quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cientistas encontram embriões de dinossauros na China

Fósseis dos ovos datam de 190 milhões de anos atrás.
Descoberta pode ajudar a compreender desenvolvimento do animal.


Embrião de dinossauro encontrado na China, visto com um filtro que deixa a imagem com tons de roxo
 (Foto: AP Photo/Universidade de Toronto, A. LeBlanc)


   Cientistas descobriram na China o fóssil do embrião de um dinossauros que data de 190 milhões de anos atrás. O achado pode ajudar a explicar como era a fase inicial do desenvolvimento dos animais, ainda dentro do ovo, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (10).  O achado é "extraordinariamente raro nos registros paleontológicos e é valioso tanto por sua antiguidade como pela oportunidade que oferece de estudar a embriologia dos dinossauros", disse o paleontólogo canadense Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga, em comunicado de imprensa da universidade australiana James Cook.
  A equipe dirigida por Reisz, que era formada por cientistas da Alemanha, Austrália, China e Taiwan, realizou escavações na província de Yunnan e analisou mais de 200 ossos de exemplares de dinossauros em diferentes períodos de desenvolvimento embrionário, assim como a geologia da jazida.
"Trata-se da primeira vez em que podemos seguir o crescimento dos embriões de dinossauro à medida em que se desenvolvem. Nosso descobrimento terá um forte impacto no entendimento da biologia desses animais", assinalou Reisz.
  A maioria dos embriões de dinossauros estudados até o momento pertecem ao Cretáceo, período que se desenvolveu entre 145,5 milhões e 65,5 milhões de anos atrás, aproximadamente. Por isso, o descobrimento na jazida situada próxima da cidade de Lufeng, no sudoeste da China, representa uma grande novidade dado o grau de antiguidade.
  Os ovos, que estão entre os mais antigos já encontrados, são muito pequenos, mas se encontram em excelentes condições. Eles correspondem a 20 exemplares embrionários da espécie Lufengosaurus (que significa "réptil de Lufeng"), que foi o dinossauro mais comum na região durante a primeira etapa do período Jurássico.
  O cientista australiano Eric Roberts, da Universidade James Cook, explicou que seu estudo se centrou em analisar partes dos ossos e rochas que continham os restos ósseos na busca de chaves vinculadas a sua preservação e entender o ambiente, a idade e a causa da morte.
 "Desse modo pudemos compreender que o leito ósseo se formou por uma inundação baixa e lenta de uma colônia de ninhos", ressaltou Roberts.
   Assim, os cientistas acharam diversos ossos desarticulados pertencentes a diferentes ninhos e em diferentes períodos embrionárias, o que permitiu à equipe de cientistas internacionais estudar os patrões de crescimento.
   Os especialistas dirigidos por Reisz se concentraram na análise do maior osso embrionário, o fêmur, e comprovaram que a taxa de crescimento se duplicou em tamanho de 12 a 24 milímetros enquanto o dinossauro se desenvolvia dentro do ovo.
   A análise da anatomia e a estrutura interna também revelou que os músculos tiveram um papel importante na forma do fêmur em desenvolvimento e que os dinossauros, como as aves modernas, podiam se movimentar dentro do ovo.
   Os especialistas também acharam evidências de fibras de colágeno no fêmur, uma proteína característica dos ossos, e que o chamado "réptil de Lufeng", de pescoço longo e que chegou a medir uns 8 metros, também tinha um período de incubação muito curto.

FONTE:G1

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Moscas alimentam larvas com álcool para proteger de parasita, diz estudo

Substância é tóxica para espécies de vespas que atacam moscas.Pesquisa foi publicada pela prestigiada revista 'Science'.


   Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (21) pela prestigiada revista “Science” mostra que as moscas depositam suas larvas em locais ricos em álcool como uma forma de proteger suas crias contra um parasita.
   Existem espécies de vespas que atuam como um parasita perigoso para as moscas. A vespa fêmea coloca seus ovos dentro da larva da mosca. Quando crescem, essas larvas de vespa que estão dentro da mosca se alimentam dela. A mosca morre e as vespas se desenvolvem normalmente

Larvas de moscas em solução com e sem álcool, respectivamente à esquerda e à direita
(Foto: Todd Schlenke/AAAS/Divulgação)

   Quando as larvas de moscas têm uma alimentação rica em álcool, elas ficam protegidas dessa ameaça, porque a substância é tóxica para as vespas. As moscas, por outro lado, têm uma alta resistência ao álcool.   As moscas usadas no estudo foram as moscas-da-fruta. Como o próprio nome diz, elas se alimentam de frutas. Muitas vezes, essas frutas já estão em processo de decomposição e fermentam, o que as torna ricas em álcool.
   A equipe de Balint Kacsoh, da Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, mostrou que, em condições normais, a mosca prefere depositar as larvas em um local que forneça alimentos sem álcool, mas que isso muda em função da ameaça das vespas.
   Mesmo se houver uma vespa macho ou uma vespa não parasita por perto, a mosca escolhe os alimentos sem álcool. Para os especialistas, isso é uma evidência de que as moscas são capazes de distinguir diferentes tipos de vespas para saber quando há ou não uma ameaça para sua cria.
   Anteriormente, a mesma equipe já havia mostrado em outros estudos científicos que, uma vez infectadas, as moscas consomem quantidades exageradas como uma tentativa de matar o parasita.

FONTE: G1

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Asteroide vai passar a 27 mil quilômetros de distância da Terra nesta sexta

Corpo celeste do tamanho aproximado de uma piscina olímpica vai passar por área onde orbitam satélites e a Estação Espacial Internacional, mas não representa risco

Ilustração mostra aproximação do asteroide 2012 DA14 com a Terra

   Astrônomos de todo o mundo estarão atentos amanhã (15) à passagem do 2012 DA14, que às 17h30 poderá ser observado a apenas 27,7 mil quilômetros da crosta terrestre. Isso equivale a menos de um décimo dos 384 mil quilômetros que separam a Terra da Lua. A distância mínima será atingida quando o corpo celeste, de 130 mil toneladas, estiver na direção do Oceano Índico, perto da Ilha de Sumatra, na Indonésia, e será possível vê-lo com ajuda de instrumentos em partes da Ásia, Oceania, Europa e África.
   O visitante celestial, chamado 2012 DA14, foi descoberto no ano passado por um grupo de astrônomos amadores da Espanha. Com tamanho aproximado de uma piscina olímpica, com 46 metros de diâmetro, esta será a maior aproximação de um asteroide deste porte desde que cientistas começaram a monitorar rotineiramente os asteroides, 15 anos atrás.
   Astrônomos afirmam que não há chance de o asteroide colidir com a Terra, mas caso isto acontecesse, liberaria cerca de 2,5 megatoneladas de energia na atmosfera. “Seria algo comparável ao impacto causado por outro objeto em Tuguska na Sibéria em 1908”, disse Donald Yeomans administrador do Programa de Objetos Próximos a Terra, da Nasa. O choque na Sibéria resultou em grande devastação em uma área de 1.200 quilômetros quadrados.
   Por passar tão perto da Terra, no entanto, o 2012 DA14 entrará no Anel Geoestacionário, área em que orbitam os satélites e a Estação Espacial Internacional, que também não devem ser atingidos pelo asteroide. De acordo com Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, a passagem não causará interferência nos meios de comunicação, pois o corpo celeste é uma rocha pequena que não emite qualquer tipo de radiação. Entretanto, as gravidades da Terra e da Lua mudarão a órbita do asteroide, que reduzirá sua translação (órbita em torno do Sol) de aproximadamente 366 dias para menos de 320, o que deixará os encontros com o planeta mais raros.
  O asteroide pode ter US$ 195 bilhões em metais e propulsores, afirmou a Deep Space Industries (DSI), empresa que pretende perfurar asteroides. Porém, a empresa afirma que a perfuração só seria possível caso ele estivesse em uma órbita diferente. Como a trajetória do asteroide 2012 DA14 é inclinada em relação à Terra, isto exigiria muita energia para persegui-lo e conseguir minerá-lo. 
  O envio de combustível, água e materiais de construção acima da órbita da Terra custa pelo menos 10 milhões dólares por tonelada, mesmo usando novos veículos de menor custo de lançamento.
"Conseguir esses suprimentos para usar em satélites de comunicações e missões presidente da DSI. "Embora o visitante desta semana não esteja indo no caminho certo para que possamos colher metais, haverá outros que são, e nós queremos estar prontos quando eles chegarem", disse Rick Tumlinson, presidente da DSI.
   Para os cientistas, o DA14 representa uma oportunidade rara, ainda que breve, para estudar um asteroide de perto. Além de tentar determinar quais minerais ele contém, o que teria um potencial interesse comercial além de científico, os astrônomos querem aprender mais sobre o ritmo de rotação do asteroide. A informação será útil para prever futuras visitas do DA14, e também para ajudar os engenheiros a desenvolver técnicas para neutralizar asteroides mais ameaçadores.
(Com informações da Agência Brasil e Reuters)

