domingo, 20 de janeiro de 2013

Cientistas flagram 'alquimia' de bactéria da hanseníase

Equipe conseguiu captar, pela primeira vez, microrganismo transformando neurônios em células-tronco. Técnica pode agilizar pesquisa em medicina regenerativa

   Pela primeira vez, um grupo de pesquisadores britânicos flagrou o momento em que uma bactéria infecciosa dá início à uma espécie de "alquimia biológica", transformando parte do corpo do organismo hospedeiro em outra parte que atenda melhor suas necessidades.
   O estudo, publicado na revista científica Cell e liderado por uma equipe de cientistas de Edimburgo, na Escócia, mostrou uma bactéria causadora de hanseníase transformando neurônios em células-tronco e musculares.
   Os autores dizem que a técnica "inteligente e sofisticada" pode agilizar a pesquisa sobre terapias e células-tronco. 

Os especialistas descreveram a descoberta como "surpreendente".

    Cientistas já tinham conseguido realizar uma "alquimia biológica" em laboratório antes, transformando células da pele em células-tronco, que têm o poder de se transformar em qualquer outra parte do corpo, como células do coração ou cérebro.
    Um dos pesquisadores, o professor Anura Rambukkana, disse: "As células do nosso corpo podem ser manipuladas. Por que as bactérias não se aproveitariam disso?"

Mestres da manipulação

   Para conduzir o experimento, os cientistas usaram camundongos que tiveram neurônios infectados com a bactéria da hanseníase.   Após algumas semanas, a bactéria começou a transformar os nervos de acordo com a sua própria conveniência. A composição das células mudou e elas se tornaram células-tronco.
   Mas, ao contrário dos neurônios, que são estáticos, essas células cresceram e se espalharam pelo corpo.
    "Trata-se de uma célula-tronco que é gerada pelo tecido do próprio corpo para que o sistema imunológico não a reconheça e ela pode ser usada sem ser atacada", disse Rambukkana.
    Esse tipo de célula também pode se alojar dentro dos músculos e se transformar em células musculares.
   "No momento em que vimos isso acontecer, achamos algo bem surpreendente", acrescentou o pesquisador.
   "É a primeira vez que constatamos ao vivo uma bactéria infecciosa criando células-tronco."

Alquimia

    Rambukkana espera que as descobertas possam aumentar o conhecimento sobre a hanseníase e leve a novos caminhos de desenvolvimento de células-tronco - que se tornaram a "menina dos olhos" da medicina por seu potencial de se transformar em outras células e, assim, ajudar no tratamento de várias doenças.   O pesquisador também acredita que é "provável" que outras espécies de bactéria possam ter a mesma habilidade de reprogramar o seu hospedeiro.
   Segundo o professor Chris Mason, especialista em pesquisa de células-tronco na Universidade College London, no Reino Unido, "a habilidade da bactéria de converter um tipo de célula de um mamífero em outra é "uma verdadeira alquimia" da natureza, só que em grande escala".
   "Embora essa descoberta surpreendente tenha sido baseada em um experimento com um rato, ela destaca a extraordinária complexidade das interações entre mamíferos e bactérias bem como a engenhosidade dos cientistas para descobrir mecanismos da doença que, uma década atrás, teria sido algo restrito à ficção científica", disse Mason.
   "O próximo passo essencial é traduzir essa parte valiosa de conhecimento em benefícios tangíveis para os pacientes. Mas esse processo pode levar uma década antes de sua relevância para a medicina clínica ser totalmente compreendida", acrescentou.
   Para Rob Buckle, diretor de medicina regenerativa do Medical Research Council, "essa descoberta é importante não só para a nossa compreensão e tratamento da doença bacteriana, mas para a medicina regenerativa, que vem evoluindo rapidamente nos últimos anos."

FONTE: IG

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estudo australiano revela proteína que inibe vírus da aids

Terapia evita que o vírus HIV se reproduza, mas não o mata. Caso a pesquisa tenha êxito, pacientes ainda terão o vírus, mas ele não desencadeará a doença


Se comprovada, a terapia genética Nullbasic pode causar uma interrupção indefinida da
escalada do HIV para a aids(Chris Hondros/AFP)

