terça-feira, 21 de setembro de 2010

Canadá transmitirá auroras boreais pela Internet

Além de enviar imagens, site traz explicações sobre a formação do fenômeno e os melhores pontos para observação


As auroras boreais se formam nos polos, quando os ventos solares atingem a atmosfera terrestre


 
       As auroras boreais serão transmitidas "ao vivo" por um site lançado nesta segunda-feira (20) pela Agência Espacial Canadense (CSA, sigla em inglês).
      "Esperamos que a dança de luzes celestiais os incite a descobrir os segredos do céu, da terra e da ciência, com base nas interações entre a Terra e nossa própria estrela, o Sol", disse o presidente da CSA, Steve MacLean.
       Além de enviar todas as noites imagens de auroras boreais, o objetivo do site www.asc-csa.gc.ca/auroramax é explicar como se formam as "luzes celestiais", os melhores pontos de observação e como fotografá-las, explicou MacLean.
      As auroras boreais se formam nos polos, quando os ventos solares atingem a atmosfera terrestre. No Canadá, este fenômeno se produz entre agosto e maio

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL - Saiba mais sobre como escolher sua carreira e profissão através da orientação profissional

Orientação Vocacional

       Futuro. Quem pode imaginar o que se passará nele? Aos 17, 18 anos então, é que se imagina milhões de possibilidades de futuro pessoal. É aí que está uma das grandes dúvidas da grande maioria dos jovens (e talvez a questão mais difícil do vestibular): “Que curso fazer?”. Esta é uma escolha decisiva, que vai determinar o que você fará nos próximos anos de sua vida e mais, irá dizer qual a sua função no mundo.
      Momento crítico, estresse de todos os lados, pressão absoluta. É muita coisa para alguém tão jovem. É por isso que o número de abandonos e transferências de cursos em universidades no Brasil continua crescendo. Cada vez mais jovens e imaturos, os estudantes ingressam em cursos que não conhecem direito, desistem e ficam “pulando de galho em galho” até descobrirem o que querem realmente. O processo acaba acontecendo na ordem inversa da natural, onde primeiro eles “praticam” o curso para depois conhecê-lo e saber se é isso ou não o que querem.

Orientação

      Essa é a importância de uma orientação profissional. Antigamente, no Brasil, as escolas realizavam durante os anos pré-vestibulares, testes vocacionais com os seus alunos. Aquele era o momento da análise, das opções, para depois fazer uma escolha. Hoje em dia, os testes vocacionais são realizados em poucas escolas particulares ou acabam sendo muito caros, o que limita o acesso de estudantes de baixa renda.
      Esses testes não determinam o que você DEVE fazer, mas ajudam a delimitar a área de atuação mais favorável do indivíduo. Assim, a gama de opções de profissões se restringe àquela área, tornando mais objetivo o trabalho de orientação. Mas é claro que estas áreas de atuação são muito relativas. É preciso levar em conta que as profissões podem se combinar de várias maneiras, misturando várias ciências. A orientação vocacional é um processo de autodescoberta do jovem, que se sente perdido e sem norte. Para casos mais sérios, aconselha-se não só o teste em si, mas o acompanhamento com um psicólogo, pois os testes são padronizados, mas, as pessoas são diferentes.

Teste vocacional

      Geralmente, os modelos de testes vocacionais visam medir interesses, aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas ainda as suas habilidades, o seu nível de percepção, o raciocínio e a memória. É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angústias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Isso por meio de avaliações estruturais, dinâmicas e outros métodos. Além disso, são feitas entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações rotineiras da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem.
     Todavia, uma boa orientação não pode se prender apenas a testes vocacionais, pois eles podem generalizar o comportamento dos indivíduos.

Serviço

Alguns sites que oferecem serviço de orientação vocacional on-line:

www.oportaldosestudantes.com.br/testevoc.asp
www.colegio24horas.com.br/ogloboestagio/teste.asp
www.carlosmartins.com.br/testevocacional.htm

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos

Previsões de analistas sugerem que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio vá se recuperar antes do meio deste século

        O buraco da camada de ozônio se manteve estável na última década, graças aos esforços internacionais para preservar o escudo protetor da vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta, segundo um estudo divulgado hoje (16). Conforme o trabalho da Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) a concentração de ozônio em escala mundial não variou devido à eliminação gradual das substâncias que destroem a camada protetora.
       O documento que fez uma avaliação científica do esgotamento da camada de ozônio no ano de 2010 - a primeira atualização em quatro anos sobre este vital assunto - foi redigido e revisado por 300 cientistas e apresentado nesta quinta-feira em Genebra por causa do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio da ONU.