FONTE: G1

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cientistas canadenses descobrem bactéria que 'produz' ouro

'Delftia acidovorans' é novo micro-organismo a apresentar esta função.Bactéria transforma partículas do metal em estruturas similares a pepitas.

   Cientistas da Universidade mcMaster de Hamilton, em Ontário, no Canadá, descobriram uma nova bactéria capaz de "produzir" ouro a partir de partículas minúsculas do metal e criar estruturas sólidas complexas similares a pepitas, informaram agências internacionais nesta segunda-feira (4).
    O estudo, publicado no domingo (3) na revista "Nature Chemical Biology", afirma que a bactéria Delftia acidovorans solidifica o ouro solúvel em seu exterior, quando presente em uma solução em que haja partículas do metal. O micro-organismo não metaboliza o ouro, mas o transforma em "pepita", com uma forma não-tóxica.

A bactéria 'Delftia acidovorans' (Foto: Divulgação/ Ecobiomaterial Research
 Lab/Universiti Sains Malaysia)

  A bactéria secreta uma molécula, denominada "delftibactina", capaz de fazer precipitar os íons do ouro em suspensão na água para criar estruturas sólidas, similares àquelas presentes em pepitas de ouro, demonstrou o pesquisador Nathan Magarvey, um dos autores do estudo.   O processo ocorre em apenas alguns segundos, em temperatura ambiente e em condições de acidez neutra. A "delftibactina", segundo os cientistas, supera em laboratório os produtos atualmente usados na indústria para produzir nanopartículas de ouro.
   A Delftia acidovorans é encontrada coabitando pepitas de ouro ao lado de outra bactéria que já era conhecida o ano passado por "produzir" o metal: a Cupriavidus metallidurans. Este micro-organismo acumula partículas ínfimas de ouro no seu interior para se proteger dos íons solúveis do ouro.
  Como os íons solúveis do ouro são tóxicos para a maioria dos micro-organismos, é comum encontrar membranas bacterianas na superfície de pepitas de ouro. E as bactérias parecem desempenhar importante papel no acúmulo e no depósito do ouro na origem destas pepitas.
   Se os micro-organismos precisam de certos metais para se desenvolver, como o ferro por exemplo, outros em geral são fatais para eles, como o ouro, mas também a prata, por exemplo, que por esta razão são cada vez mais utilizados por suas propriedades bactericidas.

FONTE: G1

domingo, 20 de janeiro de 2013

Cientistas flagram 'alquimia' de bactéria da hanseníase

Equipe conseguiu captar, pela primeira vez, microrganismo transformando neurônios em células-tronco. Técnica pode agilizar pesquisa em medicina regenerativa

   Pela primeira vez, um grupo de pesquisadores britânicos flagrou o momento em que uma bactéria infecciosa dá início à uma espécie de "alquimia biológica", transformando parte do corpo do organismo hospedeiro em outra parte que atenda melhor suas necessidades.
   O estudo, publicado na revista científica Cell e liderado por uma equipe de cientistas de Edimburgo, na Escócia, mostrou uma bactéria causadora de hanseníase transformando neurônios em células-tronco e musculares.
   Os autores dizem que a técnica "inteligente e sofisticada" pode agilizar a pesquisa sobre terapias e células-tronco. 