   Todas as pesquisas atuais que buscam a cura da aids tentam eliminar totalmente o vírus do organismo das pessoas infectadas. Nesta quarta-feira, o cientista australiano David Harrich, do Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália, anunciou um potencial medicamento que vai na contramão desses estudos: ele mantém o vírus latente, mas sem capacidade de se reproduzir. 
  Harrich conseguiu modificar uma proteína que o vírus HIV usa para se replicar para que ela produza justamente o efeito contrário, inibindo o crescimento do vírus. A proteína modificada, que ele batizou de Nullbasic, demonstrou ter uma habilidade "notável" para conter o crescimento do HIV em laboratório e pode ter implicações animadoras tanto em conter a aids quanto em tratar os infectados com HIV.
  "Eu nunca vi nada igual. A proteína modificada funciona sempre", comemorou. "Se este estudo se mantiver firme em seu caminho, tendo em mente de que há muitos obstáculos a superar, estamos olhando para a cura da Aids", afirmou. O estudo foi publicado na última edição do periódico Human Gene Therapy.
   Mas quando se fala de uma potencial cura, é preciso deixar claro que não se trata da cura esterilizante, que significa a eliminação total do vírus do organismo.
  "O vírus poderia infectar uma célula, mas não se disseminaria", disse Harrich. "O indivíduo ainda estaria infectado com HIV — não se trata de uma cura para o vírus —, mas o vírus permaneceria latente, não despertaria, portanto o paciente não desenvolveria a aids", acrescentou. "Com um tratamento como este, seria possível manter saudável o sistema imunológico", emendou.
   Uma pessoa com HIV desenvolve a aids quando sua contagem de células de defesa CD4 cai abaixo de 200 por microlitro de sangue ou desenvolve algumas das chamadas doenças definidoras da aids, quaisquer uma das 22 infecções oportunistas ou cânceres vinculados ao HIV.
   Sem tratamento, a maioria das pessoas infectadas pode não desenvolver a aids por 10 a 15 anos ou até mais, segundo a ONU. Mas o uso de medicamentos antirretrovirais pode prolongar sua vida ainda mais.
   Se for comprovada, a terapia genética Nullbasic pode causar uma interrupção indefinida da escalada do HIV para Aids, pondo um fim à letalidade da doença.
   Além disso, segundo Harrich, o potencial de uma única proteína ser tão eficaz para combater a doença representaria o fim de onerosas terapias com múltiplos medicamentos, o que significaria uma qualidade de vida melhor e custos menores para as pessoas e os governos.
   Testes da proteína em animais estão previstos para começar este ano, mas ainda deve levar alguns anos para que se desenvolva um tratamento a partir dela.
   Segundo os números mais recentes das Nações Unidas, o número de pessoas infectadas com HIV em todo o mundo subiu de 33,5 milhões em 2010 para 34 milhões em 2011.
   A grande maioria dos infectados, 23,5 milhões de pessoas, vive na África subsaariana e outros 4,2 milhões no Sul e Sudeste asiáticos.
 Fonte: VEJA

sábado, 5 de janeiro de 2013

O terrivel Eunice aphroditois


Muitas das criaturas mais assustadoras do mundo vivem no fundo do mar, das mais famosas como baleias e tubarões até as menos conhecidas, mas igualmente terríveis, como o verme Bobbit.Cientificamente nomeado Eunice aphroditois, e também chamado de verme gigante de corais, passa a maior parte do tempo enterrada sob a areia do fundo do mar, com apenas uma parte de seu corpo para fora, onde ele tem cinco antenas para detectar suas presas, geralmente vermes menores e peixes.Para pegar o alimento escolhido, ele usa um aparelho digestivo complexo, que pode girar de dentro para fora como os dedos de uma luva, com mandíbulas afiadas na extremidade, que se fecham rapidamente como uma tesoura.


Presas infelizes são por vezes cortadas em duas por causa da velocidade e força dos ataques do verme Bobbit. Humanos podem levar picadas desagradáveis se estiverem por perto.Quando uma presa é capturada, o verme volta para a sua toca para se alimentar. Na falta de seus alimentos preferidos, ele também come algas e outras plantas marinhas ao redor da superfície de sua toca.Desde o século 19, biólogos marinhos consideram o E. aphroditois um dos maiores poliquetas – uma classe de vermes segmentados, principalmente marinhos.
O Bobbit tem em média um metro de comprimento, mas exemplares de três metros já foram descobertos.Hiro’omi Uchida, diretor-assistente do Parque Marinho Kushimoto no Japão, descreveu um verme desses encontrado escondido em uma embarcação em 2009. “Não se sabe quando o espécime entrou pela primeira vez no barco, parado naquele porto há 13 anos”, disse.Com 2,77 metros, cerca de 450 gramas e com 673 segmentos, o verme foi um dos maiores exemplares de E. aphroditois já encontrados.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Bebê golfinho nasce por técnica de seleção de sexo em parque dos EUA

Fêmea da espécie nariz-de-garrafa nasceu este mês com 16 kg e 1 metro.Método permite controlar diversidade genética e evitar extinção de animais.

