicos primatas que não têm pigmentação na palma das mãos.
→ Uma pessoa possui, em média, gordura corporal suficiente para fazer duas dúzias de sabonetes.
→ Existem 5 milhões de glóbulos vermelhos e 10 mil glóbulos brancos em cada gota de sangue.
→ As impressões digitais formam-se 6 a 8 semanas antes de o bebé nascer e nunca são iguais.
→ Se as doenças do coração, o cancro e a diabetes fossem erradicados, a expectativa de vida do homem seria de 99,2 anos.
→ O olho humano é capaz de distinguir 10.000.000 de diferentes tonalidades.











FONTE: http://olavosaldanha.wordpress.com/2007/10/06/atraves-do-corpo-humano/






quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nova espécie de sapo é encontrada em reserva natural no Paraná

Uma nova espécie de anfíbio anuro, como rãs e sapos, foi identificada na Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba, litoral norte do Paraná, região da Mata Atlântica que tem mais de 50 por cento de espécies endêmicas, mas é um dos maiores alvos de depredação do país.



A espécie Brachycephalus tridactylus, reconhecida oficialmente em junho de 2012 com a publicação de um artigo na revista científica internacional "Herpetologica", foi descoberta em 2007 durante uma pesquisa conduzida pelo biólogo Michel Garey e uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A característica mais evidente que diferenciou esta espécie é que possui apenas três dedos nas patas anteriores, por isso trydactilus (três dedos), diferente de outros do gênero Brachycephalus que apresentam quatro. Somente encontrado em topos de morros da Mata Atlântica, regiões mais úmidas e frias, a espécie tridactylus apresenta coloração alaranjada, com tons de cinza ou verde-oliva nas laterais do corpo e pontos verde oliva na região do ventre.
Garey, que atualmente faz pós-doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto, explica que as pesquisas em topos de montanhas e morros têm aumentado, o que cria oportunidades para a descoberta de novas espécies de anfíbios. Em 2011, aproximadamente 20 novas espécies de anfíbios foram descobertas no Brasil, de acordo com o pesquisador.
O professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Miguel Trefaut Rodrigues, afirma que novas espécies de anfíbios têm sido encontradas sistematicamente.

"A partir do advento das técnicas com acesso à base genética e fazendo comparações, a gente percebe que a diversidade que conhecíamos está muito subestimada", diz o docente. "Além disso, é importante para conhecer a história dos biomas brasileiros."
A dificuldade de acesso às áreas de pesquisa, porém, como por exemplo as regiões mais altas da reserva, que podem chegar a 930 metros acima do mar, e a falta de financiamento para custear as viagens podem comprometer o desenvolvimento de novos estudos.
"O Estado de São Paulo é uma exceção, porque tem muito dinheiro. Em outros lugares do país a realidade é outra, é mais difícil. Falta investimento em outros Estados", disse Garey. A pesquisa realizada na Reserva Natural Salto Morato foi financiada pela Fundação Grupo Boticário, que também mantém a Reserva Natural.

Destruição ambiental
Para o biólogo, a importância de listar mais uma espécie à vasta biodiversidade brasileira, ainda bastante desconhecida, é pautar medidas de conservação para preservar os habitats dos animais e dos biomas brasileiros.
"Toda nova espécie nos faz repensar medidas conservacionistas e também mostra que ainda tem muito a ser feito", explica. "Igual à mudança de um Código Florestal, que, com a proposta de mudança, podemos estar perdendo espécies que ainda não são conhecidas em muitas áreas do Brasil, que podem ter potencial farmacológico", acrescentando que é necessário ser cauteloso.
Segundo o professor Trefaut, muitas espécies não chegaram a ser conhecidas por causa da destruição ambiental e ainda "há muito por descrever" na floresta Atlântica, em que a maioria das espécies existe apenas nesta região.
"Somos completamente ignorantes, não conhecemos a nossa biodiversidade. Com a destruição da floresta Atlântica, entre 7 e 10 por cento da floresta permanece. Com essa alta diversidade, imagina o que a gente não perdeu?"
Para Trefaut, as poucas áreas de preservação que existem são pouco utilizadas e sem um planejamento para sanar a deficiência de conhecimento das áreas.
"O ideal seria que cada reserva tivesse um comitê científico, formado por pessoas capacitadas em cada um dos grupos, e tivesse um planejamento, mas isso não tem avançado, especialmente face à depredação que viemos sofrendo", afirmou.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-08-02/nova-especie-de-anfibio-e-encontrada-em-reserva-natural-no-parana.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Estudo diz que lula precisa de descanso após sexo duradouro

Molusco do sul da Austrália perde capacidade de nado após cópula.Fadiga muscular deixa lulas suscetíveis a ataques de predadores.