Os especialistas descreveram a descoberta como "surpreendente".

    Cientistas já tinham conseguido realizar uma "alquimia biológica" em laboratório antes, transformando células da pele em células-tronco, que têm o poder de se transformar em qualquer outra parte do corpo, como células do coração ou cérebro.
    Um dos pesquisadores, o professor Anura Rambukkana, disse: "As células do nosso corpo podem ser manipuladas. Por que as bactérias não se aproveitariam disso?"

Mestres da manipulação

   Para conduzir o experimento, os cientistas usaram camundongos que tiveram neurônios infectados com a bactéria da hanseníase.   Após algumas semanas, a bactéria começou a transformar os nervos de acordo com a sua própria conveniência. A composição das células mudou e elas se tornaram células-tronco.
   Mas, ao contrário dos neurônios, que são estáticos, essas células cresceram e se espalharam pelo corpo.
    "Trata-se de uma célula-tronco que é gerada pelo tecido do próprio corpo para que o sistema imunológico não a reconheça e ela pode ser usada sem ser atacada", disse Rambukkana.
    Esse tipo de célula também pode se alojar dentro dos músculos e se transformar em células musculares.
   "No momento em que vimos isso acontecer, achamos algo bem surpreendente", acrescentou o pesquisador.
   "É a primeira vez que constatamos ao vivo uma bactéria infecciosa criando células-tronco."

Alquimia

    Rambukkana espera que as descobertas possam aumentar o conhecimento sobre a hanseníase e leve a novos caminhos de desenvolvimento de células-tronco - que se tornaram a "menina dos olhos" da medicina por seu potencial de se transformar em outras células e, assim, ajudar no tratamento de várias doenças.   O pesquisador também acredita que é "provável" que outras espécies de bactéria possam ter a mesma habilidade de reprogramar o seu hospedeiro.
   Segundo o professor Chris Mason, especialista em pesquisa de células-tronco na Universidade College London, no Reino Unido, "a habilidade da bactéria de converter um tipo de célula de um mamífero em outra é "uma verdadeira alquimia" da natureza, só que em grande escala".
   "Embora essa descoberta surpreendente tenha sido baseada em um experimento com um rato, ela destaca a extraordinária complexidade das interações entre mamíferos e bactérias bem como a engenhosidade dos cientistas para descobrir mecanismos da doença que, uma década atrás, teria sido algo restrito à ficção científica", disse Mason.
   "O próximo passo essencial é traduzir essa parte valiosa de conhecimento em benefícios tangíveis para os pacientes. Mas esse processo pode levar uma década antes de sua relevância para a medicina clínica ser totalmente compreendida", acrescentou.
   Para Rob Buckle, diretor de medicina regenerativa do Medical Research Council, "essa descoberta é importante não só para a nossa compreensão e tratamento da doença bacteriana, mas para a medicina regenerativa, que vem evoluindo rapidamente nos últimos anos."

FONTE: IG

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estudo australiano revela proteína que inibe vírus da aids

Terapia evita que o vírus HIV se reproduza, mas não o mata. Caso a pesquisa tenha êxito, pacientes ainda terão o vírus, mas ele não desencadeará a doença


Se comprovada, a terapia genética Nullbasic pode causar uma interrupção indefinida da
escalada do HIV para a aids(Chris Hondros/AFP)