   Um golfinho nasceu este mês no parque americano Discovery Cove, em Orlando, na Flórida, por meio de uma técnica chamada "sperm-sexing", que separa os cromossomos (X e Y) que definem o sexo do bebê e, portanto, é capaz de escolher se ele será macho ou fêmea.
   O animal é uma fêmea da espécie nariz-de-garrafa que chegou ao mundo no início de dezembro, pesando 16 kg e medindo 1 metro de comprimento.
(Correção: O texto havia informado anteriormente que o filhote media 3,5 metros de comprimento. A informação foi dada pela assessoria do parque SeaWorld e corrigida às 15h08)

Bebê golfinho brinca com a mãe em parque da Flórida, sudeste dos EUA (Foto: Discovery Cove/Divulgação)

   Segundo cientistas do Centro de Pesquisa Reprodutiva dos parques Busch Gardens e SeaWorld – ao qual pertence o Discovery Cove –, o método permite controlar a diversidade genética e evitar a extinção de várias espécies marinhas.
   O novo filhote é o 15º do mundo concebido por esse processo de pré-seleção de sexo e inseminação artificial. Entre os golfinhos nativos do Discovery Cove, inaugurado em 2000, ele é o 25º a nascer.
   No parque, os visitantes também podem nadar com os animais, praticar snorkel com arraias e peixes tropicais, e alimentar pássaros exóticos.

FONTE:G1

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Crânios deformados são achados em cemitério de mil anos no México


Sítio arqueológico fica no norte do país, segundo instituto.Cientista diz que deformação intencional pode ter matado indígenas.

Crânio deformado de uma das ossadas. (Foto: INAH/Divulgação)
  Um cemitério de cerca de mil anos de idade foi encontrado perto do povoado de Onavas, no norte do México, segundo informações do Instituto Nacional de Antropologia e História do país divulgadas na última semana. Ali estavam enterradas 25 pessoas, 13 delas com deformações cranianas.
  Cinco dos corpos também tinham mutilações dentárias. Este tipo de intervenção nunca tinha sido encontrada nessa região mexicana. Apenas um dos esqueletos recuperados era de mulher.
  Os arqueólogos responsáveis pelo achado destacaram que o sítio tem características únicas por misturar elementos de diferentes culturas do norte do país. Cristina Garcia, da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, responsável pela exploração do sítio, explicou que a deformação de crânios era uma prática dos povos mesoamericanos para diferenciar determinados grupos de pessoas na sociedade.
  Dos 25 corpos analisados, 17 eram de menores de idade – entre 5 meses e 16 anos. Oito são de adultos. Cristina Garcia afirmou que o fato de haver crianças pode ser um sinal de que elas morreram justamente por causa da prática de deformação craniana, que teria apertado demais sua cabeça. Esta dedução poderia ser feita, segundo a pesquisadora, porque a análise feita pelos arqueólogos não encontrou outro motivo, como alguma doença, para que tivessem morrido.
Ao todo, foram encontrados 25 esqueletos. (Foto: INAH/Divulgação)

FONTE: G1

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cientistas reprogramam células de urina para gerar neurônios

   Cientistas chineses afirmam ter conseguido reprogramar células de urina humana em células cerebrais (progenitoras neurais), em uma pesquisa que pode contribuir para futuros avanços no tratamento de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson.    A pesquisa, publicada na mais recente edição do periódico Nature Methods, afirma que células de urina foram isoladas de três doadores, de 37, 10 e 22 anos, e reprogramadas para gerar células progenitoras neurais (NPCs), que são precursoras das células cerebrais. Estas NPCs, por sua vez, foram capazes de se subdividir e "gerar com eficiência neurônios funcionais" distintos in vitro.

Imagem mostra células cerebrais provenientes de células da urina humana

   Os mesmos cientistas haviam identificado no ano passado que a urina humana contém células do rim "que podem ser reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)". Agora, dizem ter avançado neste método. 
   "Ainda faltam análises, mas reportamos que as células sobrevivem e se dividem quando transplantadas ao cérebro de um rato recém-nascido", diz o estudo, liderado por Duanquing Pei, da Academia Chinesa de Ciências. Células progenitoras neurais são potenciais fontes de neurônios para pesquisa, com a vantagem de se dividirem e, por conta disso, poderem ser "expandidas" em laboratório antes que sejam divididas em neurônios. 