Cientistas analisaram o comportamento sexual das lulas e comprovaram que a espécie marinha precisa descansar seus músculos por, no mínimo, 30 minutos após uma relação sexual duradoura -- de ao menos três horas.
Segundo pesquisa feita por biólogos da Universidade de Melbourne, na Austrália, e divulgada na última edição da revista "Biology Letters" (publicada na última quarta-feira, 18), a fadiga que atinge o molusco pode ser prejudicial e ainda expor espécimes a predadores -- que levam vantagem na hora da caçada.
Os cientistas analisaram exemplares de lula da espécie Euprymna tasmanica, que vivem na costa sul Austrália e em partes da Tanzânia. Esses animais chegam a atingir até sete centímetros de comprimento.
Essa espécie consegue se acasalar por até três horas seguidas, após um ritual em que o macho agarra a fêmea e a prende para a cópula. Durante a relação, ambos os espécimes mudam de cor e podem até produzir uma nuvem de tinta escura, que ajuda o casal a fugir de predadores.

Imagem mostra cópula de lulas. Segundo cientistas, espécie tem cansaço muscular após relacionamento sexual duradouro. (Foto: Divulgação/Mark Norman/Universidade de Melbourne)

Mas e o cansaço?
Um casal de lulas australianas foi capturado pelos biólogos e colocado em um tanque, onde a fêmea e o macho foram obrigados a nadar contra a corrente, com a finalidade de testar sua resistência. Isto foi feito após uma relação sexual entre os exemplares.
Os pesquisadores comprovaram que após o acasalamento, tanto a lula macho, quanto a lula fêmea, precisaram de 30 minutos para recuperar sua capacidade de natação anterior. De acordo com o estudo, isto sugere que a lula sofre de fadiga muscular temporária.
De acordo com a pesquisa, este momento de fadiga pode prejudicar a espécie no momento de fugir de predadores, por exemplo, obrigando-a se esconder na areia para evitar ataques.

FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/07/lula-faz-sexo-por-3-horas-e-precisa-de-descanso-para-musculos-diz-estudo.html

Anfíbio com formato de cobra é descoberto no Rio Madeira, em RO

Animal raro foi encontrado por biológos em canteiro de obras de usina.Exemplares estão no Museu Emilio Goeldi, no Pará.


Atretochoana eiselti foi descoberta no Rio Madeira (Foto: Juliano Tupan/Divulgação)

O trabalho de um grupo de biólogos no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, resultou na descoberta de um anfíbio de formato parecido com uma cobra. Atretochoana eiselti é o nome científico do animal raro descoberto em Rondônia. Até então, só havia registro do anfíbio no Museu de História Natural de Viena e na Universidade de Brasília. Nenhum deles têm a descrição exata de localidade, apenas 'América do Sul'. A descoberta ocorreu em dezembro do ano passado, mas apenas agora foi divulgada.
O biólogo Juliano Tupan, analista socioambiental da Santo Antônio Energia, concessionária da usina hidrelétrica, conta que foram encontrados seis exemplares do anfíbio, que ficou conhecido como cobra mole, durante o processo de secagem de um trecho do leito do rio. Os animais estavam no fundo do Rio Madeira entre pedras que compunham as corredeiras de Santo Antonio, no leito original do rio.
“A Amazônia é uma caixa de surpresa em se tratando de anfíbios e répteis. Ainda há muita coisa para ser descoberta”, afirma o biólogo.

Anfíbio é chamado de cobra mole
(Foto: Juliano Tupan/Divulgação)

Segundo Tupan, o ponto mais importante dessa descoberta é que agora se tem a noção de onde a Atretochoana eiselti pode ser encontrada. “Provavelmente em todo o Rio Madeira até a região da Bolívia”, diz.
Os primeiros exemplares do anfíbio foram encontrados pela equipe de Juliano Tupan em dezembro do ano passado. Em janeiro passado ele encontrou mais dois exemplares, mas morreram.
Juliano explica que a divulgação da descoberta foi feita somente agora porque estava em processo de validação e catalogação científica.
“Resgatar um animal tão raro como este foi uma sensação fora do comum. Procurei referências bibliográficas, entrei em contato com outros pesquisadores e vimos que se tratava de Atretochoana eiselti”, lembra Juliano Tupan.
Parente de sapos e pererecas

O formato cilíndrico do corpo do anfíbio faz logo pensar que se trata de uma cobra meio esquisita. Mas Juliano explica que a Atretochoana eiselti não tem parentesco algum com répteis. “Esse anfíbio é parente próximo de salamandras, rãs, pererecas e sapos. Apenas se parece com uma serpente, mas não é”, afirma o biólogo.
Dois exemplares da Atretochoana eiselti descobertos no Rio Madeira estão no Museu Emilio Goeldi, em Belém, PA.
Juliano conta que cerca de dois meses após a descoberta no Rio Madeira um grupo de pescadores do Pará encontrou um exemplar na foz do Rio Amazonas, na região de Belém, PA

Anfíbio estava no fundo do Rio Madeira (Foto: Juliano Tupan/Divulgação)


FONTE: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2012/07/anfibio-com-formato-de-cobra-e-descoberto-no-rio-madeira-em-ro.html