       Para os analistas esse resultado só foi alcançado pelo desaparecimento paulatino dos produtos químicos mais tóxicos, situação impulsionada em 1987 pelo Protocolo de Montreal. "Impediu (o Protocolo) o maior esgotamento da camada de ozônio estratosférica graças à redução gradual da produção e consumo de substâncias que a destruíam", disse hoje em Genebra Len Barrie, diretor da pesquisa da OMM, durante a apresentação do relatório.
      Alguns destes compostos químicos, como o clorofluorcarbono (CFC), eliminaram de forma paulatina "até desaparecer quase totalmente", especificou Barrie. Por outro lado, houve um aumento na demanda por produtos sucedâneos, alguns destes potentes gases do efeito estufa.
     "Estima-se que a emissão total destes novos produtos diminuirá na próxima década graças ao Protocolo de Montreal, que, por enquanto, está sendo um sucesso", acrescentou Barrie. Em 2010, a redução da emissão de substâncias que destroem a camada de ozônio foi cinco vezes superior a prevista pelo Protocolo de Kioto em 1997. Como resultado da eliminação gradual das substâncias nocivas, o estudo prevê que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio deverá se recuperar antes de meados de século, alcançando os níveis registrados antes de 1980.
       A esse respeito, Achim Steiner, diretor-executivo do PNUMA, comentou que "as medidas (Protocolo de Montreal) que foram adotadas para preservar a camada de ozônio não só foram efetivas, mas continuam gerando múltiplos benefícios, em particular para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio".
      Estas iniciativas contribuem, além disso, para combater a mudança climática e gerar benefícios diretos para a saúde pública, já que, de não tivesse sido feito o Protocolo de Montreal, os níveis atmosféricos de substâncias que destroem a camada de ozônio poderiam ter se multiplicado por dez até o ano de 2050. "Isto teria representado até 20 milhões mais de casos de câncer de pele e 130 milhões mais de casos de cataratas oculares, sem mencionar os danos ao sistema imunológico, à fauna e flora silvestres e à agricultura", concluiu Steiner.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

INTERESSANTE

Identificadas 173 espécies comuns a Brasil e Antártida

         Animais vivem em águas profundas ou têm adaptações para a diferença de temperatura entre os dois ecossistemas.

A estrela-do-mar Ceramaster patagonicus é uma das espécies encontradas pelo projeto da UFRJ


O clima pode ser radicalmente diferente, mas em um aspecto a Antártida e o Brasil são mais parecidos do que se imagina: na fauna marinha. Pesquisadores brasileiros identificaram 173 espécies em comum entre as duas regiões. A maioria das espécies é de equinodermos, nemátodos e esponjas.
        Para se ter uma idéia, de 616 espécies de equinodermos coletados, foram verificadas 70 espécies compartilhadas entre os dois continentes, aproximadamente 12% do total do que foi estudado. Equinodermos são animais marinhos, invertebrados e com o corpo coberto por espinhos ou tubérculos, sendo o mais conhecido a estrela do mar.
        Como as diferenças entre os dois ecossistemas são grandes, os pesquisadores descobriram que na maioria dos casos, as espécies compartilhadas habitavam a margem profunda do mar brasileiro, onde a água tem baixa temperatura. Outros organismos possuem adaptações fisiológicas. “São reações químicas que ocorrem no corpo e que auxiliam em seu crescimento, defesa, reprodução e outros processos de vida em relação às condições físicas do ambiente”, disse.
         A pesquisadora Lúcia de Siqueira Campos, do Instituto de Biologia da UFRJ, disse que as investigações devem seguir, para confirmar a semelhança genética entre os animais das duas regiões. Num primeiro momento, os espécimes foram considerados semelhantes contando apenas sua aparência. Apenas o DNter continuidade, inclusive com o uso de ferramentas que identifiquem a distância genética entre os organismos. Isto para se certificar se as espécies realmente são as mesmas. O resultado final do estudo será publicado, no início de 2011, na revista científica Oecologia Australis, da UFRJ.
         O projeto da UFRJ fez parte do Censo de Vida Marinha, iniciativa que catalogou durante uma década toda a fauna dos oceanos do planeta.
         Os pesquisadores também querem entender como estes organismos se espalharam ao longo do tempo. A longa viagem que estas espécies percorreram corresponde a pelo menos 3.172 km, que é a distância entre Estação Antártica Comandante Ferraz, na ilha Rei George (onde está a base científica brasileira) até a cidade de Chuí (RS), no extremo sul do país.