Pesquisa e teste de medicamentos 
   "Há um grande interesse em gerar progenitoras neurais de indivíduos com doenças degenerativas", diz comunicado da Nature Methods. "E como as células a serem reprogramadas são derivadas de (processos) não-invasivos, da urina de doadores, os autores da pesquisa propõem que o procedimento deve ser praticável para gerar progenitoras neurais específicas para determinadas doenças", acrescenta a publicação.
   "Neurônios derivados dessas células podem ser úteis para pesquisas em males neurodegenerativos e para o teste de novos medicamentos", conclui o comunicado. A pesquisa de Duanquing Pei lembra que ainda não há medicamentos eficientes para combater diversas doenças neurológicas. Há importantes avanços no campo de células-tronco, mas o método é alvo de questionamentos por alas mais conservadoras porque as células são obtidas de embriões humanos. Além disso, existe o risco de rejeição do sistema imunológico. A vantagem da pesquisa chinesa é evitar esses dilemas.
   Além disso, reportagem da revista Nature aponta que o estudo pode ajudar pesquisadores a produzir mais rapidamente células específicas para cada paciente, em número maior. "Progenitoras neurais proliferam em cultura, então os pesquisadores podem produzir diversas células para seus experimentos", diz a reportagem. Um geneticista consultado pela revista afirma que outra vantagem de obter células dessa forma é que a urina pode ser coletada de quase qualquer paciente.

    quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

    A Arte da Arborsculpture


    Você tem um polegar verde? Então talvez arborsculpture seja para você. Pode não ser uma palavra que seja familiar - ele ainda não aparece em nenhum dicionário, mas é uma combinação de arte e jardinagem que está crescendo rapidamente em popularidade .

    Arborsculpture é a arte de crescer e moldar os ramos de árvores e plantas lenhosas (outros), em que as formas não pretendidos na natureza, ou mesmo no jardim. Uma combinação de poda, enxertia e flexão, que é usada para fazer as plantas vivas em que algo útil ou ornamental. Os resultados podem ser bastante impressionante.


    Você poderia até mesmo acabar com mobiliário de estar, se você deu o tempo! Arborsculpture é para a tenaz e paciente. É preciso uma quantidade significativa de tempo para ver os frutos do seu trabalho e não pode haver uma garantia de cem por cento que o trabalho final será como pretendido - a natureza, às vezes, tem seu caminho apesar de nós !


    Plantas têm a capacidade de ser unidas através de enxertia e arborsculpture depende muito isto. plantas lenhosas são também capazes (com alguma persuasão) para reter uma forma de terem sido forçadas a assumir quando cultivadas novas camadas de madeira sobre a casca macio original.


    Uma parte da árvore é deliberadamente ferido pela remoção da casca.É então juntou-se a uma árvore semelhante feridas e as duas partes unidas. Sempre que o contacto entre as duas plantas é mantida de forma segura que cresçam em conjunto. Isto pode significar uma 'preparação' por um ano ou mais. Como com dentes, isto é feito para ultrapassar a resistência natural da madeira a crescer, onde ele vai.


    No entanto, quando as novas camadas de madeira crescer atua como um tipo de gesso natural e mantém a planta em forma de para o qual foi dobrado. Uma vez que a madeira nova tem crescido a cinta pode, então, ser removido.


    Poda também podem ser necessários. Isto ajuda a redirecionar o crescimento do caule. Se uma planta é podada acima de uma folha apontando para a direita, em seguida, um novo crescimento será produzido que aponta para a direita. Em exatamente da mesma forma um corte acima de uma folha crescente deixaram irá incentivar o crescimento nessa direção.


    Para crescer uma arborsculpture vai depender de uma variedade de coisas. Em primeiro lugar o tamanho da árvore que está destinado a ser esculpida devem ser tomados em conta como a que a sua taxa de crescimento. Algo relativamente simples pode ser feito em cerca de uma hora e o molde pode ser removido em um ano. Outros projetos maiores podem demorar até uma década do início ao fim. Pode-se argumentar que o projeto de arte nunca está acabado como enquanto a árvore está viva vai continuar a crescer! Você pode até mesmo acabar com a, casa de vida nova, se você fizer as coisas corretamente!


    Com uma grande dose de paciência e trabalho duro, não apenas os padrões ornamentais podem ser produzidos. mesmo "Diário itens podem ser formados a partir de árvores pela manipulação, dobra e fusão de seus tecidos. Enquanto muitos podem preferir deixar a natureza para seus próprios dispositivos , arborsculpture permite que aqueles com o tempo, inclinação e energia para expressar-se através de uma vida algo de uma forma que as demandas mínimo, de ser descrito como atraente!