   Todas as pesquisas atuais que buscam a cura da aids tentam eliminar totalmente o vírus do organismo das pessoas infectadas. Nesta quarta-feira, o cientista australiano David Harrich, do Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália, anunciou um potencial medicamento que vai na contramão desses estudos: ele mantém o vírus latente, mas sem capacidade de se reproduzir. 
  Harrich conseguiu modificar uma proteína que o vírus HIV usa para se replicar para que ela produza justamente o efeito contrário, inibindo o crescimento do vírus. A proteína modificada, que ele batizou de Nullbasic, demonstrou ter uma habilidade "notável" para conter o crescimento do HIV em laboratório e pode ter implicações animadoras tanto em conter a aids quanto em tratar os infectados com HIV.
  "Eu nunca vi nada igual. A proteína modificada funciona sempre", comemorou. "Se este estudo se mantiver firme em seu caminho, tendo em mente de que há muitos obstáculos a superar, estamos olhando para a cura da Aids", afirmou. O estudo foi publicado na última edição do periódico Human Gene Therapy.
   Mas quando se fala de uma potencial cura, é preciso deixar claro que não se trata da cura esterilizante, que significa a eliminação total do vírus do organismo.
  "O vírus poderia infectar uma célula, mas não se disseminaria", disse Harrich. "O indivíduo ainda estaria infectado com HIV — não se trata de uma cura para o vírus —, mas o vírus permaneceria latente, não despertaria, portanto o paciente não desenvolveria a aids", acrescentou. "Com um tratamento como este, seria possível manter saudável o sistema imunológico", emendou.
   Uma pessoa com HIV desenvolve a aids quando sua contagem de células de defesa CD4 cai abaixo de 200 por microlitro de sangue ou desenvolve algumas das chamadas doenças definidoras da aids, quaisquer uma das 22 infecções oportunistas ou cânceres vinculados ao HIV.
   Sem tratamento, a maioria das pessoas infectadas pode não desenvolver a aids por 10 a 15 anos ou até mais, segundo a ONU. Mas o uso de medicamentos antirretrovirais pode prolongar sua vida ainda mais.
   Se for comprovada, a terapia genética Nullbasic pode causar uma interrupção indefinida da escalada do HIV para Aids, pondo um fim à letalidade da doença.
   Além disso, segundo Harrich, o potencial de uma única proteína ser tão eficaz para combater a doença representaria o fim de onerosas terapias com múltiplos medicamentos, o que significaria uma qualidade de vida melhor e custos menores para as pessoas e os governos.
   Testes da proteína em animais estão previstos para começar este ano, mas ainda deve levar alguns anos para que se desenvolva um tratamento a partir dela.
   Segundo os números mais recentes das Nações Unidas, o número de pessoas infectadas com HIV em todo o mundo subiu de 33,5 milhões em 2010 para 34 milhões em 2011.
   A grande maioria dos infectados, 23,5 milhões de pessoas, vive na África subsaariana e outros 4,2 milhões no Sul e Sudeste asiáticos.
 Fonte: VEJA

sábado, 5 de janeiro de 2013

O terrivel Eunice aphroditois


Muitas das criaturas mais assustadoras do mundo vivem no fundo do mar, das mais famosas como baleias e tubarões até as menos conhecidas, mas igualmente terríveis, como o verme Bobbit.Cientificamente nomeado Eunice aphroditois, e também chamado de verme gigante de corais, passa a maior parte do tempo enterrada sob a areia do fundo do mar, com apenas uma parte de seu corpo para fora, onde ele tem cinco antenas para detectar suas presas, geralmente vermes menores e peixes.Para pegar o alimento escolhido, ele usa um aparelho digestivo complexo, que pode girar de dentro para fora como os dedos de uma luva, com mandíbulas afiadas na extremidade, que se fecham rapidamente como uma tesoura.


Presas infelizes são por vezes cortadas em duas por causa da velocidade e força dos ataques do verme Bobbit. Humanos podem levar picadas desagradáveis se estiverem por perto.Quando uma presa é capturada, o verme volta para a sua toca para se alimentar. Na falta de seus alimentos preferidos, ele também come algas e outras plantas marinhas ao redor da superfície de sua toca.Desde o século 19, biólogos marinhos consideram o E. aphroditois um dos maiores poliquetas – uma classe de vermes segmentados, principalmente marinhos.
O Bobbit tem em média um metro de comprimento, mas exemplares de três metros já foram descobertos.Hiro’omi Uchida, diretor-assistente do Parque Marinho Kushimoto no Japão, descreveu um verme desses encontrado escondido em uma embarcação em 2009. “Não se sabe quando o espécime entrou pela primeira vez no barco, parado naquele porto há 13 anos”, disse.Com 2,77 metros, cerca de 450 gramas e com 673 segmentos, o verme foi um dos maiores exemplares de E. aphroditois já encontrados.