Viajando com a maré

         Para percorrer tamanha distância, os organismos podem usar de vários mecanismos. Lúcia explica que a forma de dispersão depende do modo de vida da espécie como, por exemplo, ter larvas que flutuam na coluna d’água ou se incuba seus filhotes. A desvantagem é que no meio desse caminho pode haver algum predador.
        As correntes marinhas também funcionam como vias para que os organismos se dispersem pelo planeta, mas este processo não ocorre do dia para a noite. “Na maioria dos casos, são necessárias várias gerações de transferência gradual entre um local e outro, já que as massas de água e correntes também têm um ciclo de milhares de anos”.
       Muitos organismos utilizam de um meio de transporte oportunista: se instalam em animais como baleias, golfinhos ou peixes. O caso mais conhecido são as cracas em baleias jubarte. Outras possibilidades estão nos cascos de navio ou na água usada para lastro. De qualquer maneira, esses animais conseguem viajar longe.






domingo, 29 de agosto de 2010

Novo Telecurso - Biologia - Aula 46 (1 de 2)

Novo Telecurso - Biologia - Aula 45 (2 de 2)

INTRODUÇÃO À GENÉTICA

Genética

       Desde os tempos mais remotos o homem tomou consciência da importância do macho e da fêmea na geração de seres da mesma espécie, e que características como altura, cor da pele etc. eram transmitidas dos pais para os descendentes. Assim, com certeza, uma cadela quando cruzar com um cão, irá originar um filhote com características de um cão e nunca de um gato. Mas por quê?

Mendel, o iniciador da genética

      Gregor Mendel nasceu em 1822, em Heinzendorf, na Áustria. Era filho de pequenos fazendeiros e, apesar de bom aluno, teve de superar dificuldades financeiras para conseguir estudar. Em 1843, ingressou como noviço no mosteiro de agostiniano da cidade de Brünn, hoje Brno, na atual República Tcheca.


      Após ter sido ordenado monge, em 1847, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou matemática e ciências por dois anos. Ele queria ser professor de ciências naturais, mas foi mal sucedido nos exames.
     De volta a Brünn, onde passou o resto da vida. Mendel continuou interessado em ciências. Fez estudos meteorológicos, estudou a vida das abelhas e cultivou plantas, tendo produzido novas variedades de maças e peras. Entre 1856 e 1865, realizou uma série de experimentos com ervilhas, com o objetivo de entender como as características hereditárias eram transmitidas de pais para filhos.
     Em 8 de março de 1865, Mendel apresentou um trabalho à Sociedade de História Natural de Brünn, no qual enunciava as suas leis de hereditariedade, deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado em 1866, com data de 1865, esse trabalho permaneu praticamente desconhecido do mundo científico até o início do século XX. Pelo que se sabe, poucos leram a publicação, e os que leram não conseguiram compreender sua enorme importância para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em 1900, por três pesquisadores que trabalhavam independentemente.
     Mendel morreu em Brünn, em 1884. Os últimos anos de sua vida foram amargos e cheios de desapontamento. Os trabalhos administrativos do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à ciência, e o monge se sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua importante descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo considerado o “pai” da Genética. No mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem, e os jardins onde foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são conservados.

Os experimentos de Mendel

A escolha da planta

       A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. Desde os tempos de Mendel existiam muitas variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação. Por exemplo, a variedade que flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia flores brancas; a que produzia sementes lisas poderia ser comparada cm a que produzia sementes rugosas, e assim por diante. Outra vantagem dessas plantas é que estame e pistilo, os componentes envolvidos na reprodução sexuada do vegetal, ficam encerrados no interior da mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a autopolinização e, por extensão, a autofecundação, formando descendentes com as mesmas características das plantas genitoras.

 
     A partir da autopolinização, Mendel produziu e separou diversas linhagens puras de ervilhas para as características que ele pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de púrpura sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo ocorrendo com o cruzamento de plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta.

Os cruzamentos

     Depois de obter linhagens puras, Mendel efetuou um cruzamento diferente. Cortou os estames de uma flor proveniente de semente verde e depois depositou, nos estigmas dessa flor, pólen de uma planta proveniente de semente amarela. Efetuou, então, artificialmente, uma polinização cruzada: pólen de uma planta que produzia apenas semente amarela foi depositado no estigma de outra planta que só produzia semente verde, ou seja, cruzou duas plantas puras entre si. Essas duas plantas foram consideradas como a geração parental (P), isto é, a dos genitores.
     Após repetir o mesmo procedimento diversas vezes, Mendel verificou que todas as sementes originadas desses cruzamentos eram amarelas – a cor verde havia aparentemente “desaparecido” nos descendentes híbridos (resultantes do cruzamento das plantas), que Mendel chamou de F1 (primeira geração filial). Concluiu, então, que a cor amarela “dominava” a cor verde. Chamou o caráter cor amarela da semente de dominante e o verde de recessivo.
     A seguir, Mendel fez germinar as sementes obtidas em F1 até surgirem as plantas e as flores. Deixou que se autofertilizassem e aí houve a surpresa: a cor verde das sementes reapareceu na F2 (segunda geração filial), só eu em proporção menor que as de cor amarela: surgiram 6.022 sementes amarelas para 2.001 verdes, o que conduzia a proporção 3:1. Concluiu que na verdade, a cor verde das sementes não havia “desaparecido” nas sementes da geração F1. O que ocorreu é que ela não tinha se manifestado, uma vez que, sendo uma caráter recessivo, era apenas “dominado” (nas palavras de Mendel) pela cor amarela. Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde.
     Era necessário definir uma simbologia para representar esses fatores: escolheu a inicial do caráter recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo – para cor verse – e a letra V, maiúscula, o fator dominante – para cor amarela

    Semente amarela pura         Semente verde pura          Semente amarela híbrida
                  VV                                 vv                                        Vv

     Persistia, porém, uma dúvida: Como explicar o desaparecimento da cor verde na geração F1 e o seu reaparecimento na geração F2?
     A resposta surgiu a partir do conhecimento de que cada um dos fatores se separava durante a formação das células reprodutoras, os gametas. Dessa forma, podemos entender como o material hereditário passa de uma geração para a outra. Acompanhe nos esquemas abaixo os procedimentos adorados por Mendel com relação ao caráter cor da semente em ervilhas.

 
Resultado: em F2, para cada três sementes amarelas, Mendel obteve uma semente de cor verde. Repetindo o procedimento para outras seis características estudadas nas plantas de ervilha, sempre eram obtidos os mesmos resultados em F2, ou seja a proporção de três expressões dominantes para uma recessiva.

                                      1ª Lei de Mendel: Lei da Segregação dos Fatores

    A comprovação da hipótese de dominância e recessividade nos vários experimentos efetuados por Mendel levou, mais tarde à formulação da sua 1º lei: “Cada característica é determinada por dois fatores que se separam na formação dos gametas, onde ocorrem em dose simples”, isto é, para cada gameta masculino ou feminino encaminha-se apenas um fator.
Mendel não tinha idéia da constituição desses fatores, nem onde se localizavam.

As bases celulares da segregação
    A redescoberta dos trabalhos de Mendel, em 1900, trouxe a questão: onde estão os fatores hereditários e como eles se segregam?

    Em 1902, enquanto estudava a formação dos gametas em gafanhotos, o pesquisador norte americano Walter S. Sutton notou surpreendente semelhança entre o comportamento dos cromossomos homólogos, que se separavam durante a meiose, e os fatores imaginados por Mendel. Sutton lançou a hipótese de que os pares de fatores hereditários estavam localizados em pares de cromossomos homólogos, de tal maneira que a separação dos homólogos levava à segregação dos fatores.

    Hoje sabemos que os fatores a que Mendel se referiu são os genes (do grego genos, originar, provir), e que realmente estão localizados nos cromossomos, como Sutton havia proposto. As diferentes formas sob as quais um gene pode se apresentar são denominadas alelos. A cor amarela e a cor verde da semente de ervilha, por exemplo, são determinadas por dois alelos, isto é, duas diferentes formas do gene para cor da semente.

Exemplo da primeira lei de Mendel em um animal

     Vamos estudar um exemplo da aplicação da primeira lei de Mendel em um animal, aproveitando para aplicar a terminologia modernamente usada em Genética. A característica que escolhemos foi a cor da pelagem de cobaias, que pode ser preta ou branca. De acordo com uma convenção largamente aceita, representaremos por B o alelo dominante, que condiciona a cor preta, e por b o alelo recessivo, que condiciona a cor branca.
     Uma técnica simples de combinar os gametas produzidos pelos indivíduos de F1 para obter a constituição genética dos indivíduos de F2 é a montagem do quadrado de Punnet. Este consiste em um quadro, com número de fileiras e de colunas que correspondem respectivamente, aos tipos de gametas masculinos e femininos formados no cruzamento. O quadrado de Punnet para o cruzamento de cobaias heterozigotas é: